sábado, 31 de outubro de 2020

Astrónomos descobrem 'Planeta Pi' do tamanho da Terra

Nesta segunda-feira (21), uma equipe de astrônomos de vários países, liderada por pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos, anunciou ter descoberto um planeta do tamanho da Terra e que gira ao redor da sua estrela a cada 3,14 dias.

Apelidado de “planeta Pi”, em referência à famosa constante matemática representada pela letra grega π e cujo valor é de 3,14, ele teve os primeiros registros captados em 2017. Desde então, os cientistas têm estudado os dados coletados pela missão K2 do Telescópio Espacial Kepler da NASA.

Já em 2020, os pesquisadores utilizaram o SPECULOOS, uma rede de telescópios baseada em solo, para confirmar que o astro observado realmente se tratava de um planeta. Os novos dados também ajudaram a calcular o tempo gasto para completar a órbita em torno da sua estrela, o equivalente a 3,14 dias terrestres.

O "planeta pi" gasta 3,14 dias para completar uma órbita em torno da sua estrela.

"planeta pi" gasta 3,14 dias para completar uma órbita em torno da sua estrela.

“O planeta se move como um relógio”, disse o estudante de graduação do Departamento de Ciências da Terra, Atmosféricas e Planetárias do MIT Prajwal Niraula. Ele é o principal autor do estudo, publicado no Astronomical Journal, que detalha a descoberta do "Terra Pi".

“Quente demais para ser habitável”

Denominado oficialmente de K2-315b, o planeta pi possui um raio de tamanho quase idêntico ao da Terra, conforme as estimativas dos astrônomos, e orbita uma estrela fria, cuja massa é equivalente a um quinto do Sol. Ele gira em torno da sua estrela a 81 km/s.

Com tamanho parecido ao do nosso planeta, o K2-315b provavelmente não é um dos candidatos a ter vida, pois a órbita estreita o aproxima demais da sua estrela, fazendo com que a temperatura da superfície fique em torno de 176ºC. “Isso é muito quente para ser habitável”, comentou Niraula.

Apesar disso, os cientistas afirmam ser necessário um estudo mais detalhado da atmosfera dele para comprovar tal possibilidade.

https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116159-astronomos-descobrem-planeta-pi-do-tamanho-da-terra.htm

Cientistas da NASA descobrem molécula “estranha” na atmosfera de Titã !

Cientistas da NASA descobrem molécula "estranha" na atmosfera de Titã

Até agora, o ciclopropenilideno foi detectado apenas em nuvens moleculares de gás e poeira, como a Taurus Molecular Cloud, que é um berçário estelar na constelação de Taurus a mais de 400 anos-luz de distância.Créditos: Conor Nixon / Goddard Space Flight Center da NASA

Cientistas da NASA identificaram uma molécula na atmosfera de Titã, uma das luas de Saturno, que nunca foi detectada em qualquer outra atmosfera. Na verdade, muitos químicos provavelmente mal ouviram falar ou sabem como pronunciar seu nome: ciclopropenilideno, ou C3H2.

Os cientistas dizem que esta molécula simples baseada em carbono pode ser um precursor de compostos mais complexos que poderiam formar ou alimentar uma possível vida em Titã.

Cientistas da NASA descobrem molécula "estranha" na atmosfera de Titã
 
Esta imagem foi devolvida em 14 de janeiro de 2005 pela sonda Huygens, da Agência Espacial Européia, durante sua descida bem-sucedida à superfície de Titã. Esta é a visualização colorida que foi processada para adicionar dados de espectros de reflexão para dar uma indicação melhor da cor real da superfície de Titã.

Créditos: NASA / JPL / ESA / Universidade do Arizona

Baixe a imagem aqui

Os pesquisadores descobriram o C3H2 usando um observatório de radiotelescópio no norte do Chile conhecido como Atacama Large Millimeter / submillimeter Array (ALMA). Eles notaram o C3H2, que é feito de carbono e hidrogênio, enquanto examinavam um espectro de assinaturas de luz únicas coletadas pelo telescópio; estes revelaram a composição química da atmosfera de Titã pela energia que suas moléculas emitiram ou absorveram.

Embora os cientistas tenham encontrado o C3H2 em bolsões por toda a galáxia, encontrá-lo em uma atmosfera foi uma surpresa. Isso porque o ciclopropenilideno pode reagir facilmente com outras moléculas com as quais entra em contato e formar espécies diferentes. Os astrônomos encontraram o C3H2 até agora apenas em nuvens de gás e poeira que flutuam entre os sistemas estelares – em outras palavras, regiões muito frias e difusas para facilitar muitas reações químicas.

Mas atmosferas densas como a de Titã são colmeias de atividade química. Essa é uma das principais razões pelas quais os cientistas estão interessados ​​nesta lua, que é o destino da próxima missão Dragonfly da NASA. A equipe de Nixon foi capaz de identificar pequenas quantidades de C3H2 em Titã provavelmente porque eles estavam olhando para as camadas superiores da atmosfera da lua, onde há menos outros gases para o C3H2 interagir. Os cientistas ainda não sabem porque o ciclopropenilideno apareceria na atmosfera de Titã, mas em nenhuma outra atmosfera. “Titã é único em nosso sistema solar”, disse Nixon. “Provou ser um tesouro de novas moléculas.”

A maior das 62 luas de Saturno, Titã é um mundo intrigante que, de certa forma, é o mais semelhante à Terra que encontramos. Diferente de qualquer outra lua no sistema solar – existem mais de 200 – Titã tem uma atmosfera densa que é quatro vezes mais densa que a da Terra, além de nuvens, chuva, lagos e rios, e até mesmo um oceano subterrâneo de água salgada.

A atmosfera de Titã é feita principalmente de nitrogênio, como a da Terra, com uma pitada de metano. Quando as moléculas de metano e nitrogênio se separam sob o brilho do Sol, seus átomos componentes desencadeiam uma complexa teia de química orgânica que cativou os cientistas e colocou esta lua no topo da lista dos alvos mais importantes na busca da NASA pelo presente ou passado vida no sistema solar.

“Estamos tentando descobrir se Titã é habitável”, disse Rosaly Lopes, uma pesquisadora sênior e especialista em Titã do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da NASA em Pasadena, Califórnia. “Queremos saber quais compostos da atmosfera chegam à superfície e, então, se esse material pode passar da crosta de gelo para o oceano abaixo, porque pensamos que o oceano é onde estão as condições habitáveis.”

Os tipos de moléculas que podem estar na superfície de Titã podem ser os mesmos que formaram os blocos de construção da vida na Terra. No início de sua história, 3,8 a 2,5 bilhões de anos atrás, quando o metano enchia o ar da Terra em vez de oxigênio, as condições aqui poderiam ser semelhantes às de Titã hoje, suspeitam os cientistas.

“Nós pensamos em Titã como um laboratório da vida real, onde podemos ver uma química semelhante à da Terra antiga quando a vida estava acontecendo aqui”, disse Melissa Trainer, astrobióloga Goddard da NASA.

“Estaremos procurando por moléculas maiores do que C3H2”, disse Trainer, “mas precisamos saber o que está acontecendo na atmosfera para entender as reações químicas que levam moléculas orgânicas complexas a se formarem e choverem para a superfície.

Ciclopropenilideno é a única outra molécula “cíclica” ou de circuito fechado, além do benzeno, que foi encontrada na atmosfera de Titã até agora. Embora o C3H2 não seja conhecido por ser usado em reações biológicas modernas, moléculas de loop fechado como ele são importantes porque formam os anéis da estrutura principal para as nucleobases de DNA, a estrutura química complexa que carrega o código genético da vida e do RNA, outro composto crítico para as funções da vida…

Dado que é um achado raro, os cientistas estão tentando aprender mais sobre o ciclopropenilideno e como ele pode interagir com gases na atmosfera de Titã.

“É uma pequena molécula muito estranha, então não vai ser do tipo que você aprende na química do ensino médio ou mesmo na graduação”, disse Michael Malaska, um cientista planetário do JPL que trabalhou na indústria farmacêutica antes de se apaixonar por Titã e mudar carreiras para estudá-lo. “Aqui na Terra, não vai ser algo que você vai encontrar.”

Mas, disse Malaska, encontrar moléculas como C3H2 é realmente importante para ter uma visão geral de Titã: “Cada pequena peça e parte que você pode descobrir pode ajudá-lo a montar o enorme quebra-cabeça de todas as coisas que acontecem lá.”

https://www.ovnihoje.com/2020/10/31/cientistas-da-nasa-descobrem-molecula-estranha-na-atmosfera-de-tita/

 

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Compostos de alga vermelha da costa de Peniche eficazes no tratamento do cancro

A alga vermelha “Sphaerococcus coronopifolius” da costa de Peniche possui compostos com atividade antitumoral que podem contribuir para o desenvolvimento de novos fármacos ou potenciar o efeito de fármacos de combate ao cancro já existentes, anunciaram hoje investigadores.


“Conseguimos perceber que duas das sete moléculas estudadas conseguem inibir o crescimento de esferas tumorais, pelo que prosseguimos com o estudo para uma avaliação mais aprofundada até à possível descoberta de um potencial fármaco”, explicou à agência Lusa Celso, Alves, Investigador do MARE- Politécnico de Leiria que liderou a investigação.

Os compostos desta alga também “poderão ter potencial para serem utilizados em conjunto com as terapias atuais, potenciando o efeito dos fármacos” já existentes, acrescentou.

A equipa de investigadores, que integra biólogos, bioquímicos, químicos e farmacêuticos, estudou 27 macroalgas da costa de Peniche, no distrito de Leiria, até conseguir “isolar os compostos responsáveis pelo potencial antitumoral e perceber que tipo de ação induzem”, disse Celso Alves.

A ‘Sphaerococcus coronopifolius’ revelou ser a alga com maior potencial antitumoral quando testada em linhas celulares humanas derivadas do cancro hepático e cancro colorretal.

Durante o projeto, com duração de quatro anos, os investigadores conseguiram descobrir compostos que conseguem inibir o crescimento de células tumorais, tendo isolado sete moléculas, das quais duas novas de origem marinha eram desconhecidas dos cientistas.

O estudo, também da autoria de Eurico Serrano, Carlos Rodrigues, Maria Alpoim (Universidade de Coimbra), Luís Botana (Universidade de Santiago de Compostela), Susete Pinteus, Helena Gaspar, Joana Silva e Rui Pedrosa (Politécnico de Leiria), foi publicado em abril na revista científica “Biomedicine & Pharmacotherapy” e será apresentado na terça-feira no Encontro de Ciência 2020.

O estudo integrou investigações mais amplas, que foram financiadas em 174 mil euros pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (“Red2Discovery”) e em dois milhões de euros pelo programa comunitário Compete (“POINT4PAC”)

A primeira fase do trabalho foi concluída e os resultados obtidos “abriram” novas oportunidades de investigação para continuar a avaliar e a compreender o verdadeiro potencial terapêutico destes compostos nesta área.

A equipa voltou a candidatar o projeto a novas fontes de financiamento, para continuarem a estudar, com o intuito de “validar o resultado em modelos mais complexos, usando vários tipos de células e tecidos tumorais para compreender o efetivo efeito antitumoral”.

https://zap.aeiou.pt/compostos-alga-vermelha-da-costa-peniche-eficazes-no-tratamento-do-cancro-356509

 

A estrela morta que emitiu ondas de rádio no interior da Via Láctea voltou a fazê-lo !

Concepção artística da emissão de ondas de rádio do magnetar SGR1935+2154

O magnetar SGR 1935+2154, que em abril emitiu a primeira explosão de rádio conhecida de dentro da Via Láctea, explodiu mais uma vez.

A pequena estrela morta responsável pela primeira deteção de explosões rápidas de rádio (FRBs) na Via Láctea explodiu novamente, dando aos astrónomos mais dados para estudar este mistério cósmico. Estes fenómenos, tão poderosos quanto centenas de milhões de sóis, duram apenas alguns milissegundos e são muito difíceis de detetar.

Em abril, os astrónomos captaram os sinais do magnetar SGR 1935+2154, que se localiza a apenas 30 mil anos-luz da Terra. A explosão emitiu ondas de rádio muito brilhantes durante alguns milissegundos e foi registada por observatórios de rádio de todo o mundo.

No dia 8 de outubro, SGR 1935+2154 explodiu outra vez. O sinal foi detetado pelos cientistas do projeto CHIME/FRB no formato de três rajadas de rádio que duraram três segundos.

O radiotelescópio FAST observou um outro detalhe: uma emissão de rádio pulsada consistente com o período de rotação do magnetar.

“É muito emocionante ver o SGR 1935+2154 de volta e estou otimista de que, ao estudarmos estas explosões com mais cuidado, vamos entender melhor a potencial relação entre magnetares e explosões rápidas de rádio”, disse a astrónoma Deborah Good, da Universidade da Colúmbia Britânica, citada pelo Science Alert.

Ainda não há muitos detalhes sobre as três novas rajadas de rádio, uma vez que os dados recolhidos pelos investigadores estão em fase de análise. “Apesar de serem menos brilhantes do que a deteção de abril, estas explosões ainda são muito brilhantes e poderiam ser vistas se ocorressem numa outra galáxia”, adiantou Good.

Até agora só foram detetados 24 magnetares no Universo. De acordo com os cientistas, este tipo de estrelas de neutrões pode gerar estes sinais de rádio quando o equilíbrio entre o campo magnético e a atração gravitacional leva a tremores super-fortes, seguidos depois por enormes flashes magnetares.

Se os dados recolhidos pelos cientistas foram comprovados, o magnetar SGR 1935+2154 será o sexto com emissão de rádio pulsada, com uma frequência de pulso de 3,24781 segundos – quase o mesmo período de rotação da estrela.

Os astrónomos têm-se esforçado para encontrar um elo de ligação entre magnetares e pulsares de rádio, um outro tipo de estrela de neutrões com um campo magnético normal que pulsam em ondas de rádio quando giram. SGR 1935+2154 pode ser um possível “elo perdido” entre estes dois tipos de estrelas.

https://zap.aeiou.pt/estrela-ondas-de-radio-voltou-355633

 

Meteorito que caiu nos EUA contém compostos orgânicos extraterrestres !

Meteorito que caiu nos EUA contém compostos orgânicos extraterrestres

Um meteorito que caiu em um lago congelado em 2018 contém milhares de compostos orgânicos que se formaram há bilhões de anos e podem conter pistas sobre a origem da vida na Terra.

O meteoro entrou na atmosfera da Terra em 16 de janeiro de 2018, após uma longa jornada através do vácuo congelante do espaço, iluminando os céus de Ontário, Canadá e o meio-oeste dos Estados Unidos. O radar meteorológico rastreou a descida e o rompimento da rocha espacial em chamas, ajudando os caçadores de meteoritos a localizarem rapidamente fragmentos caídos no lago Strawberry em Hamburgo, estado do Michigan.

Uma equipe internacional de pesquisadores examinou então um pedaço do tamanho de uma noz do meteorito “enquanto ainda estava fresco”, relataram cientistas em um novo estudo. Sua análise revelou mais de 2.000 moléculas orgânicas que datam de quando nosso sistema solar era jovem; compostos semelhantes podem ter semeado o surgimento de vida microbiana em nosso planeta, relataram os autores do estudo.

A rápida recuperação do meteorito da superfície congelada do lago evitou que a água líquida vazasse para as rachaduras e contaminasse a amostra com esporos e micróbios terrestres. Isso manteve o estado original da rocha espacial, permitindo que especialistas avaliassem mais facilmente sua composição.

Na verdade, houve tão pouco intemperismo terrestre que o fragmento trazido ao Field Museum de Chicago parecia ter sido coletado no espaço, disse a co-autora do estudo Jennika Greer, doutoranda no Departamento de Ciências Geofísicas da Universidade de Chicago, e aluna de graduação residente no The Field Museum.

Quando as rochas espaciais entram na atmosfera a velocidades de vários quilômetros por segundo, o ar ao redor delas fica ionizado. O calor extremo derrete até 90% do meteoro, e a rocha que sobrevive à passagem atmosférica torna-se envolta em uma crosta de fusão de vidro derretido com 1 milímetro de espessura, disse o principal autor do estudo, Philipp Heck, curador de meteoritos no Field Museum e professor associado da Universidade de Chicago.

Esse fragmento sobrevivente dentro da crosta vítrea é um registro imaculado da geoquímica da rocha no espaço. E apesar de uma queda em chamas na Terra, depois que as camadas externas vaporizadas são carregadas, meteoritos rochosos como este são muito, muito frios quando pousam, disse Heck ao Live Science.

Ele disse:

Eu ouvi relatos de testemunhas oculares de meteoritos caindo em poças depois de chover, e a poça congelou porque o meteorito estava muito frio.

Quase inalterado

A proporção de urânio do meteorito de Michigan (isótopos 238 e 235) para o estado de decomposição do elemento como chumbo (isótopos 207 e 206) mostra aos cientistas que o asteroide pai se formou cerca de 4,5 bilhões de anos atrás. Por volta dessa época, a rocha passou por um processo denominado metamorfismo térmico, pois foi submetida a temperaturas de até 700 graus Celsius. Depois disso, a composição do asteroide permaneceu praticamente inalterada nos últimos 3 bilhões de anos.

Então, cerca de 12 milhões de anos atrás, um impacto quebrou o pedaço de rocha que caiu recentemente em Michigan, de acordo com uma análise da exposição do meteorito aos raios cósmicos no espaço, disse Heck ao Live Science.

Como o meteorito foi alterado tão pouco após seu aquecimento inicial bilhões de anos atrás, ele foi classificado como H4: ‘H’ indica que é um meteorito rochoso com alto teor de ferro, enquanto meteoritos do tipo 4 passaram por metamorfismo térmico suficiente para alterar sua composição original. Apenas cerca de 4% dos meteoritos que caem na Terra hoje caem na categoria H4.

Greer disse:

Quando estamos olhando para esses meteoritos, estamos olhando para algo que está perto do material quando se formou no início da história do sistema solar.

O meteorito continha 2.600 compostos orgânicos ou de carbono, relataram os pesquisadores no estudo. Como o meteorito permaneceu praticamente inalterado desde 4,5 bilhões de anos atrás, esses compostos provavelmente são semelhantes aos que outros meteoritos trouxeram para uma Terra jovem, alguns dos quais “podem ter sido incorporados à vida”, disse Heck.

A transformação de compostos orgânicos extraterrestres na primeira vida microbiana na Terra é “um grande passo” que ainda está envolto em mistério, mas as evidências sugerem que os orgânicos são comuns em meteoritos – mesmo em meteoritos metamorfoseados termicamente como aquele que pousou em Michigan, ele adicionou. O bombardeio de meteoros também foi mais frequente para uma Terra jovem do que é hoje, “portanto, temos certeza de que a entrada de meteoritos no inventário orgânico da Terra foi importante” para semear vida, disse Heck.

As descobertas foram publicadas online em 27 de outubro na revista Meteoritics & Planetary Science.

https://www.ovnihoje.com/2020/10/30/meteorito-que-caiu-nos-eua-contem-compostos-organicos-extraterrestres/

 

FORTE TERRAMOTO CAUSA TSUNAMI NA TURQUIA E AFECTOU AS COSTAS DE IZMIR !!!

Casando O Verbo

Chilevisión

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Descoberto na Austrália recife de coral mais alto do que o Empire State Building !

Um novo recife “maciço” de 500 metros foi descoberto na Grande Barreira de Corais da Austrália, tornando-o mais alto do que alguns dos arranha-céus mais altos do mundo.

Os cientistas encontraram o recife separado – o primeiro a ser descoberto em mais de 120 anos – em águas ao largo de Queensland do Norte, durante uma expedição a bordo do navio de investigação Falkor, anunciou a organização de investigação oceânica Schmidt Ocean Institute esta segunda-feira.

O recife foi descoberto em 20 de outubro, quando os cientistas completaram um mapeamento subaquático do fundo do mar da Grande Barreira de Corais ao norte.

Com 500 metros de altura, é mais alto que o Empire State Building (381 metros), a Sydney Tower (305 metros) e as Petronas Twin Towers (451,9 metros).

Usando um robô subaquático chamado SuBastian, a equipa explorou o recife no domingo e transmitiu imagens ao vivo da exploração.

Especialistas dizem que a base do recife “semelhante a uma lâmina” mede 1,5 quilómetros de largura, subindo 500 metros até à sua profundidade mais rasa de 40 metros abaixo da superfície do oceano.

Existem sete outros recifes altos destacados na área, incluindo o recife na Ilha Raine – um local significativo de nidificação de tartarugas verdes.

Robin Beaman, que liderou a expedição, disse que ficou “surpreeendido” com a descoberta. “Não apenas mapear o recife em 3D em detalhes, mas também ver visualmente esta descoberta com SuBastian é incrível”, disse, em comunicado.

“Esta descoberta inesperada afirma que continuamos a encontrar estruturas desconhecidas e novas espécies no nosso oceano”, disse Wendy Schmidt, co-fundadora do Schmidt Ocean Institute.

“O estado do nosso conhecimento sobre o que está no oceano há muito tempo que é muito limitado. Graças às novas tecnologias que funcionam como os nossos olhos, ouvidos e mãos no fundo do oceano, temos a capacidade de explorar como nunca antes. Novas paisagens oceânicas estão a abrir-sr para nós, revelando os ecossistemas e as diversas formas de vida que partilham o planeta connosco”.

A Grande Barreira de Corais, o maior recife de coral do mundo, cobre quase 241 mil quilómetros quadrados e é o lar de mais de 1.500 espécies de peixes, 411 espécies de corais duros e dezenas de outras espécies.

Porém, o recife está a enfretar uma crise. Estudos recentes mostraram que perdeu 50% das suas populações de corais nas últimas três décadas, sendo as mudanças climáticas um fator-chave para a perturbação do recife.

https://zap.aeiou.pt/descoberto-recife-coral-alto-do-empire-state-building-na-australia-355922

 

Descoberto exoplaneta do tamanho da Terra e em zona habitável !

É descoberto exoplaneta do tamanho da Terra e em zona habitável
                   Ilustração do como o planeta em torno da estrela TOI-700 pode se parecer.

O Telescópio Espacial TESS descobriu um planeta no qual podem existir oceanos. Além disso, o exoplaneta gira em torno de uma estrela silenciosa, e isso se compara favoravelmente com outros candidatos ao título de berço da vida extraterrestre. Este é o primeiro, mas certamente não o último mundo potencialmente habitado descoberto pelo Observatório TESS.

O telescópio espacial foi lançado em 2018. Sua tarefa é pesquisar exoplanetas, inclusive os semelhantes à Terra.

A TESS descobriu 17 planetas semelhantes à Terra orbitando 11 estrelas até agora, de acordo com um comunicado de imprensa para o novo estudo. Todas essas estrelas são anãs vermelhas, que são menores e mais frias que o Sol.

A equipe TESS dividiu quase todo o céu em setores, cada um dos quais observado por 27 dias. No entanto, essas áreas se sobrepõem parcialmente, de modo que algumas estrelas permanecem no campo de visão do dispositivo por muito mais tempo.

A estrela TOI-700 (também conhecida como TIC 150428135) é uma das “sortudas”. Graças a isso, os astrônomos descobriram até três exoplanetas do tamanho da Terra.

O primeiro deles (TOI-700b) tem um raio quase igual ao da Terra e gira em torno de seu sol em 10 dias terrestres. O próximo planeta, TOI-700c, é muito maior do que seu vizinho (2,7 vezes o raio da Terra). Ele faz uma revolução completa em 16 dias.

No entanto, o mais interessante de todos é o terceiro exoplaneta do planeta TOI-700d. Seu raio é de 1,1 terrestre, e seu período orbital é de 37 dias terrestres. É esta órbita em torno do frio sol local que dá ao TOI-700d o “direito à vida”.

Segundo os cientistas, o planeta recebe o equivalente a 86% do calor que vem para a Terra. Isso significa que a temperatura neste corpo celeste permite a existência de água líquida e, portanto, uma biosfera. De acordo com especialistas, o exoplaneta está na zona habitável.

Três artigos científicos publicados no Astronomical Journal são dedicados ao mundo recém-descoberto.

O primeiro descreve a descoberta deste planeta usando o telescópio TESS.

A segunda publicação é dedicada à observação de um exoplaneta usando o observatório infravermelho espacial Spitzer. O telescópio recebeu esses dados em outubro de 2019 e janeiro de 2020, pouco antes do término de sua missão.

Finalmente, os autores do terceiro artigo de pesquisa simularam o possível clima do TOI-700d.

Os pesquisadores examinaram duas dezenas de cenários que diferem uns dos outros na composição da atmosfera do planeta, a quantidade de água nela e outras características. A conclusão deles é otimista: um clima adequado para a vida é obtido em uma gama bastante ampla de condições.

É importante que TOI-700, ao contrário da maioria das outras anãs vermelhas, seja uma estrela calma, não sujeita a erupções catastróficas. Ou seja, TOI-700d tem todas as chances de preservar a atmosfera e a hidrosfera por bilhões de anos.

Claro, isto tudo não fica sem uma mosca na sopa. TOI-700 está a mais de cem anos-luz da Terra. É muito longe para estudar diretamente a atmosfera de um pequeno planeta como TOI-700d, mesmo com o futuro telescópio James Webb.

No entanto, as capacidades dos instrumentos astronômicos estão crescendo rapidamente. Talvez em algumas décadas, os cientistas estudem cuidadosamente o misterioso exoplaneta e (quem sabe?) encontrem nele sinais da existência de vida.

https://www.ovnihoje.com/2020/10/29/e-descoberto-exoplaneta-do-tamanho-da-terra-e-em-zona-habitavel/

 

Asteroide Apophis está a acelerar e pode colidir com a Terra !

Asteroide Apophis está acelerando e pode colidir com a Terra... mas calma!
Imagem meramente ilustrativa

Um astrônomo do Instituto de Astronomia (IfA) da Universidade do Havaí revelou novas descobertas críticas relacionadas a um grande asteroide que deverá passar muito perto da Terra. Dave Tholen e colaboradores anunciaram a detecção da aceleração de Yarkovsky no asteroide Apophis que está próximo à Terra. Esta aceleração surge de uma força extremamente fraca em um objeto devido à radiação térmica não uniforme. Esta força é particularmente importante para o asteroide Apophis, pois afeta a probabilidade de um impacto com a Terra em 2068.

Todos os asteroides precisam irradiar novamente o calor da energia que absorvem da luz do Sol para manter o equilíbrio térmico, um processo que altera ligeiramente a órbita do asteroide. Antes da detecção da aceleração de Yarkovsky no Apophis, os astrônomos concluíram que um impacto potencial com a Terra em 2068 era impossível. A detecção desse efeito atuando no Apophis significa que o cenário de impacto de 2068 ainda é uma possibilidade.

O Apophis é digno de nota por causa de sua trajetória extremamente próxima da Terra na sexta-feira, 13 de abril de 2029, quando a rocha espacial de 300 metros se tornará visível a olho nu ao passar dentro do cinturão de satélites de comunicação que orbitam a Terra.

Tholen, que tem rastreado com precisão o movimento do Apophis no céu desde que sua equipe o descobriu em 2004, informou:

Sabemos há algum tempo que um impacto com a Terra não é possível durante a aproximação de 2029. As novas observações que obtemos com o telescópio Subaru no início deste ano foram boas o suficiente para revelar a aceleração Yarkovsky de Apophis, e elas mostram que o asteroide está se afastando de uma órbita puramente gravitacional em cerca de 170 metros por ano, o que é suficiente para manter o cenário de impacto de 2068 em jogo.

Os cálculos da órbita foram realizados por Davide Farnocchia do Jet Propulsion Laboratory, que é coautor do artigo apresentado no encontro virtual de 2020 da Divisão de Ciências Planetárias da Sociedade Astronômica Americana.

Outras observações para refinar a amplitude do efeito Yarkovksy e como ele afeta a órbita do Apophis estão em andamento. Os astrônomos saberão bem antes de 2068 se há alguma chance de impacto.

https://www.ovnihoje.com/2020/10/29/asteroide-apophis-esta-acelerando-e-pode-colidir-com-a-terra-mas-calma/

 

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

NASA divulga nova tecnologia para pousar na Lua sem piloto humano

"Evolução das capacidades integradas de aterragem segura e precisa" (SPLICE na sigla em inglês) é o nome de um projeto divulgado pela NASA num comunicado na última quinta-feira (17), cujo objetivo é melhorar a segurança de pouso e prevenir acidentes.

Visando tornar um futuro pouso na Lua e depois em Marte menos arriscados, a NASA construiu um sistema totalmente novo, misturando um conjunto de sensores a laser, uma câmera, um computador de alta velocidade e alguns algoritmos sofisticados. E, o mais importante, sem a necessidade de um piloto humano.

De acordo com o gerente do projeto, Ron Sostaric: “O que estamos construindo é um sistema completo de descida e pouso que funcionará em futuras missões Artemis à Lua e pode ser adaptado para Marte. Nosso trabalho é colocar os componentes individuais juntos e garantir que funcione como um sistema funcional.” 

Como funciona o SPLICE?

O SPLICE pretende garantir que as futuras espaçonaves consigam pousar numa grande variedade de locais, evitando pedregulhos e crateras. O sistema é capaz de identificar áreas-alvo seguras com apenas metade do tamanho de um campo de futebol americano (110m x 49m). Para se ter uma ideia da precisão dessas medidas, a área de pouso da Apollo 11 em 1968 era de 11x5... quilômetros!

O funcionamento do SPLICE tem início com uma varredura da superfície abaixo da nave com lasers. Após captado o estado do solo, o sistema faz uma comparação com um banco de dados de pontos de referência conhecidos, para descobrir exatamente onde a nave se encontra.

O processamento e a identificação do local exato se completa quando a nave está a cerca de quatro quilômetros acima da superfície-alvo, fornecendo uma orientação segura para o pouso. A NASA espera que o SPLICE já possa ser utilizado pela primeira mulher a pousar na Lua em 2024, como parte do programa Artemis.

https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116160-nasa-divulga-nova-tecnologia-para-pousar-na-lua-sem-piloto-humano.htm

 

 

Libertação de água em Fukushima tem “potencial para danificar o ADN humano”

A Greenpeace, uma organização ambiental internacional, avisou através de um relatório que a água contaminada que poderá ser lançada no mar pela usina nuclear de Fukushima contém carbono radioativo que pode danificar o ADN humano.


De acordo com a Greenpeace, a água armazenada na usina contém uma enorme quantidade do isótopo radioativo carbono-14 e outros elementos perigosos, que têm “graves consequências a longo prazo” para a população, para o ambiente e para a indústria piscatória.

O relatório divulgado na passada sexta-feira, foi elaborado depois do grupo ambientalista conhecer as intenções do governo japonês em libertar a água, usada para arrefecer os reatores da antiga central, no Oceano Pacífico, uma vez que o espaço de armazenamento está a esgotar-se.

Segundo a organização, a água armazenada na fábrica de Fukushima pode conter até 63,6 gigabequerels – unidade usada para determinar a atividade de um isótopo radioativo, sendo que um bequerel corresponde a uma desintegração nuclear por segundo.

Para além do isótopo radioativo trítio, a água contém o isótopo radioativo carbono-14, considerado “o maior contribuinte para a dose coletiva de radiação humana e tem o potencial de danificar o ADN humano”.

Shaun Burnie, autor do documento e principal especialista nuclear do Greenpeace Alemanha, disse à CNN que “estes materiais radioativos são perigosos durante milhares de anos e têm o potencial de causar danos genéticos”.

O relatório foi já refutado pela Tokyo Eletric Power (Tepco), a empresa que opera a central. Ryounosuke Takanori, porta-voz da empresa, disse à CNN em comunicado que a concentração de carbono-14 contido na água tratada “é de cerca de 2 a 220 becquerels por litro, conforme medido nos tanques de água”.

A empresa refere que “mesmo que a água seja continuamente bebida 2 litros por dia, a exposição anual é de cerca de 0,001 a 0,11 milisieverts — unidade usada para dar uma avaliação do impacto da radiação ionizante sobre os seres humanos — , o que não é um nível que afete a saúde“.

O representante da TEPCO avança que a empresa realizará um tratamento secundário “para satisfazer os padrões reguladores para descargas diferentes do trítio”, e os materiais radioativos, incluindo carbono-14, “serão reduzidos o máximo possível”.

O desastre na central de energia nuclear de Fukushima que ocorreu em 2011 danificou três reatores e a solução encontrada para que não derretessem foi usar continuadamente água em tubos de arrefecimento. Uma vez que ficava contaminada depois do seu uso, a água passava a ser armazenada em reservatórios.

O problema é que a cada dia que passa são armazenadas mais de 170 toneladas de água contaminada. Agora, com a lotação de espaço quase esgotada a pressão em torno do destino desta água tem vindo a aumentar.

https://zap.aeiou.pt/fukushima-adn-humano-355792

 

ONG identifica entidades norte-americanas como “cúmplices” da destruição da Amazónia

Seis instituições financeiras norte-americanas são apontadas como “cúmplices” da destruição ambiental na Amazónia brasileira, assim como da violação dos direitos das comunidades indígenas da região, segundo um relatório de organizações não-governamentais (ONG).


Um estudo elaborado pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e pela ONG Amazon Watch identificou as “conexões” entre as corporações BlackRock, Citigroup, J.P. Morgan Chase, Vanguard, Bank of America e Dimensional Fund Advisors e 11 empresas brasileiras associados a conflitos ambientais e indígenas na floresta amazónia.

Os casos detalhados no relatório, intitulado “Cumplicidade na destruição III: como corporações globais contribuem para violações de direitos dos povos indígena da Amazónia brasileira”, baseiam-se em “conflitos documentados”, explicou a Apib em comunicado.

O estudo expõe o financiamento de grandes corporações, fundos e acionistas a 11 companhias estratégicas do Brasil: as empresas de mineração Vale, Anglo American, Belo Sun e Potássio do Brasil; as gigantes da agropecuária Cargill, JBS e Cosan/Raízen, e as empresas de energia Energisa Mato Grosso, Bom Futuro Energia, Equatorial Energia Maranhão e Eletronorte.

“Desvendar essa rede ajuda a mostrar como é problemática a ligação entre empresas que atuam na Amazónia e líderes financeiros globais”, indicou o relatório.

O documento destacou especialmente a atuação das seis entidades financeiras norte-americanas, que juntas contribuíram com mais de 18 mil milhões de dólares (15,2 mil milhões de euros) entre 2017 e 2020 para as companhias mencionadas.

“As investigações apontam que grandes empresas do setor financeiro, como BlackRock, Vanguard e J.P. Morgan Chase, estão a usar o dinheiro dos seus clientes para permitir ações hediondas de empresas vinculadas a violações de direitos indígenas e à devastação da floresta Amazónia”, frisou o diretor de programas da Amazon Watch, Christian Poirier, citado em comunicado.

Apesar de muitas dessas corporações “terem feito promessas e compromissos públicos com questões ambientais e sociais e, em alguns casos, com direitos indígenas”, “continuam a investir num modelo de negócios que apoia empresas que colecionam violações de direitos ambientais”, denunciou o relatório.

Essa “cumplicidade do setor financeiro com a destruição contraria os compromissos com o clima e os direitos humanos” assumidos por algumas dessas empresas, assim como “expõe os seus investidores a graves riscos e contribui para a crescente crise global da biodiversidade e do clima”, afirmou Poirier.

O relatório foi produzido a partir da análise de processos judiciais em andamento e de outros já encerrados na justiça brasileira, complementados com dados de operações policiais e denúncias de lideranças e entidades indígenas.

A partir da base de dados, o centro de investigações holandês Profundo cruzou as informações para finalmente chegar às “cadeias produtivas, compradores e investidores internacionais” que atuam como acionistas e investidores das empresas brasileiras.

Os autores do relatório também denunciaram as ações do Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, em questões ambientais e acusaram a sua retórica “anti-ambiental e anti-indígena” de “contribuir ativamente” para o agravamento da crise ambiental na região.

“Os mercados globais têm o poder de contribuir ou moderar a agenda desastrosa de Bolsonaro para a Amazónia brasileira, permitindo ou evitando a destruição da floresta tropical”, conclui o documento.

https://zap.aeiou.pt/entidades-cumplices-destruicao-amazonia-356038

 

 

terça-feira, 27 de outubro de 2020

NASA anuncia descoberta de água na superfície iluminada da Lua !

Em anúncio realizado no início da tarde desta segunda-feira (26), a NASA revelou que, utilizando o Stratospheric Observatory for Infrared Astronomy (SOFIA), detectou a presença de água distribuída em uma cratera lunar exposta ao Sol, a Clavius. A descoberta pode auxiliar em missões e também na procura pelo elemento em outros locais do Universo.

Devido ao baixo nível de gravidade existente no satélite natural da Terra, imaginava-se que, além da substância em estado sólido, o astro não teria capacidade de reter moléculas isoladas ou mesmo formas líquidas, que se espalhariam facilmente por áreas além dele. Tal fato tornaria inviável a exploração do recurso, encontrado apenas em regiões inóspitas. 

Logo, apesar da pequena quantidade visualizada (uma concentração de 0,32 litro por metro cúbico) e da necessidade de análises aprofundadas para a compreensão de sua composição exata e de sua estabilidade, existe a esperança de que, no futuro, o espaço e o peso ocupados por estoques do tipo que há em naves sejam substituídos por itens tão importantes quanto ele.

NASA descobre água em novas partes da Lua. 

NASA descobre água em novas partes da Lua.

Criando um novo itinerário

A água, em missões espaciais, é aplicada em diversas ocasiões, inclusive na produção de oxigênio. Sendo assim, essas evidências permitem o mapeamento dos locais de destino de viagens e saber o quanto se pode economizar de carga em jornadas extraterrestres, visto que definir de onde ela será extraída faz uma diferença e tanto. Para aqueles que se perguntam sobre a existência de vida na Lua, especialistas indicam que, devido ao ambiente, é improvável que haja alguma, já que elementos adicionais seriam necessários – e a radiação frearia qualquer desenvolvimento.

Por fim, os representantes da NASA ressaltaram que há muito trabalho a ser feito, já que a quantidade de dados levantados não foi o suficiente para utilizar a informação em objetivos de curto prazo. Exemplificando a importância do estudo, explicaram que, quando viajamos, é importante sabermos onde há postos de gasolina e se devemos utilizar o espaço no porta-malas para armazenar combustível ou podemos adicionar mais alguns livros. Nesse caso, foi dado o primeiro passo para a criação de novas estratégias.

“Se pudermos usar os recursos da Lua, poderemos carregar menos água e mais equipamentos para ajudar em novas descobertas científicas”, contou Jacob Bleacher, cientista-chefe de exploração do Diretório de Missões de Exploração e Operações Humanas da NASA. 

“Não sabemos ainda se podemos usá-la como um recurso, mas aprender sobre a água na Lua é a chave para nossos planos de exploração Artemis“, declarou a agência em seu perfil no Twitter.

https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116581-nasa-anuncia-descoberta-de-agua-na-superficie-iluminada-da-lua.htm

 

Garoto de 12 anos é a pessoa mais jovem a atingir a fusão nuclear !

Garoto de 12 anos se torna a pessoa mais jovem a realizar fusão nuclear -  Revista Galileu | Ciência

Um vídeo divulgado no YouTube no início de outubro pelo Guinness World Record, o famoso “Livro dos Records“, apresentou a pessoa mais jovem a atingir a fusão nuclear no mundo. O norte-americano Jackson Oswalt, que completaria 13 anos algumas horas mais tarde, conseguiu o feito numa sala de jogos em sua casa.

No seu experimento doméstico, realizado na cidade de Memphis, no Tenessee, o garoto Jackson conseguiu fundir dois átomos de deutério (hidrogênio pesado) em um pequeno fusor que ele próprio construiu. 

O fusor é um dispositivo que utiliza um campo elétrico para aquecer íons a temperaturas extremas, capazes de facilitar a fusão nuclear. O processo de construção de um mecanismo desse tipo pode ser bem complicado, devido à quantidade de energia elétrica envolvida, bem como uma temperatura absurdamente alta. Veja o vídeo:

https://www.youtube.com/watch?v=Wh5TUlzBwLw

Não faça isso em sua casa!

Para os jovens estudantes que estejam pensando em criar uma máquina dessas em casa, é importante ressaltar que isso pode não ser uma boa ideia. Além do grande castigo que o pai irá impor quando receber a fatura da energia elétrica, existem inúmeros perigos envolvidos no processo.

O próprio Jackson, após passar uns perrengues, explicou ao site IFL Science: “Construir um fusor é um processo muito perigoso, principalmente por causa da alta eletricidade que é usada no reator. Certos cuidados precisam ser tomados, como usar luvas para se proteger”.

Embora os fusores nucleares sejam uma promessa de energia limpa para o futuro, esse tipo de modelo construído não tem utilidade comercial pelo seu pequeno porte. Um fusor típico, capaz de produzir o fluxo de nêutrons necessário para suprir um reator de fusão real, demandaria uma entrada de energia bem maior que a produzida, com a atual tecnologia. 

https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116569-garoto-de-12-anos-e-a-pessoa-mais-jovem-a-atingir-a-fusao-nuclear.htm

 

Venezuela testou molécula que “anula a 100%” o novo coronavírus !

O Presidente da Venezuela anunciou, este domingo, que o Instituto Venezuelano de Investigações Científicas (IVIC) testou com sucesso uma molécula, a DR10, que “anula 100%” o novo coronavírus.

Macau sem registo de casos de coronavírus há seis dias - Mundo - Correio da  Manhã

“O IVIC testou uma molécula usada para tratar a hepatite C para tratar a covid-19. Este estudo durou seis meses, resultando na aniquilação de 100% do vírus. A Venezuela obteve um medicamento que anula 100% o coronavírus“, disse Nicolás Maduro à televisão estatal venezuelana.

Segundo o chefe de Estado, o “estudo foi certificado, com todos os testes necessários” e nos próximos dias a Venezuela “procederá (…) através da Organização Mundial de Saúde, para ratificar (homologar) os resultados obtidos”.

O Presidente da Venezuela explicou ainda que se trata da molécula DR10, que foi totalmente isolada e “não tem nenhum tipo de toxicidade que afete moléculas saudáveis” ou cause efeitos colaterais.

Maduro mostrou-se confiante de que em breve a Venezuela começará “a produção em massa” graças a “alianças internacionais”.

Por outro lado, a ministra venezuelana de Ciência e Tecnologia, Gabriela Jiménez, explicou que a investigação foi monitorizada “através de células infetadas com o vírus (Sars-cov2 ou coronavírus), isolado, em pacientes venezuelanos”.

A molécula DR10 é um derivado do ácido ursólico e os resultados foram de “100% de inibição na replicação do vírus in vitro”, disse.

Na Venezuela estão oficialmente confirmados 89.565 casos de covid-19, que causaram 770 mortes, enquanto 84.720 pessoas recuperaram da doença.

O país está desde 13 de março em estado de alerta, o que permite ao Executivo decretar “decisões drásticas” para combater a pandemia.

Depois de permitir durante uma semana uma “flexibilização ampla” da quarentena preventiva da covid-19, que permitiu a abertura dos estabelecimentos de comércio em geral, turismo e organismos públicos, o acesso às praias do país, atividades e eventos ao ar livre, a Venezuela regressa hoje a sete dias de estrita quarentena.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e quase 42,7 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

https://zap.aeiou.pt/venezuela-molecula-anula-coronavirus-355469

 

Placa tectónica "perdida" encontrada no Pacífico !

Uma equipe de geólogos da Faculdade de Ciências Naturais e Matemática da Universidade de Houston conseguiu reconstruir as imagens de uma placa tectônica há muito perdida no norte do Canadá, e que pode ter dado origem a um arco de vulcões no Oceano Pacífico há 60 milhões de anos.

Num comunicado à imprensa, divulgado na última terça-feira (20) no site Phys.org, um dos autores do estudo, o professor de geologia Jonny Wu, explicou que a existência da placa tectônica, chamada Ressurreição, tem provocado acalorados debates entre os geólogos, pois há uma corrente que afirma que esse pedaço de litosfera nunca existiu.

Os que acreditam na existência da Ressurreição afirmam que ela subduziu, ou seja, moveu-se para o lado e para baixo no manto da Terra, em algum lugar de uma margem do tipo Pacífico (ou ativa), que é o local de convergência de placas tectônicas onde ocorre uma fossa oceânica. Isso ocorreu há 40 ou 60 milhões de anos. 

Como a pesquisa foi desenvolvida

Fonte: University of Houston/Divulgação
                                   Wu e Fuston (Fonte: University of Houston/Divulgação)

Na descrição do estudo, publicado no Geological Society of America Bulletin, Wu e Spencer Fuston, um estudante de doutorado em geologia do terceiro ano, aplicaram uma técnica chamada slab unfolding, desenvolvida pelo UH Center for Tectonics and Tomography. 

Para reconstruir como as placas tectônicas no Oceano Pacífico pareciam durante o início da Era Cenozóica, os pesquisadores fizeram imagens semelhantes a uma verdadeira tomografia computadorizada do interior da Terra, para conseguir observar os riscos vulcânicos, bem como os depósitos de minerais e hidrocarbonetos.

Levantando a placa tectônica

Embora seja consenso entre os geólogos que havia duas placas tectônicas no Oceano Pacífico, a Kula e a Farallon, havia controvérsias quanto à Ressurreição. Mas a nova reconstrução coloca a borda da placa rochosa ao longo de uma linha de vulcões antigos conhecidos, sugerindo que ela já fez parte da crosta terrestre onde atualmente fica o norte do Canadá.

“Quando ‘levantada’ de volta à superfície da Terra e reconstruída, os limites desta antiga placa tectônica da Ressurreição combinam bem com os antigos cinturões vulcânicos no estado de Washington e no Alasca, fornecendo uma ligação muito procurada entre o antigo Oceano Pacífico e o registro geológico da América do Norte”, conclui Wu. 

https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116558-ressurreicao-placa-tectonica-perdida-e-encontrada-no-pacifico.htm

 

quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Encontrado vapor de água salgada em torno de duas estrelas bebé gigantes

Uma equipa de investigadores descobriu um par de estrelas bebé massivas rodeadas por vapor de água e sal de cozinha, de acordo com um novo estudo.


As duas estrelas bebé têm uma massa combinada 25 vezes maior do que o nosso Sol e são cercadas por um enorme reservatório de gás que pesa 10 mil sóis, bem como por moléculas como cianeto de metila, cloreto de sódio e vapor de água quente.

“O cloreto de sódio é familiar para nós como sal de cozinha, mas não é uma molécula comum no Universo”, disse Kei Tanaka, do Observatório Astronómico Nacional do Japão, em comunicado.

“Esta foi apenas a segunda deteção de cloreto de sódio em torno de estrelas jovens massivas. O primeiro exemplo foi em torno da Fonte I de Orion KL, mas essa é uma fonte tão peculiar que não tínhamos certeza se o sal é adequado para ver discos de gás em torno de estrelas massivas. Os nossos resultados confirmaram que o sal é realmente um bom marcador. Como as estrelas bebé ganham massa através de discos, é importante estudar o movimento e as características dos discos para entender como as estrelas bebé crescem”.

O sistema é conhecido como IRAS 16547-4247 e está localizado a 9.500 anos-luz da Terra na constelação de Escorpião.

Estrelas massivas costumam formar-se em pares, mas os investigadores acreditam que as duas foram forçadas a ficar juntas em vez de nascerem juntas. A evidência para esse cenário é vista no disco de material que envolve as estrelas, que gira numa direção diferente da do par.

“Encontramos um sinal provisório de que os discos estão a girar em direções opostas”, disse Yichen Zhang, investigador da RIKEN. “A rotação contrária dos discos pode indicar que essas duas estrelas não são gémeas reais, mas um par de estranhos que se formaram em nuvens separadas e emparelhados posteriormente.”

As deteções foram possíveis graças ao Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA).

https://zap.aeiou.pt/encontrado-vapor-agua-salgada-349591

 

O que a vida na Terra respirava antes de haver oxigénio

 

Tapete microbiano La Brava

Há milhares de milhões de anos, muito antes de existir oxigénio em quantidades abundantes na Terra, um dos mais famosos venenos existentes – o arsénico – poderá ter sido o composto que fez a vida respirar no nosso planeta.

Uma equipa de cientistas estudou uma faixa roxa de micróbios fotossintéticos no deserto do Atacama, no Chile, mais especificamente num lugar conhecido como La Brava. O oxigénio é completamente ausente neste lago hipersalino.

“Trabalho com tapetes microbianos há cerca de 35 anos. Este é o único sistema na Terra onde pude encontrar um tapete microbiano que prevaleceu na ausência de oxigénio”, disse o geocientista Pieter Visscher, da Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos, citado pelo Science Alert.

Os tapetes microbianos, que se fossilizam em estromatólitos, são abundantes há pelo menos 3,5 mil milhões de anos, sendo que durante os primeiros mil milhões de anos da sua existência não havia oxigénio disponível para a fotossíntese. Os cientistas não sabem como é que estas formas de vida sobreviveram nestas condições extremas, mas, analisando os estromatólitos e extremófilos de hoje, deparam-se com várias possibilidades.

O ferro, o enxofre e o hidrogénio foram propostos como possíveis substitutos do oxigénio, mas a descoberta da “arsenotrofia” nos lagos hipersalinos Searles e Mono da Califórnia fez com que o arsénico também se tornasse num bom candidato. Aliás, ao contrário do ferro e do enxofre, o arsénico já foi um modo válido de fotossíntese no período Pré-Cambriano.

As formas de vida de La Brava assemelham-se a uma bactéria roxa de enxofre chamada Ectothiorhodospira sp., que foi recentemente encontrada num lago rico em arsénico no Nevada, nos Estados Unidos. Esta forma de vida faz a fotossíntese oxidando o composto de arsenito para produzir uma forma diferente: o arseniato.

Os investigadores precisam de mais pesquisas para comprovar que os micróbios de La Brava também também metabolizam arsenito, mas os cientistas descobriram que a água corrente ao redor dessas esteiras está carregada de sulfeto de hidrogénio e arsénico.

Se os micróbios da Laguna La Brava estiverem a “respirar” arsénico, estas formas de vida seriam as primeiras conhecidas a fazê-lo num tapete microbiano permanente e completamente ausente de oxigénio. O artigo científico com os resultados da investigação foi recentemente publicado na Communications Earth and Environment.

https://zap.aeiou.pt/ja-sabemos-o-que-a-vida-na-terra-respirava-antes-de-haver-oxigenio-349544

 

Sonda da NASA deteta nanojatos na coroa solar !

Uma equipa de cientistas, liderada pelas Universidades de Northumbria e St. Andrews, em cooperação com a NASA, descobriu um novo tipo de atividade dentro da atmosfera do Sol que poderia explicar como é que a nossa estrela atinge temperaturas de mais de um milhão de graus.

A coroa solar, a parte mais externa da atmosfera do Sol, é centenas de vezes mais quente do que a superfície. Um novo estudo, publicado na Nature Astronomy, encontrou, pela primeira vez, provas diretas de que a reconexão das linhas de campo magnético dentro da coroa resulta em rajadas de energia, que podem explicar a sua alta temperatura.

A superfície da estrela é coberta por campos magnéticos cheios de partículas carregadas que formam laços coronais. Segundo o EurekAlert, estes laços conectam-se à superfície do Sol e mantêm as linhas magnéticas constantemente carregadas de energia.

Por vezes, estas linhas do campo magnético entrelaçam-se, separando-se de seguida e encaixando numa espécie de configuração de linhas lisas – este processo é conhecido como reconexão magnética e, quando acontece, ocorre uma súbita nanoexplosão de energia.

De acordo com os cientistas, um gás aquecido move-se muito rapidamente entre as duas linhas e cria nanojatos. A equipa conseguiu, pela primeira vez, detetar os nanojatos ao lado de nanoexplosões durante um evento de aquecimento da coroa solar, identificando diretamente a reconexão magnética como mecanismo de aquecimento.

O processo pode desencadear outro semelhante, dando início a um efeito dominó que resulta numa série de nanojatos na coroa solar.

Os investigadores utilizaram dados e imagens de alta resolução da sonda IRIS, da NASA. Graças às imagens, a equipa identificou e analisou uma tempestade de nanojatos e o impacto que esta teve na temperatura da coroa.

https://zap.aeiou.pt/nanojatos-na-coroa-solar-349225

 

Estudo mostra como a origem da Lua teria afetado a atmosfera da Terra !

Um estudo recente publicado no periódico Astrophysical Journal Letters e desenvolvido por cientistas da Universidade de Durham, no Reino Unido, mostra que a Terra pode ter perdido de 10% a 60% de sua atmosfera na colisão espacial que teria dado origem à Lua. Mais de 300 simulações foram realizadas em supercomputadores para que se chegasse à hipótese, exibindo as consequências de diferentes impactos entre corpos rochosos sobre suas camadas de gases.

De acordo com os pesquisadores, dependendo do tipo do choque, é possível também que um dos objetos nesse tipo de situação acabe ganhando atmosfera, principalmente se o encontro for lento e envolver planetas jovens (e ao menos um deles tiver camadas “sobrando”). O modelo tem potencial de dar pistas sobre o surgimento de nosso satélite natural, além de auxiliar análises relacionadas a outros eventos astronômicos.

Diferentes efeitos sobre a atmosfera ocorrem em diferentes colisões. 

Diferentes efeitos sobre a atmosfera ocorrem em diferentes colisões.

Jacob Kegerreis, do Instituto de Cosmologia Computacional e líder do projeto, explica a importância da descoberta: “Cientistas trabalham duro para desvendar o quebra-cabeça sobre como a Lua se formou e as outras consequências de uma colisão gigante com a Terra primitiva. Executamos centenas de cenários para muitos planetas em choque, mostrando os impactos e efeitos variáveis na atmosfera de um planeta dependendo de uma série de fatores, como ângulo, velocidade e tamanho dos objetos”.

“Embora essas simulações não nos digam exatamente como a Lua surgiu, os efeitos na atmosfera terrestre podem ser usados para delimitar as diferentes maneiras como o satélite teria sido formado e nos deixar mais perto de compreender a origem de nosso vizinho celestial mais próximo”.

Efeito borboleta

Acredita-se que o Lua tenha “nascido” há 4,5 bilhões de anos, após um choque entre a Terra primitiva e um gigante chamado Téa, do tamanho de Marte. Com a novidade de Kegerreis e sua equipe, foi possível descobrir que os efeitos sobre a atmosfera dos corpos espaciais dependem diretamente dos detalhes considerados, assim como as mudanças dos objetos em si, que podem ser completamente destruídos no processo.

“Esse grande conjunto de simulações planetárias também lança luz sobre o papel dos impactos na evolução de exoplanetas semelhantes à Terra“, finaliza Luis Teodoro, da Escola de Física e Astronomia da Universidade de Glasgow, coautor da pesquisa, ao Phys.org.

https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116278-estudo-mostra-como-a-origem-da-lua-teria-afetado-a-atmosfera-da-terra.htm

 

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...