Hoje em dia, não há melhor sítio para ver auroras boreais do que os países perto do Polo Norte. Mas o mesmo não acontecia há 41 mil anos.
Há 41 mil anos, uma perturbação no campo magnético da Terra, conhecida como evento Laschamp, fez com que as auroras aparecessem perto do equador, onde normalmente nunca são vistas, relatou uma equipa de cientistas na conferência anual da União Geofísica dos Estados Unidos, que aconteceu na passada quinta-feira.
Foram precisos cerca de 1300 anos para o campo magnético voltar à sua força e inclinação originais, explicaram ainda os investigadores.
De acordo com o site Live Science, a equipa utilizou uma série de modelos diferentes para chegar a esta conclusão. Em primeiro lugar, usaram dados sobre o magnetismo do planeta a partir de sedimentos de rochas antigas, bem como dados vulcânicos, numa simulação do campo magnético durante o evento Laschamp.
Depois, combinaram esses dados com simulações das interações da magnetosfera com o vento solar e, de seguida, usaram esses resultados num outro modelo que calculou a localização, forma e força da aurora, analisando os parâmetros das partículas solares que criam as auroras, como a sua pressão iónica, densidade e temperatura.
Esta foi a primeira vez que os cientistas usaram esta técnica “para simular o sistema geoespacial e prever as configurações magnetosféricas, juntamente com a localização da aurora”, disse Agnit Mukhopadhyay, investigador da Universidade do Michigan que apresentou o estudo.
A equipa descobriu que, embora a magnetosfera tenha encolhido cerca de 3,8 vezes o raio da Terra durante o evento Laschamp, nunca desapareceu completamente. Durante esse período, os polos que antes estavam posicionados a norte e a sul moveram-se em direção às latitudes equatoriais, o que fez as auroras segui-los.
“A inclinação geomagnética foi significativamente distorcida dos polos geográficos. Isso levou a precipitação auroral a seguir os polos magnéticos e a deslocar-se das regiões polares geográficas da Terra para as latitudes do equador”, disse ainda o investigador.
Segundo Mukhopadhyay, também é “altamente provável” que este período tenha provocado mudanças na atmosfera da Terra que afetaram as condições de vida em algumas partes do planeta.
https://zap.aeiou.pt/41-mil-anos-perturbacao-campo-magnetico-451502
Há 41 mil anos, uma perturbação no campo magnético da Terra, conhecida como evento Laschamp, fez com que as auroras aparecessem perto do equador, onde normalmente nunca são vistas, relatou uma equipa de cientistas na conferência anual da União Geofísica dos Estados Unidos, que aconteceu na passada quinta-feira.
Foram precisos cerca de 1300 anos para o campo magnético voltar à sua força e inclinação originais, explicaram ainda os investigadores.
De acordo com o site Live Science, a equipa utilizou uma série de modelos diferentes para chegar a esta conclusão. Em primeiro lugar, usaram dados sobre o magnetismo do planeta a partir de sedimentos de rochas antigas, bem como dados vulcânicos, numa simulação do campo magnético durante o evento Laschamp.
Depois, combinaram esses dados com simulações das interações da magnetosfera com o vento solar e, de seguida, usaram esses resultados num outro modelo que calculou a localização, forma e força da aurora, analisando os parâmetros das partículas solares que criam as auroras, como a sua pressão iónica, densidade e temperatura.
Esta foi a primeira vez que os cientistas usaram esta técnica “para simular o sistema geoespacial e prever as configurações magnetosféricas, juntamente com a localização da aurora”, disse Agnit Mukhopadhyay, investigador da Universidade do Michigan que apresentou o estudo.
A equipa descobriu que, embora a magnetosfera tenha encolhido cerca de 3,8 vezes o raio da Terra durante o evento Laschamp, nunca desapareceu completamente. Durante esse período, os polos que antes estavam posicionados a norte e a sul moveram-se em direção às latitudes equatoriais, o que fez as auroras segui-los.
“A inclinação geomagnética foi significativamente distorcida dos polos geográficos. Isso levou a precipitação auroral a seguir os polos magnéticos e a deslocar-se das regiões polares geográficas da Terra para as latitudes do equador”, disse ainda o investigador.
Segundo Mukhopadhyay, também é “altamente provável” que este período tenha provocado mudanças na atmosfera da Terra que afetaram as condições de vida em algumas partes do planeta.
https://zap.aeiou.pt/41-mil-anos-perturbacao-campo-magnetico-451502
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