Marte povoada na concepção de um artista. Crédito: Daein Ballard/Wikimedia Commons
Não é segredo que a Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa (DARPA, em inglês), a divisão de estudos científicos do Pentágono, investe pesado em engenharia genética e biologia sintética. Se você se empolga ou se aterroriza com as possibilidades dessa tendência, aí vai uma novidade: o órgão independente americano acredita estar prestes a criar organismos capazes de povoar Marte.
O objetivo da pesquisa é aquecer e adensar a atmosfera marciana por meio de plantas, bactérias e algas que realizarão a fotossíntese na superfície improdutiva do planeta vermelho. É uma missão que mesmo os eternos tecno-otimistas como Elon Musk acham que não vai acontecer tão cedo, mas a DARPA, ao que parece, está bem empenhada na árdua missão.
“Pela primeira vez temos as ferramentas tecnológicas para transformar locais hostis aqui na Terra e, também, para ir ao espaço e ficar por lá”, afirmou Alicia Jackson, diretora adjunta do novo departamento de tecnologias biológicas na DARPA, enquanto apontava para uma versão artística de Marte habitada.
O objetivo da pesquisa é aquecer e adensar a atmosfera marciana por meio de plantas, bactérias e algas que realizarão a fotossíntese na superfície improdutiva do planeta vermelho. É uma missão que mesmo os eternos tecno-otimistas como Elon Musk acham que não vai acontecer tão cedo, mas a DARPA, ao que parece, está bem empenhada na árdua missão.
“Pela primeira vez temos as ferramentas tecnológicas para transformar locais hostis aqui na Terra e, também, para ir ao espaço e ficar por lá”, afirmou Alicia Jackson, diretora adjunta do novo departamento de tecnologias biológicas na DARPA, enquanto apontava para uma versão artística de Marte habitada.
Parte do DTA Gview, que permite aos cientistas verificar genes específicos em vez de uma série de A, T e Gs. Crédito: Jason Koebler
Ano passado, o laboratório de Jackson se empenhou em aprender a como projetar geneticamente organismos de todos os tipos com mais facilidade. Em outras palavras, foi além do feijão com arroz da biologia sintética — a e.coli e as leveduras, usadas na maioria dos projetos do ramo.
“Há entre 30 milhões a 30 bilhões de organismos na Terra. No momento, usamos somente duas delas para a engenharia genética”, afirmou. “Quero utilizar todos os organismos que tenham as propriedades que eu estabelecer — e mapeá-los e projetá-los de forma rápida. Se você procurar nos softwares de anotações de genoma atuais, eles não são desenvolvidos para encontrar rapidamente os sistemas e genes capazes de serem projetados. São desenvolvidos para encontrar algo esotérico e interessante para que eu possa publicar um artigo científico a respeito.”
A DARPA e alguns de seus parceiros de pesquisa criaram um software chamado DTA Gview, chamado por Jackson de “o Google Maps dos genomas”. Na conferência, ela apresentou os genomas de diversos organismos no programa. A tela mostrava uma lista de genes conhecidos e os locais a que pertenciam.
“Essa grande quantidade de dados genômicos que estamos coletando é incrível, exceto pelo fato de que estão em bancos de dados e permanecerão como dados, não conhecimento. Pouca informação genética que temos é prática”, ela afirmou. “A partir disso, o objetivo é, em um dia, sequenciar e descobrir onde posso projetar um organismo.”
De forma bem básica, o objetivo do projeto é escolher os melhores genes das formas de vida que quisermos e editá-los em outras formas de vida a fim de criar algo completamente novo. Isso deverá acontecer primeiro com bactérias e outros organismos. O objetivo é, no futuro, fazer isso com organismos mais complexos e multicelulares.
A utilidade dessa tecnologia é bastante surpreendente. Talvez o mais interessante seja o plano da DARPA para utilizar organismos projetados no reparo de danos ao meio ambiente. Jackson afirmou que, depois de um desastre natural ou causado pelo homem, será possível projetar novos tipos de organismos extremófilos capazes de sobreviver em ambientes devastados. Conforme esses organismos forem fotossintetizados e prosperarem, revitalizarão o ambiente de forma natural.
E é daí que começa o plano de povoar Marte. Com prática em transformar os cenários danificados em locais saudáveis, Jackson acredita que teremos o que for necessário para, por fim, tentar colonizar o sistema solar.
Isso é algo que sequer tem uma estimativa. Segundo a DARPA, a tecnologia está no início e muito do trabalho atual é sigiloso. Mas as implicações do projeto são muito empolgantes, afirma Jackson. “Após um desastre natural ou causado pelo homem, podemos considerar a recuperação do meio ambiente. Pela primeira vez, buscaremos soluções para esse problema.”
“Há entre 30 milhões a 30 bilhões de organismos na Terra. No momento, usamos somente duas delas para a engenharia genética”, afirmou. “Quero utilizar todos os organismos que tenham as propriedades que eu estabelecer — e mapeá-los e projetá-los de forma rápida. Se você procurar nos softwares de anotações de genoma atuais, eles não são desenvolvidos para encontrar rapidamente os sistemas e genes capazes de serem projetados. São desenvolvidos para encontrar algo esotérico e interessante para que eu possa publicar um artigo científico a respeito.”
A DARPA e alguns de seus parceiros de pesquisa criaram um software chamado DTA Gview, chamado por Jackson de “o Google Maps dos genomas”. Na conferência, ela apresentou os genomas de diversos organismos no programa. A tela mostrava uma lista de genes conhecidos e os locais a que pertenciam.
“Essa grande quantidade de dados genômicos que estamos coletando é incrível, exceto pelo fato de que estão em bancos de dados e permanecerão como dados, não conhecimento. Pouca informação genética que temos é prática”, ela afirmou. “A partir disso, o objetivo é, em um dia, sequenciar e descobrir onde posso projetar um organismo.”
De forma bem básica, o objetivo do projeto é escolher os melhores genes das formas de vida que quisermos e editá-los em outras formas de vida a fim de criar algo completamente novo. Isso deverá acontecer primeiro com bactérias e outros organismos. O objetivo é, no futuro, fazer isso com organismos mais complexos e multicelulares.
A utilidade dessa tecnologia é bastante surpreendente. Talvez o mais interessante seja o plano da DARPA para utilizar organismos projetados no reparo de danos ao meio ambiente. Jackson afirmou que, depois de um desastre natural ou causado pelo homem, será possível projetar novos tipos de organismos extremófilos capazes de sobreviver em ambientes devastados. Conforme esses organismos forem fotossintetizados e prosperarem, revitalizarão o ambiente de forma natural.
E é daí que começa o plano de povoar Marte. Com prática em transformar os cenários danificados em locais saudáveis, Jackson acredita que teremos o que for necessário para, por fim, tentar colonizar o sistema solar.
Isso é algo que sequer tem uma estimativa. Segundo a DARPA, a tecnologia está no início e muito do trabalho atual é sigiloso. Mas as implicações do projeto são muito empolgantes, afirma Jackson. “Após um desastre natural ou causado pelo homem, podemos considerar a recuperação do meio ambiente. Pela primeira vez, buscaremos soluções para esse problema.”
Fonte: http://motherboard.vice.com/pt_br/read/organismos-que-povoarao-marte
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