Um paciente com diabetes tipo 1 ficou curado da doença graças a um novo tratamento à base de células-estaminais.
Brian Shelton não queria acreditar quando mediu o açúcar no sangue e percebeu que os seus níveis de insulina estavam perfeitos. Shelton sofria de diabetes tipo 1, algo que mudou radicalmente a sua vida, forçando-o até a reformar-se dos correios norte-americanos aos 57 anos.
A diabetes tipo 1 desenvolve-se geralmente em crianças, adolescentes ou jovens adultos, podendo contudo também aparecer em adultos e até idosos. Neste tipo de diabetes, o pâncreas deixa completamente de produzir insulina. Por essa razão, a única maneira de tratar a diabetes tipo 1 é administrando injeções de insulina.
“É uma vida totalmente nova”, disse Shelton ao New York Times. “É como um milagre”. Aparentemente, Brian Shelton será o primeiro paciente curado da doença.
A história de Shelton deixou a comunidade científica esperançosa que novo tratamento à base de células-estaminais possa ser uma cura para a diabetes tipo 1.
A insulina artificial é o tratamento mais comum, mas pode ser extremamente caro em alguns países. Os pâncreas artificiais, que agora foram aprovados para crianças, podem tornar o controlo da doença mais fácil, mas não são uma cura, realça o portal Big Think.
A realidade é que existe uma cura: o transplante de células do pâncreas de um dador ou de todo o pâncreas. O problema é que isto não é uma solução definitiva, já que não há dadores suficientes.
Desconhece-se o número de pessoas afetadas em todo o mundo, embora se estime que, todos os anos, cerca de 80.000 crianças desenvolvam a doença.
“Ser capaz de reverter a diabetes devolvendo-lhes as células que faltam é comparável ao milagre de quando a insulina foi disponibilizada pela primeira vez há 100 anos”, realça Peter Butler, investigador da UCLA que não participou no estudo.
O responsável pela ideia que originou o novo tratamento é Doug Melton. O biólogo começou à procura de uma solução quando os seus filhos desenvolveram diabetes tipo 1.
A cura à base de células estaminais chegou décadas depois, em 2014. As experiências com ratos foram um sucesso e o próximo passo foi os testes clínicos em humanos — em que Brian Shelton foi o primeiro paciente.
Shelton é, para já, o único paciente curado com este tratamento que, apesar de promissor, não é a salvação total.
A principal preocupação é a rejeição. A transfusão de células-estaminais embrionárias significa que Shelton precisa de tomar medicamentos supressores do sistema imunitário para garantir que o seu corpo não ataca as células estranhas.
A Vertex, a farmacêutica responsável pelo tratamento anunciou, em comunicado, que irá realizar “estudos futuros usando as nossas células encapsuladas, que têm potencial para serem usadas sem a necessidade de imunossupressão”.
O estudo no qual Shelton está envolvido está em andamento, envolvendo cerca de 17 pacientes. A Vertex não espera concluir o estudo até 2028.
https://zap.aeiou.pt/paciente-diabetes-tipo-1-curado-450573
Brian Shelton não queria acreditar quando mediu o açúcar no sangue e percebeu que os seus níveis de insulina estavam perfeitos. Shelton sofria de diabetes tipo 1, algo que mudou radicalmente a sua vida, forçando-o até a reformar-se dos correios norte-americanos aos 57 anos.
A diabetes tipo 1 desenvolve-se geralmente em crianças, adolescentes ou jovens adultos, podendo contudo também aparecer em adultos e até idosos. Neste tipo de diabetes, o pâncreas deixa completamente de produzir insulina. Por essa razão, a única maneira de tratar a diabetes tipo 1 é administrando injeções de insulina.
“É uma vida totalmente nova”, disse Shelton ao New York Times. “É como um milagre”. Aparentemente, Brian Shelton será o primeiro paciente curado da doença.
A história de Shelton deixou a comunidade científica esperançosa que novo tratamento à base de células-estaminais possa ser uma cura para a diabetes tipo 1.
A insulina artificial é o tratamento mais comum, mas pode ser extremamente caro em alguns países. Os pâncreas artificiais, que agora foram aprovados para crianças, podem tornar o controlo da doença mais fácil, mas não são uma cura, realça o portal Big Think.
A realidade é que existe uma cura: o transplante de células do pâncreas de um dador ou de todo o pâncreas. O problema é que isto não é uma solução definitiva, já que não há dadores suficientes.
Desconhece-se o número de pessoas afetadas em todo o mundo, embora se estime que, todos os anos, cerca de 80.000 crianças desenvolvam a doença.
“Ser capaz de reverter a diabetes devolvendo-lhes as células que faltam é comparável ao milagre de quando a insulina foi disponibilizada pela primeira vez há 100 anos”, realça Peter Butler, investigador da UCLA que não participou no estudo.
O responsável pela ideia que originou o novo tratamento é Doug Melton. O biólogo começou à procura de uma solução quando os seus filhos desenvolveram diabetes tipo 1.
A cura à base de células estaminais chegou décadas depois, em 2014. As experiências com ratos foram um sucesso e o próximo passo foi os testes clínicos em humanos — em que Brian Shelton foi o primeiro paciente.
Shelton é, para já, o único paciente curado com este tratamento que, apesar de promissor, não é a salvação total.
A principal preocupação é a rejeição. A transfusão de células-estaminais embrionárias significa que Shelton precisa de tomar medicamentos supressores do sistema imunitário para garantir que o seu corpo não ataca as células estranhas.
A Vertex, a farmacêutica responsável pelo tratamento anunciou, em comunicado, que irá realizar “estudos futuros usando as nossas células encapsuladas, que têm potencial para serem usadas sem a necessidade de imunossupressão”.
O estudo no qual Shelton está envolvido está em andamento, envolvendo cerca de 17 pacientes. A Vertex não espera concluir o estudo até 2028.
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