Um novo estudo mostra que as pessoas entendem bem o conceito de mindfulness, mas são muito piores quando se trata de pôr esta ideia em prática.
Com origens nas práticas budistas, grande parte da popularidade do movimento mindfulness cresceu a partir de investigações clínicas que afirmam o seu potencial para reduzir o stress ou problemas como a ansiedade e a depressão.
Mas agora, ao estudar os conceitos populares do mindfulness, uma equipa de investigadores descobriu que a maioria das pessoas está a confundir a prática com a aceitação passiva dos problemas.
“A compreensão científica do mindfulness vai para além do mero alívio do stress e requer uma disposição da pessoa para se envolver com o que a faz ficar assim”, disse, em comunicado, Igor Grossmann, professor de Psicologia Social da Universidade de Waterloo e um dos autores da pesquisa.
“É, na verdade, o envolvimento com estes elementos que, em última análise, resulta no alívio do stress. O mindfulness inclui duas dimensões principais: consciência e aceitação“, destacou.
Ou seja, os investigadores pretendem dizer que, no que toca ao mindfulness, as pessoas são muito boas na parte da “consciência”, sabendo fazer bem o balanço de quais são os problemas que as rodeiam. No entanto, ficam-se por aí, acabando por fazer apenas uma aceitação passiva da situação.
“Embora as pessoas pareçam entender conceptualmente que o mindfulness consiste em envolver-se, o público em geral não está a pôr em prática o que diz. Os nossos resultados sugerem que as pessoas entendem o que é consciência, mas o próximo passo de aceitação pode não ser tão bem compreendido – limitando o potencial de envolvimento com os problemas”, disse, na mesma nota, Ellen Choi, professora assistente de Comportamento Organizacional da Universidade Ryerson e autora principal do estudo publicado, em setembro, na revista científica Clinical Psychology Review.
https://zap.aeiou.pt/mindfulness-faze-lo-forma-errada-psicologos-443799
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