Essas lindas gêmeas norte-americanas, Kalani e Jarani Dean, chamam
atenção por onde passam por suas diferenças físicas. Jarani tem pele
negra e olhos castanhos, e Kalani tem pele branca e olhos azuis.
Seus
pais são Whitney Meyer e Tomas Dean, de 23 anos, que moram em Quincy,
Illinois (EUA). Meyer tem compartilhado imagens da família em
crescimento desde quando ficou sabendo que esperava dois bebês. Os pais
chamam as filhas de “bebês milagre”, que vieram ao mundo para mostrar
por que o racismo não deveria existir.
Meyer é caucasiana, e Dean é afrodescendente. Enquanto Kalani herdou
os genes para cor da pele e dos olhos claros da mãe, Jarani herdou os
genes de pele e de olhos escuros do pai. “Nesta família, não vemos cor.
Amor é amor”, diz a mãe para a People.
Ela lembra que no dia no nascimento das filhas, em 23 de abril de
2016, o casal ficou totalmente surpreso ao ver a diferença na cor da
pele das bebês. “Quando Kalani nasceu eu achei que ela tinha albinismo,
porque ela era toda branca. Perguntei para os médicos, que disseram que
não. Eu achei que a cor chegaria mais tarde, mas não aconteceu”, lembra
ela. “É muito raro”.
Já Jarani nasceu com melanocitosis dérmica congênita, manchas
azuladas na região as costas que costumam desaparecer nos primeiros anos
de vida da criança. Essas marcas são mais comuns em bebês de pele
escura.
1 em 500 gêmeos de casais de raças diferentes
Segundo o médico especialista em genética Jim Wilson afirmou à BBC,
casais britânicos de raças diferentes que esperam gêmeos fraternos têm 1
chance em 500 que seus bebês nasçam com diferentes tons de pele.
Já
a Médica Nancy Segal, diretora do Centro de Estudos de Gêmeos da
Universidade do Estado da Califórnia, opina: “eu imagino que isso vai
acontecer com mais frequência agora que temos mais relacionamentos de
pessoas de raças diferentes”.
Segal explica que a cor da pele é determinada por muitos genes
diferentes. “Pode ser que uma criança herde alguns genes do pai e da mãe
enquanto a outra criança herda o conjunto de genes de apenas um. Isso
explica a diferença nos tons de pele. Gêmeos fraternos podem ser
completamente diferentes um do outro”.
Além da diferença nas características externas, as bebês de 9 meses
já mostram personalidades muito distintas. Segundo os pais, enquanto
Kalani é cheia de energia e brincalhona, Jarani gosta mesmo é de ficar
no colo. “Kalani engatinha para todos os lados e mexe em tudo, enquanto
Jarani não quer ser colocada no chão”, diz a mãe.
As
meninas adoram seu irmão mais velho, Talan, de 7 anos. “Ele é o melhor
irmão mais velho. Ele não vê nenhuma diferença nas meninas, ele é
totalmente cego para cor”, afirma a mãe das crianças. Talan é caucasiano
e é filho de outro relacionamento de Meyer.
“As pessoas deste país deveriam aprender muita coisa com meu filho.
Ele é tão inocente, ele não sabe nada sobre tensões raciais, porque para
ele isso não importa, como não deveria importar para ninguém”, defende
ela.
Pouco antes do nascimento das meninas, em julho de 2014, a família
perdeu o filho de meio, Pravyn, de dois anos de idade, vítima de
afogamento. Meyer diz que o nascimento das gêmeas trouxe muita alegria
para a família, e agradece todo o apoio que tem recebido nas redes
sociais.
“Aquece o meu coração a resposta que tenho tido em relação às minhas
gêmeas. Isso devolve minha fé na humanidade em um momento em que este
país realmente precisa disso”, conclui.
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