Se não for controlado, o aquecimento global vai causar danos irreversíveis para a vida marinha nos oceanos do mundo, forçando peixes a buscarem águas mais frias e destruindo valiosos recifes de coral - afirmou um estudo internacional publicado nesta quinta-feira.
Manter as temperaturas médias globais no limite de dois graus Celsius acima da temperatura pré-industrial é a única maneira de evitar os piores efeitos da mudança climática sobre os oceanos da Terra, que fornecem 90% do espaço habitável do planeta, disse o estudo publicado na revista Science.
As conclusões baseiam-se na Iniciativa Oceano 2015, que examinou os últimos estudos sobre como a mudança climática deve afetar os oceanos, a vida marinha e centenas de bilhões de dólares em produtos e serviços que eles fornecem a cada ano.
"Todas as espécies e serviços que recebemos do oceano serão afetados", disse o co-autor William Cheung, professor associado da Universidade de British Columbia.
A equipe considerou um cenário normal e o comparou ao efeito da introdução de grandes cortes nas emissões de dióxido de carbono, a fim de manter o aumento da temperatura abaixo de dois graus Celsius até 2100, conforme delineado no Acordo de Copenhague.
"A condição do futuro do oceano depende da quantidade de carbono emitida nas próximas décadas", disse o estudo.
"É necessária a redução imediata e substancial das emissões de CO2, a fim de evitar os impactos enormes e efetivamente irreversíveis nos ecossistemas do oceano e seus serviços" com cenários normais.
A menos que as alterações sejam feitas, "os peixes migrarão longe de seus habitats atuais 65 por cento mais rápido, resultando em mudanças na biodiversidade e nas funções dos ecossistemas", disse o estudo, liderado por Jean-Pierre Gattuso, do Centro Nacional Francês de Pesquisa Científica.
Ao longo do tempo, o oceano se tornará menos capaz de absorver as emissões de carbono provenientes da queima de combustíveis fósseis.
Tal poluição leva à crescente acidificação e prejudica a vida marinha.
Elevação do nível do mar, perda de oxigênio nas águas e doenças também são ameaças importantes ligadas à poluição.
Mesmo que pesquisas recentes sugiram que certos tipos de corais podem ser capazes de se adaptar ao aquecimento das águas, o estudo ressaltou que é "duvidoso que os corais sejam capazes de se adaptar com rapidez suficiente para manter as populações sob maior parte dos cenários de emissões, especialmente onde a temperatura continue a aumentar ao longo do tempo".
Os pesquisadores disseram que seus resultados devem ajudar a informar as negociações climáticas globais que serão realizadas em Paris no final deste ano.
De acordo com Phillip Williamson, coordenador científico do programa de pesquisa do Programa de Pesquisa em Acidificação dos Oceanos do Reino Unido (UKOA), o artigo dá um "Resumo poderoso e sucinto" da ciência que já é bem conhecida dos especialistas, "mas é bom ter as provas reunidas".
Williamson, que não esteve envolvido no estudo, apontou que mesmo o cenário de dois graus Celsius não é uma cura para as águas do mundo.
"Até mesmo o cenário de emissões restritas para o dióxido de carbono e outros gases de efeito estufa não é sem riscos", alertou.
"Sabendo que tais riscos podem ser apenas 'moderados' em vez de 'severos', ainda é motivo de preocupação considerável".
Manter as temperaturas médias globais no limite de dois graus Celsius acima da temperatura pré-industrial é a única maneira de evitar os piores efeitos da mudança climática sobre os oceanos da Terra, que fornecem 90% do espaço habitável do planeta, disse o estudo publicado na revista Science.
As conclusões baseiam-se na Iniciativa Oceano 2015, que examinou os últimos estudos sobre como a mudança climática deve afetar os oceanos, a vida marinha e centenas de bilhões de dólares em produtos e serviços que eles fornecem a cada ano.
"Todas as espécies e serviços que recebemos do oceano serão afetados", disse o co-autor William Cheung, professor associado da Universidade de British Columbia.
A equipe considerou um cenário normal e o comparou ao efeito da introdução de grandes cortes nas emissões de dióxido de carbono, a fim de manter o aumento da temperatura abaixo de dois graus Celsius até 2100, conforme delineado no Acordo de Copenhague.
"A condição do futuro do oceano depende da quantidade de carbono emitida nas próximas décadas", disse o estudo.
"É necessária a redução imediata e substancial das emissões de CO2, a fim de evitar os impactos enormes e efetivamente irreversíveis nos ecossistemas do oceano e seus serviços" com cenários normais.
A menos que as alterações sejam feitas, "os peixes migrarão longe de seus habitats atuais 65 por cento mais rápido, resultando em mudanças na biodiversidade e nas funções dos ecossistemas", disse o estudo, liderado por Jean-Pierre Gattuso, do Centro Nacional Francês de Pesquisa Científica.
Ao longo do tempo, o oceano se tornará menos capaz de absorver as emissões de carbono provenientes da queima de combustíveis fósseis.
Tal poluição leva à crescente acidificação e prejudica a vida marinha.
Elevação do nível do mar, perda de oxigênio nas águas e doenças também são ameaças importantes ligadas à poluição.
Mesmo que pesquisas recentes sugiram que certos tipos de corais podem ser capazes de se adaptar ao aquecimento das águas, o estudo ressaltou que é "duvidoso que os corais sejam capazes de se adaptar com rapidez suficiente para manter as populações sob maior parte dos cenários de emissões, especialmente onde a temperatura continue a aumentar ao longo do tempo".
Os pesquisadores disseram que seus resultados devem ajudar a informar as negociações climáticas globais que serão realizadas em Paris no final deste ano.
De acordo com Phillip Williamson, coordenador científico do programa de pesquisa do Programa de Pesquisa em Acidificação dos Oceanos do Reino Unido (UKOA), o artigo dá um "Resumo poderoso e sucinto" da ciência que já é bem conhecida dos especialistas, "mas é bom ter as provas reunidas".
Williamson, que não esteve envolvido no estudo, apontou que mesmo o cenário de dois graus Celsius não é uma cura para as águas do mundo.
"Até mesmo o cenário de emissões restritas para o dióxido de carbono e outros gases de efeito estufa não é sem riscos", alertou.
"Sabendo que tais riscos podem ser apenas 'moderados' em vez de 'severos', ainda é motivo de preocupação considerável".
Fonte: http://www.ultimosacontecimentos.com.br/ultimas-noticias/mundo-deve-reduzir-poluicao-para-salvar-vida-marinha.html
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