Quando uma nebulosa – nuvem de gás e poeira – entra em colapso, pode fragmentar-se. Os fragmentos colapsam individualmente e podem alcançar as densidades necessárias para eclodir uma estrela recém-nascida.
No ciclo de vida estelar, as estrelas nascem das nebulosas como parte de um longo processo que permite a circulação de material pela galáxia. Quando as nebulosas colapsam sobre as suas próprias estruturas, os fragmentos podem sofrer novos colapsos individuais e alcançar as densidades necessárias para formar novas estrelas.
Segundo o Universe Today, as nebulosas que “dão à luz” estrelas podem produzir de 10 a 100 de uma só vez. Mas esta teoria não bate certo com algumas observações, que permitiram aos astrónomos observar aglomerados estelares massivos, compostos por mais de 10 mil estrelas.
Perante esta discordância, uma equipa de cientistas liderada por Kengo Tachihara e Yasuo Fukui, ambos da Universidade Nagoya, no Japão, investigaram um cenário hipotético de formação de aglomerados estelares gigantes.
Na prática, os cientistas puseram a hipótese de, em vez de uma só nuvem colapsar, duas ou mais colidirem umas com as outras e, assim, iniciarem uma reação em cadeia.
A equipa da universidade japonesa usou como exemplo a Via Láctea e as galáxias vizinhas para procurar sinais de nuvens de gás em colisão e verificar se poderiam ter formado estrelas recentemente.
O trabalho permitiu concluir que as nuvens de gás em colisão podem mesmo fornecer a energia e matéria-prima necessárias para formar aglomerados de estrelas gigantes. O artigo científico foi publicado na Publications of the Astronomical Society of Japan.
https://zap.aeiou.pt/formacao-estrela-nuvens-gas-colidem-407916
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