Mesmo planetas considerados inóspitos, como Marte, podem ser oásis de vida, como mostra esse artigo publicado no site sputniknews.com
A água salgada do lago lendário no Oriente Médio pode ser considerada um dos ambientes mais impróprios para a vida no mundo. No entanto, mesmo lá, sem carbono ou oxigênio, microrganismos encontram vias para sobreviver.
O estudo, publicado na revista científica Geology, descreveu microrganismos que são capazes sobreviver debaixo do Mar Morto, 250 metros abaixo do fundo do mar. Vestígios de organismos unicelulares foram encontrados em furos nos sedimentos do espesso estrato de sal em um dos lagos mais salgados da Terra.
Essas criaturas são capazes de sobreviver graças a bolhas de água microscópicas presas nas formações e graças ao seu comportamento “necrófago”, se alimentando dos restos de outros microrganismos que viveram no fundo do mar Morto.
Alguns estudos já provaram que organismos não bacterianos, chamados archaea, que foram encontrados nos ambientes mais extremos, podem viver nos sedimentos do mar Morto. Mas agora um grupo da Universidade de Genebra, liderado por Camille Thomas, encontrou moléculas únicas que as bactérias usam para se alimentar quando há muito poucas fontes de energia.
Estas partículas foram encontradas em estratos de 120.000 anos. Como os archaea não as podem ter produzido, os cientistas supuseram que elas possam ter sido produzidas por formas de vida bacterinas. Pode ser que elas tenham usado archaea mortos como comida para sobreviver. Os cientistas concluíram que este modo de vida tenha os ajudado a produzir reservas de carbono e também a criar água, tornando as bolhas menos salinas. Isso deve ser um modelo de vida sem precedentes para as bactérias.
“Isso é um mecanismo extremamente lento. O ritmo dele explica por que, até hoje, os cientistas não têm sido capazes de ver em laboratório microrganismos que existem em condições tão extremas como as que se encontram no mar Morto”, disse Yael Ebert, cientista do Instituto de Geociências da Universidade Hebraica de Jerusalém, ao jornal Haaretz.
A possibilidade de existir uma grande biomassa viva no ambiente extremo do fundo do mar Morto tem consequências interessantes para a busca da vida no planeta Marte. O Haaretz informa que a NASA teria descoberto em Marte o mesmo mineral que existe nos sedimentos do mar Morto. Isso poderia significar que processos biológicos similares ao do mar Morto podem ter tido lugar no Planeta Vermelho.
Fonte: https://www.ovnihoje.com/2019/08/13/descoberta-no-mar-morto-da-esperanca-de-encontrar-vida-em-marte/ A água salgada do lago lendário no Oriente Médio pode ser considerada um dos ambientes mais impróprios para a vida no mundo. No entanto, mesmo lá, sem carbono ou oxigênio, microrganismos encontram vias para sobreviver.
O estudo, publicado na revista científica Geology, descreveu microrganismos que são capazes sobreviver debaixo do Mar Morto, 250 metros abaixo do fundo do mar. Vestígios de organismos unicelulares foram encontrados em furos nos sedimentos do espesso estrato de sal em um dos lagos mais salgados da Terra.
Essas criaturas são capazes de sobreviver graças a bolhas de água microscópicas presas nas formações e graças ao seu comportamento “necrófago”, se alimentando dos restos de outros microrganismos que viveram no fundo do mar Morto.
Alguns estudos já provaram que organismos não bacterianos, chamados archaea, que foram encontrados nos ambientes mais extremos, podem viver nos sedimentos do mar Morto. Mas agora um grupo da Universidade de Genebra, liderado por Camille Thomas, encontrou moléculas únicas que as bactérias usam para se alimentar quando há muito poucas fontes de energia.
Estas partículas foram encontradas em estratos de 120.000 anos. Como os archaea não as podem ter produzido, os cientistas supuseram que elas possam ter sido produzidas por formas de vida bacterinas. Pode ser que elas tenham usado archaea mortos como comida para sobreviver. Os cientistas concluíram que este modo de vida tenha os ajudado a produzir reservas de carbono e também a criar água, tornando as bolhas menos salinas. Isso deve ser um modelo de vida sem precedentes para as bactérias.
“Isso é um mecanismo extremamente lento. O ritmo dele explica por que, até hoje, os cientistas não têm sido capazes de ver em laboratório microrganismos que existem em condições tão extremas como as que se encontram no mar Morto”, disse Yael Ebert, cientista do Instituto de Geociências da Universidade Hebraica de Jerusalém, ao jornal Haaretz.
A possibilidade de existir uma grande biomassa viva no ambiente extremo do fundo do mar Morto tem consequências interessantes para a busca da vida no planeta Marte. O Haaretz informa que a NASA teria descoberto em Marte o mesmo mineral que existe nos sedimentos do mar Morto. Isso poderia significar que processos biológicos similares ao do mar Morto podem ter tido lugar no Planeta Vermelho.
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