A grande aproximação do cometa Siding Spring deu aos cientistas a oportunidade de estudar um fenômeno muito raro
Uma chuva de poeira estelar metálica iluminou os céus de Marte com a estreita passagem do cometa Siding Spring, ocorrida em outubro de 2014.
Isso é o que foi constatado de acordo com instrumentos a bordo da sonda MAVEN da NASA, que fez sua primeira detecção direta de sódio, magnésio, alumínio, crómio, níquel, cobre, zinco, ferro e outros metais na atmosfera de Marte, que podem estar ligados diretamente ao desprendimento de materiais do cometa.
"Deve ter sido uma chuva de meteoros alucinante", disse Nick Schneider, do Laboratório de Física Atmosférica e Espacial da Universidade do Colorado.
Os instrumentos da sonda MAVEN analisaram os efeitos do cometa na atmosfera marciana desde seu primeiro encontro. MAVEN entrou em órbita em torno de Marte em setembro de 2014, e o cometa Siding Spring fez sua grande aproximação com o Planeta Vermelho no dia 19 de outubro do mesmo ano. Foi uma grande oportunidade de observar e estudar esse intrigante fenômeno.
Com base nos sinais de magnésio e ferro registrados pelo Espectrógrafo de Imageamento Infravermelho da MAVEN, Schneider diz que a taxa de meteoros em Marte deve ter sido de dezenas de milhares de "estrelas cadentes" por hora, caracterizando uma chuva de meteoros bastante intensa. "Acredito que ninguém tenha visto isso em toda sua vida", disse Schneider, " e o mais próximo que já chegamos disso em toda história humana foi a grande chuva de meteoros Leonidas, que aconteceu em 1.833".
Os iões metálicos foram os restos de pedras e outros detritos deixados pelo cometa, que se queimaram em átomos individuais ao atingirem atmosfera marciana a cerca de 56 quilômetros por segundo. É a mesma coisa que acontece na Terra, porém nem mesmo aqui tivemos uma nave espacial no lugar certo e na hora certa para conseguir detectar tantos iões frescos de um cometa.
Uma chuva de poeira estelar metálica iluminou os céus de Marte com a estreita passagem do cometa Siding Spring, ocorrida em outubro de 2014.
Isso é o que foi constatado de acordo com instrumentos a bordo da sonda MAVEN da NASA, que fez sua primeira detecção direta de sódio, magnésio, alumínio, crómio, níquel, cobre, zinco, ferro e outros metais na atmosfera de Marte, que podem estar ligados diretamente ao desprendimento de materiais do cometa.
"Deve ter sido uma chuva de meteoros alucinante", disse Nick Schneider, do Laboratório de Física Atmosférica e Espacial da Universidade do Colorado.
Os instrumentos da sonda MAVEN analisaram os efeitos do cometa na atmosfera marciana desde seu primeiro encontro. MAVEN entrou em órbita em torno de Marte em setembro de 2014, e o cometa Siding Spring fez sua grande aproximação com o Planeta Vermelho no dia 19 de outubro do mesmo ano. Foi uma grande oportunidade de observar e estudar esse intrigante fenômeno.
Com base nos sinais de magnésio e ferro registrados pelo Espectrógrafo de Imageamento Infravermelho da MAVEN, Schneider diz que a taxa de meteoros em Marte deve ter sido de dezenas de milhares de "estrelas cadentes" por hora, caracterizando uma chuva de meteoros bastante intensa. "Acredito que ninguém tenha visto isso em toda sua vida", disse Schneider, " e o mais próximo que já chegamos disso em toda história humana foi a grande chuva de meteoros Leonidas, que aconteceu em 1.833".
Os iões metálicos foram os restos de pedras e outros detritos deixados pelo cometa, que se queimaram em átomos individuais ao atingirem atmosfera marciana a cerca de 56 quilômetros por segundo. É a mesma coisa que acontece na Terra, porém nem mesmo aqui tivemos uma nave espacial no lugar certo e na hora certa para conseguir detectar tantos iões frescos de um cometa.
Ilustração artística da chuva de meteoros e da sonda Curiosity em Marte. A chuva de meteoros foi causada pela grande aproximação do cometa Siding Spring, em outubro de 2014. Créditos: NASA |
"Essa é a primeira vez que os cientistas conseguiram fazer esse tipo de
detecção", disse Mehdi Benna, pesquisador da MAVEN da Universidade de
Maryland, e do Goddard Space Flight Center da NASA.
O fato interessante dessa descoberta é que, por saberem sobre a origem e
a velocidade dos detritos responsáveis pela chuva, os pesquisadores
podem criar modelos e resolver detalhes sobre a ionosfera de Marte, a
composição do cometa e até mesmo entender o funcionamento da ionosfera
da Terra quando é atingida por cometas ou asteroides. "Foi como um
grande experimento controlado, onde foi possível medir todos os detalhes
com uma precisão incrível", disse Benna.
Esses experimentos foram publicados recentemente na revista Geophysical Research Letters, e o outro fato curiosíssimo é que a sonda MAVEN não foi lançpada para estudar a passagem do cometa Siding Spring. De acordo com os responsáveis pela missão, foi uma questão de sorte, inclusive o fato da sonda ter os instrumentos necessários para estudar o grande evento."Se alguém tivesse dito: 'Vá medir a composição elementar do início da Nuvem de Oort', qualquer pessoa em sã consciência teria dito: 'Isso não pode ser feito", disse Schneider. "No entanto, isso foi exatamente o que foi feito, e que irá manter os cosmo-químicos ocupados por um bom tempo!"
"Nem mesmo grandes missões que tinham o intuito de observar e estudar cometas conseguiram fazer medições como essa, que foi basicamente uma questão de sorte", disse Benna. "E é por isso que nunca podemos perder a esperança".
Esses experimentos foram publicados recentemente na revista Geophysical Research Letters, e o outro fato curiosíssimo é que a sonda MAVEN não foi lançpada para estudar a passagem do cometa Siding Spring. De acordo com os responsáveis pela missão, foi uma questão de sorte, inclusive o fato da sonda ter os instrumentos necessários para estudar o grande evento."Se alguém tivesse dito: 'Vá medir a composição elementar do início da Nuvem de Oort', qualquer pessoa em sã consciência teria dito: 'Isso não pode ser feito", disse Schneider. "No entanto, isso foi exatamente o que foi feito, e que irá manter os cosmo-químicos ocupados por um bom tempo!"
"Nem mesmo grandes missões que tinham o intuito de observar e estudar cometas conseguiram fazer medições como essa, que foi basicamente uma questão de sorte", disse Benna. "E é por isso que nunca podemos perder a esperança".
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