Um novo estudo
revela que, graças a altas concentrações de zinco e germânio,
semelhantes às que aparecem juntas na Terra, o planeta vermelho poderia
oferecer as condições necessárias para a existência de micróbios.
Novos dados coletados em Marte pela NASA, através do jipe-sonda
Curiosity, reforçam evidências sobre a possível existência da vida no
planeta vermelho. Em um estudo publicado no Journal of Geophysical Research: Planets,
pesquisadores da agência aeroespacial dos EUA referem-se à atividade
hidrotermal indicativa de rochas sedimentares em uma cratera marciana,
que amplia o alcance das condições de habitabilidade.
Segundo os cientistas, as concentrações de zinco e germânio
encontradas na Cratera Gale são de 10 a 100 vezes maiores que as
encontradas na crosta marciana típica.
Ambos os elementos químicos geralmente aparecem juntos na Terra, em reservatórios hidrotérmicos contendo enxofre.
Jeff Berger, um geólogo da Universidade de Guelph (Ontário, Canadá) e
autor principal do novo estudo, argumenta que as altas concentrações de
zinco e germânio na cratera Gale podem ser explicadas pela atividade
hidrotermal na área.
Graças à uma série de testes nas condições hidrotérmicas presentes
nas proximidades da cratera Gale, a missão do Curiosity se concentrará
agora em determinar se houve condições ambientais favoráveis para a
vida de micróbios naquele planeta.
Como observado pelo site Phys.org, a evidência de possível atividade
hidro-termal foi descoberta por outros jipes-sondas de Marte em
diferentes locais na superfície do planeta vermelho, bem como em
amostras de meteoritos marcianos. Os cientistas, usando simulações
computacionais, experimentos laboratoriais e pesquisas de sites
hidro-térmicos na Terra estão tentando entender a potencial atividade
hidro-térmica passada em Marte.
Até agora, descobriram dados totalmente inesperados que alteram tudo o que pensamos sobre Marte.
Berger disse:
Você tem calor e gradientes químicos … condições favoráveis para a gênese e persistência da vida.
Ambientes térmicos extremos são na Terra o habitat de uma ampla gama de micróbios que de alguma forma conseguiram se adaptar a essas condições.
Além disso, esses organismos podem ter sido alguns dos primeiros a evoluir no nosso planeta.
No novo estudo, utilizando dados do Mars Science Laboratory APXS
montado no braço robótico do Curiosity, os cientistas mediram 16
principais elementos nas rochas encontradas na cratera Gale, inclusive o
zinco. Eles também analisaram o uso das amostras de instrumentos de
química e mineralogia do jipe-sonda Curiosity, a partir de sua broca e
pá.
A cratera Gale se formou 3,5 a 3,8 bilhões de anos atrás devido a um
impacto de meteoro no início da história de Marte. As rochas dentro da
Cratera de Gale são de grande importância se quisermos determinar se a
Marte possui as condições necessárias para hospedar a vida microbiana,
de acordo com a NASA.
Conforme observado por Ashwin Vasavada, cientista do projeto da
missão Curiosity, no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA em
Pasadena, Califórnia, a nova pesquisa ilumina o que pode ter acontecido
antes e depois da formação do lago.
Fonte: http://ovnihoje.com/2017/08/26/vida-microbiana-em-marte/
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