Um
dia na Terra é hoje mais longo do que costumava ser, mas não isso não
significa muita coisa: o aumento é tão pequeno que nós não o sentimos.
Durante um período de cem anos, o dia da Terra aumenta em apenas alguns milissegundos.
Nas últimas décadas, conseguimos medir isso com precisão o suficiente para ver esse efeito diretamente.
Precisão
Usando relógios atômicos e medidas ultraprecisas de quasares
distantes, podemos avaliar a duração de um dia dentro de nanossegundos.
Podemos inclusive observar várias flutuações no comprimento de um dia, devido a coisas como terremotos.
Essas flutuações tornam um desafio responder a outra pergunta: como a rotação da Terra mudou ao longo de períodos mais longos?
Essas flutuações tornam um desafio responder a outra pergunta: como a rotação da Terra mudou ao longo de períodos mais longos?
Geologia
Parte da razão pela qual os dias da Terra estão ficando mais longos é devido à atração gravitacional da lua em nossos oceanos. As marés lunares exercem influência no planeta, diminuindo gradualmente sua rotação. Ao longo de milhões de anos, isso significa que o dia da Terra foi no passado uma hora mais curto do que é agora.Vemos esse efeito no registro geológico, o que nos diz que um dia da Terra tinha aproximadamente 22 horas de duração, 620 milhões de anos atrás.
Medir a duração de um dia entre a era recente e geológica, no entanto, é mais difícil. Há centenas de anos, os relógios não eram precisos o suficiente para estimar essa variação, e o comprimento de um dia era fixado na rotação, tornando impossível essa comparação.
Trabalhos recentes, no entanto, encontraram uma maneira de estudar essa mudança.
Observações históricas
Embora nossos ancestrais de séculos passados não tivessem relógios precisos, eles eram bons astrônomos. Eles observaram e documentaram diversos eventos astronômicos, como eclipses solares.A ocorrência desses eventos depende criticamente de quando e onde você está. Se, por exemplo, um astrônomo em uma cidade vê a lua passar na frente de uma estrela uma noite, um astrônomo em uma cidade próxima só verá a lua passar perto dessa estrela.
Comparando as observações desses eventos astronômicos com o tempo real de seu evento, calculado a partir dos movimentos orbitais da Terra e da lua, sabemos exatamente quando e onde eles ocorreram.
Colocando um grande histórico de observações em conjunto, obtemos uma taxa média para o aumento de um dia: cerca de 1,8 milissegundos por século.
Conclusões
Há duas coisas interessantes sobre esse resultado.
A primeira é que é bastante surpreendente poder determinar essa taxa a
partir de documentos históricos. As observações abrangem mais de dois
milênios e estão escritas em vários idiomas e locais. Verificá-las é um
esforço incrível.
A outra é que esta taxa é realmente menor do que a teorizada a partir
dos efeitos de maré da lua (cerca de 2,3 ms/século). Isto é
provavelmente devido a mudanças na forma da Terra.
Sabemos, por exemplo, que o derretimento do gelo desde a última Era do
Gelo (cerca de 10.000 anos atrás) liberou pressão nos polos do planeta,
permitindo que ele voltasse a uma forma mais esférica. Isso tenderia a
encurtar um pouco os dias. A combinação desses dois efeitos nos dá a
taxa histórica que vemos.
Fonte: https://hypescience.com/eclipses-solares-revelam-que-o-ritmo-do-tempo-esta-mudando/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+feedburner%2Fxgpv+%28HypeScience%29
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