Não são só os oceanos que saem prejudicados. O derretimento do gelo polar também está a deformar a crosta terrestre.
À medida que as temperaturas derretem o gelo polar a um ritmo preocupante, o aumento do nível da água do mar é usado para remodelar as linhas costeiras por todo o mundo. Mas os efeitos no próprio planeta podem ser ainda mais dramáticos.
Segundo o Futurism, a camada mais externa do nosso planeta é surpreendentemente elástica, mas isso não significa que não esteja a sofrer com as consequências do derretimento. Cientistas da Universidade de Harvard descobriram que a crosta terrestre recupera depois de o gelo derreter, mas nem sempre volta a ter uma forma perfeitamente esférica.
As deformações são maiores do que o que os cientistas pensavam e podem ter influências nos ecossistemas de uma determinada área durante milhares de anos.
Prova disso são as partes da crosta à volta do Ártico, que continuam a expandir-se. Depois da Idade do Gelo, e à medida que mais gelo derrete por causa das alterações climáticas, as expansões e os efeitos de deformação são agravados.
“Os processos da Era do Gelo demoram muito, muito tempo para acontecer e, portanto, ainda podemos ver os resultados hoje”, comentou a investigadora Sophie Coulson. Por isso, é importante compreender como é que a Terra está a mudar de forma a tornar mais fácil estudar e prever movimentos tectónicos, terramotos e outros processos geológicos.
Em relação às mudanças climáticas, a equipa destaca que, enquanto o gelo da Antártida derrete, a crosta terrestre fica mais leve e empurra esse gelo ainda mais para fora, causando um derretimento ainda maior.
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