Mais de meio milhão de pessoas que vivem em Granada, sul de Espanha, despertaram hoje inquietas depois do sobressalto causado durante a noite por três sismos de magnitude superior a quatro graus seguidos de 30 réplicas menores.
“Vários sismos fizeram tremer Granada de novo esta noite. Compreendo a preocupação de milhares de pessoas. É tempo de manter a calma e seguir as indicações dos serviços de emergência”, disse o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, na rede social Twitter.
As televisões espanholas mostram imagens publicadas por populares nas redes sociais em que se veem pessoas com casacos por cima de pijamas que saíram a meio da noite para rua, apesar do recolher obrigatório na região por causa da pandemia de covid-19.
Os três tremores de terra quase consecutivos tiveram o seu epicentro na localidade de Santa Fé, a cerca de 10 km de Granada, e magnitude de 4,2 graus (22:36), 4,2 (22:44) e 4,5 (22:54), de acordo com o Instituto Geográfico Nacional espanhol.
No sábado passado, um tremor de terra de 4,4 graus de magnitude já tinha sido sentido nas localidades de Atarfe e de Santa Fé.
Desde o início de dezembro do ano passado, ocorreram cerca de 300 sismos na região, explica o Instituto Geográfico, dos quais cerca de 40 foram sentidos pela população”.
O sismo de sábado apenas causou alguns danos, como pequenas fendas ou queda de objetos (livros, pratos) no epicentro, segundo a instituição.
O Instituto Geográfico espanhol explica que esta atividade sísmica “é habitual” nesta região, “especialmente dentro da zona central da Cordilheira Bética”, um maciço montanhoso no sul de Espanha, que tem a maior atividade sísmica da Península Ibérica, devido à “convergência entre a placa africana e a placa euro-asiática”.
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