A impressão 3D tem sido apontada como o futuro da tecnologia para
resolver diversos problemas, de diversas áreas. Mas se a gente já viu
impressoras 3D fazerem coisas incríveis como imprimir casas e órgãos,
isso é passado. A nova tecnologia ganhou um upgrade – e eu nem achava
que isso fosse possível.
A nova e impressionante impressora 3D
Uma nova tecnologia de impressão 3D desenvolvida por uma startup do
Vale do Silício, nos Estados Unidos, chamada Carbon3D Inc., permite que
objetos sejam feitos continuamente a partir de um meio líquido, ao invés
de serem construídos camada por camada, como têm sido nos últimos 25
anos em que a tecnologia vem sendo desenvolvida.
Nem preciso falar que isso representa uma abordagem fundamentalmente
nova para a impressão 3D. E abre um mundo de possibilidades,
naturalmente.
A tecnologia permite que os produtos prontos para o uso sejam feito
de 25 a 100 vezes mais rápido do que outros métodos e cria geometrias
anteriormente inatingíveis que abre oportunidades para a inovação não só
na área da saúde e medicina, mas também em outras grandes indústrias
como automotiva e de aviação.
Joseph M. DeSimone, professor de química na UNC-Chapel Hill e de
engenharia química na NC State, faculdades dos Estados Unidos, é
atualmente também CEO da Carbon3D onde coinventou esse método incrível
de impressão com os colegas Alex Ermoshkin, diretor de tecnologia na
Carbono 3D e Edward T. Samulski, também professor de química na UNC.
Atualmente, DeSimone tem focado suas energias menos em dar aulas e
mais em trazer a tecnologia ao mercado, além de criar novas
oportunidades para estudantes de pós-graduação de usar a técnica para a
pesquisa em ciência de materiais e desenvolvimento de medicamentos na
UNC.
A tecnologia, que recebeu o nome de CLIP – sigla em inglês para
“líquido em interface de produção contínua” – manipula luz e oxigênio
para fundir objetos em meios líquidos, criando o primeiro processo de
impressão 3D que usa fotoquímica sintonizável em vez da abordagem camada
por camada, que definiu a tecnologia por décadas.
Como funciona
Essa impressora 3D funciona através da projeção de feixes de luz por uma janela permeável a oxigênio em uma resina líquida.
Trabalhando em conjunto, a luz e o oxigênio controlam a solidificação
da resina, criando objetos comercialmente viáveis que podem ter
tamanhos menores que 20 mícrons, ou menos do que um quarto da largura de
um pedaço de papel.
Através de um acordo de pesquisa patrocinado entre a universidade
UNC-Chapel Hill e a startup Carbono 3D, a equipe está atualmente
buscando avanços para a tecnologia, bem como materiais que são
compatíveis com ela. A impressora CLIP permite que se use uma gama muito
ampla de materiais para fazer peças 3D com novas propriedades,
incluindo elastômeros, silicones, materiais semelhantes a nylon,
cerâmica e materiais biodegradáveis. A técnica em si fornece um modelo
para a síntese de novos materiais que pode ser um vasto campo de
pesquisa para a ciência.
Um mundo de novas possibilidades
Além de usar novos materiais, a impressora CLIP pode nos permitir
fazer objetos mais fortes com geometrias únicas que outras técnicas não
nos permitem, como stents cardíacos sob medida para atender as
necessidades de um paciente específico, esclarece DeSimone.
A ideia é que a impressão 3D da CLIP viabilize também implantes
dentários e outras próteses feitas de acordo com a necessidade de cada
paciente.
Lançamento
O lançamento da CLIP acontecerá ainda em 2015 que, coincidência ou
não, é o Ano Internacional da Luz e suas Tecnologias, que reconhece
aniversários importantes de avanços científicos feitos a partir da luz.
Fonte: http://hypescience.com/impressionante-impressora-3d-e-25x-mais-rapida/
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