Uma nova experiência demonstrou que as partículas elementares, chamadas muões, não se comportam da maneira prevista pelo Modelo Padrão da Física de Partículas.
Os primeiros resultados da experiência Muon g-2, do Laboratório Fermi do Departamento de Energia dos Estados Unidos, revelaram que os muões se comportam de uma forma que não condiz com o Modelo Padrão da Física de Partículas, a teoria aceite para explicar o comportamento dos elementos do Universo.
Segundo as atuais leis da Física, codificadas no Modelo Padrão, os muões devem oscilar a uma determinada velocidade, descrita mediante um número, conhecido como “fator-g”, pode ser calculado com grande precisão. Contudo, os cientistas descobriram que os muões oscilam a um ritmo mais rápido do que o esperado.
Segundo o IFL Science, o facto de os cientistas terem descoberto que o valor medido do momento magnético do muão é diferente do que prevê o Modelo Padrão, pode indicar a existência de “uma nova e emocionante física”.
Os primeiros resultados alcançaram o limiar de incerteza de 4,2 sigma, próximo do “padrão de ouro” do nível de certeza em evidências científicas, de 5 sigmas. Isto significa que há uma probabilidade de 3 em 100.000 de a descoberta ser apenas um acaso.
O Muon g-2 tem investigado o momento anómalo de dipolo magnético do muão, uma partícula semelhante ao eletrão mas 207 vezes mais massiva. A experiência tem como objetivo medir o quão forte é o magnetismo interno da partícula. As medições anteriores ofereciam indícios de um valor muito diferente do que era esperado.
A experiência no Fermilab começou em 2017, durou cerca de três anos e analisou 8 mil milhões de muões, o que proporcionou uma medição 10.000 vezes mais precisa.
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