Segundo o Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares, a vacinação contra a covid-19 “é segura e eficaz em idade pediátrica”.
De acordo com o Público, a miocardite após a vacinação é muito rara e geralmente ligeira, com rápida recuperação, explicam os especialistas.
“A vacinação contra o vírus SARS-CoV-2 é segura e eficaz em idade pediátrica. As reações adversas são raras, muito em particular no grupo de crianças entre os 5 e os 11 anos. A miocardite após vacinação é muito rara e geralmente ligeira, com rápida recuperação, parece não ter sequelas, e atinge particularmente rapazes na adolescência e jovens adultos”, conclui o Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares (PNDCCV), da Direção-Geral da Saúde, num parecer.
Segundo o último relatório diário da vacinação, 301 mil crianças entre os cinco e os 11 anos já iniciaram a vacinação contra a covid-19. Um número que não chega ainda a 50% do universo estimado de crianças elegíveis.
É preciso ter também em conta que nem todas podem ser vacinadas nesta altura, porque podem estar ou estiveram infetadas, ou a cumprir isolamento profilático.
De acordo com o previsto, o próximo fim-de-semana dedicado à vacinação infantil é a de 5 e 6 de fevereiro, para primeiras e segundas tomas.
Os responsáveis do programa salientam que algumas crianças podem desenvolver doença grave na sequência da infeção pelo SARS-CoV-2, sendo “uma das complicações mais sérias” a síndrome inflamatória multissistémica (MIS-C ou PIMS), que pode implicar a necessidade de cuidados intensivos.
“Neste contexto, a vacinação assume-se como uma medida que permite diminuir a potencial gravidade do impacto da covid-19 nas crianças e adolescentes, sobretudo tendo em conta a evidência científica robusta de que a vacina é segura, inclusivamente para o grupo etário dos cinco aos 11 anos”, afirmam, referindo que a vacinação não causa MIS-C e que estudos recentes indicam que nos adolescentes vacinados o risco de ter MIS-C após a infeção diminuiu 91%.
Quanto à miocardite (infeção do músculo cardíaco) associada à covid-19, o parecer “Vacina para Covid-19 em Idade Pediátrica e Lesão Cardíaca: o que sabemos”, assinado por Fátima Pinto e Filipe Macedo, refere que pode ocorrer em três circunstâncias diferentes:
“Devido à infeção viral, em cerca de 60 casos por 100.000 indivíduos infetados; na doença mais grave, síndrome inflamatória multissistémica por COVID-19 (MISC-C ou PIMS) atingindo cerca de 17,3% dos casos; e após vacinação, com uma incidência de 0,5 a 1 caso por 100.000 indivíduos”.
Em qualquer uma destas formas, é mais frequente no sexo masculino entre os 16 e os 40 anos.
O parecer também refere que as causas da miocardite em contexto de covid-19 “são ainda desconhecidas”, assim como a razão por que “ocorre mais frequentemente entre rapazes jovens, após a puberdade”. “Também não foi ainda possível confirmar a relação causa-efeito entre a vacina e a miocardite“.
“A miocardite por infeção com SARS-CoV-2 sendo cerca de 60 vezes mais frequente, que após a vacinação, pode ter sintomas mais graves, evolução mais prolongada, bem como complicações e sequelas a longo prazo”, dizem os especialistas.
Acrescentando ainda que “a miocardite em idade pediátrica após a vacinação é muito rara, apresenta-se com sintomas ligeiros, evolução rápida e não aparenta ter complicações ou sequelas a longo prazo”.
Dos 8,7 milhões de vacinas administradas a crianças entre os cinco e os 11 anos nos Estado Unidos resultaram 11 comunicações de casos de miocardite.
“Todas foram ligeiras e transitórias” e “não se conhece mortalidade diretamente relacionada com a vacina”, notam os autores do parecer.
“A experiência dos hospitais pediátricos nacionais de referência é de que o risco de envolvimento cardíaco em doentes com infeção por covid, em qualquer idade, é uniformemente pior e mais frequente, do que após a vacinação, podendo ser responsável por sequelas tardias, que requerem seguimento a longo prazo. Não sendo comparável à miocardite após vacina, muito mais rara e ligeira”, concluem.
https://zap.aeiou.pt/miocardites-afetam-60-vezes-mais-as-criancas-infetadas-do-que-as-vacinadas-459340
De acordo com o Público, a miocardite após a vacinação é muito rara e geralmente ligeira, com rápida recuperação, explicam os especialistas.
“A vacinação contra o vírus SARS-CoV-2 é segura e eficaz em idade pediátrica. As reações adversas são raras, muito em particular no grupo de crianças entre os 5 e os 11 anos. A miocardite após vacinação é muito rara e geralmente ligeira, com rápida recuperação, parece não ter sequelas, e atinge particularmente rapazes na adolescência e jovens adultos”, conclui o Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares (PNDCCV), da Direção-Geral da Saúde, num parecer.
Segundo o último relatório diário da vacinação, 301 mil crianças entre os cinco e os 11 anos já iniciaram a vacinação contra a covid-19. Um número que não chega ainda a 50% do universo estimado de crianças elegíveis.
É preciso ter também em conta que nem todas podem ser vacinadas nesta altura, porque podem estar ou estiveram infetadas, ou a cumprir isolamento profilático.
De acordo com o previsto, o próximo fim-de-semana dedicado à vacinação infantil é a de 5 e 6 de fevereiro, para primeiras e segundas tomas.
Os responsáveis do programa salientam que algumas crianças podem desenvolver doença grave na sequência da infeção pelo SARS-CoV-2, sendo “uma das complicações mais sérias” a síndrome inflamatória multissistémica (MIS-C ou PIMS), que pode implicar a necessidade de cuidados intensivos.
“Neste contexto, a vacinação assume-se como uma medida que permite diminuir a potencial gravidade do impacto da covid-19 nas crianças e adolescentes, sobretudo tendo em conta a evidência científica robusta de que a vacina é segura, inclusivamente para o grupo etário dos cinco aos 11 anos”, afirmam, referindo que a vacinação não causa MIS-C e que estudos recentes indicam que nos adolescentes vacinados o risco de ter MIS-C após a infeção diminuiu 91%.
Quanto à miocardite (infeção do músculo cardíaco) associada à covid-19, o parecer “Vacina para Covid-19 em Idade Pediátrica e Lesão Cardíaca: o que sabemos”, assinado por Fátima Pinto e Filipe Macedo, refere que pode ocorrer em três circunstâncias diferentes:
“Devido à infeção viral, em cerca de 60 casos por 100.000 indivíduos infetados; na doença mais grave, síndrome inflamatória multissistémica por COVID-19 (MISC-C ou PIMS) atingindo cerca de 17,3% dos casos; e após vacinação, com uma incidência de 0,5 a 1 caso por 100.000 indivíduos”.
Em qualquer uma destas formas, é mais frequente no sexo masculino entre os 16 e os 40 anos.
O parecer também refere que as causas da miocardite em contexto de covid-19 “são ainda desconhecidas”, assim como a razão por que “ocorre mais frequentemente entre rapazes jovens, após a puberdade”. “Também não foi ainda possível confirmar a relação causa-efeito entre a vacina e a miocardite“.
“A miocardite por infeção com SARS-CoV-2 sendo cerca de 60 vezes mais frequente, que após a vacinação, pode ter sintomas mais graves, evolução mais prolongada, bem como complicações e sequelas a longo prazo”, dizem os especialistas.
Acrescentando ainda que “a miocardite em idade pediátrica após a vacinação é muito rara, apresenta-se com sintomas ligeiros, evolução rápida e não aparenta ter complicações ou sequelas a longo prazo”.
Dos 8,7 milhões de vacinas administradas a crianças entre os cinco e os 11 anos nos Estado Unidos resultaram 11 comunicações de casos de miocardite.
“Todas foram ligeiras e transitórias” e “não se conhece mortalidade diretamente relacionada com a vacina”, notam os autores do parecer.
“A experiência dos hospitais pediátricos nacionais de referência é de que o risco de envolvimento cardíaco em doentes com infeção por covid, em qualquer idade, é uniformemente pior e mais frequente, do que após a vacinação, podendo ser responsável por sequelas tardias, que requerem seguimento a longo prazo. Não sendo comparável à miocardite após vacina, muito mais rara e ligeira”, concluem.
https://zap.aeiou.pt/miocardites-afetam-60-vezes-mais-as-criancas-infetadas-do-que-as-vacinadas-459340
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