Cientistas da Escola Politécnica de Lausanne (EPFL), na Suíça, criaram um programa de computador capaz de controlar um robô usando os sinais elétricos emitidos pelo cérebro.
Incapazes de falar ou executar o mais simples movimento, os tetraplégicos são prisioneiros dos seus próprios corpos.
Agora, estes pacientes vão conseguir realizar atividades quotidianas por conta própria graças ao novo programa de computador que controla um robô através dos sinais elétricos emitidos pelo cérebro.
Para isso, em vez comandos de voz ou toques, o sistema utiliza o pensamento do utilizador para ajustar os movimentos do robô.
Segundo o Science Daily, tudo começou com um braço robótico que tinha sido desenvolvido há vários anos. Este dispositivo consegue mover-se da direita para a esquerda, reposicionar objetos e contornar obstáculos.
Os engenheiros decidiram então melhorar o mecanismo para que fosse mais preciso. “Uma vez que o objetivo do nosso robô era ajudar os doentes paralisados, tínhamos de encontrar uma forma de os utilizadores poderem comunicar com ele que não exigisse falar ou mover-se”, explicou a aluna de doutoramento Carolina Correia.
Foi então que a equipa decidiu desenvolver um algoritmo capaz de ajustar os movimentos do robô com base nos pensamentos de um paciente.
O algoritmo é conectado a um capacete equipado com elétrodos que executam digitalizações de eletroencefalograma (EEG) para medir a atividade cerebral do utilizador.
Para ativar o sistema de Inteligência Artificial (IA), o paciente só precisa de olhar para o braço robótico.
Quando o robô realiza algum movimento incorreto, o cérebro emite um sinal específico, uma espécie de “mensagem de erro”. Com essa indicação, o dispositivo tenta corrigir o movimento.
Para ajudar o robô a compreender o que está errado, o algoritmo usa uma abordagem de aprendizagem por reforço inverso baseada num processo de tentativa e erro.
“O processo é muito rápido. Normalmente são necessárias três a cinco tentativas para o robô descobrir a resposta certa e executar os desejos do utilizador. O programa de IA aprende rapidamente, mas é o paciente que tem que avisá-lo quando comete um erro para que ele consiga corrigir o seu comportamento”, detalhou o professor de robótica José Millán.
A equipa espera que o sistema de comando cerebral possa ser implantado em cadeiras de rodas elétricas, para que ajude a aumentar a mobilidade de pacientes com lesões graves na medula espinal.
https://zap.aeiou.pt/nova-ia-controlar-robos-com-mente-454382
Incapazes de falar ou executar o mais simples movimento, os tetraplégicos são prisioneiros dos seus próprios corpos.
Agora, estes pacientes vão conseguir realizar atividades quotidianas por conta própria graças ao novo programa de computador que controla um robô através dos sinais elétricos emitidos pelo cérebro.
Para isso, em vez comandos de voz ou toques, o sistema utiliza o pensamento do utilizador para ajustar os movimentos do robô.
Segundo o Science Daily, tudo começou com um braço robótico que tinha sido desenvolvido há vários anos. Este dispositivo consegue mover-se da direita para a esquerda, reposicionar objetos e contornar obstáculos.
Os engenheiros decidiram então melhorar o mecanismo para que fosse mais preciso. “Uma vez que o objetivo do nosso robô era ajudar os doentes paralisados, tínhamos de encontrar uma forma de os utilizadores poderem comunicar com ele que não exigisse falar ou mover-se”, explicou a aluna de doutoramento Carolina Correia.
Foi então que a equipa decidiu desenvolver um algoritmo capaz de ajustar os movimentos do robô com base nos pensamentos de um paciente.
O algoritmo é conectado a um capacete equipado com elétrodos que executam digitalizações de eletroencefalograma (EEG) para medir a atividade cerebral do utilizador.
Para ativar o sistema de Inteligência Artificial (IA), o paciente só precisa de olhar para o braço robótico.
Quando o robô realiza algum movimento incorreto, o cérebro emite um sinal específico, uma espécie de “mensagem de erro”. Com essa indicação, o dispositivo tenta corrigir o movimento.
Para ajudar o robô a compreender o que está errado, o algoritmo usa uma abordagem de aprendizagem por reforço inverso baseada num processo de tentativa e erro.
“O processo é muito rápido. Normalmente são necessárias três a cinco tentativas para o robô descobrir a resposta certa e executar os desejos do utilizador. O programa de IA aprende rapidamente, mas é o paciente que tem que avisá-lo quando comete um erro para que ele consiga corrigir o seu comportamento”, detalhou o professor de robótica José Millán.
A equipa espera que o sistema de comando cerebral possa ser implantado em cadeiras de rodas elétricas, para que ajude a aumentar a mobilidade de pacientes com lesões graves na medula espinal.
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