Uma equipa de astrónomos descobriu uma centena de buracos negros em Palomar 5. Constituem, aproximadamente, 20% do aglomerado estelar.
Palomar 5 é um aglomerado globular localizado a cerca de 80.000 anos-luz de distância na constelação de Serpens. Os astrofísicos já sabiam que a maioria das fusões de buracos negros ocorre nos aglomerados estelares globulares deste tipo, mas desconheciam o número de buracos que poderiam conter.
Uma nova investigação sugere agora que o Palomar 5 se está a romper, dando lugar às chamadas correntes estelares, finas cintas de matéria e estrelas que cercam a nossa galáxia.
Segundo a Sci-News, a equipa tentou reproduzir o processo das correntes estelares utilizando imagens detalhadas do aglomerado, criando um modelo digital que reproduz 11,5 mil milhões de anos da sua existência.
Os cálculos demonstram que a aparência moderna do Palomar 5, a sua massa e a estrutura das correntes de estrelas associadas só podem ser explicados se o seu centro esconder 100-120 buracos negros com uma massa 17-20 vezes maior do que o Sol.
“O número de buracos negros – mais de 100 – é quase três vezes maior do que o esperado a partir do número de estrelas no aglomerado, e isso significa que mais de 20% da massa total do aglomerado é composta por buracos negros”, disse Mark Gieles, astrónomo da Universidade de Barcelona e do ICREA.
Estas discrepâncias devem-se ao facto de os buracos negros expulsarem constantemente estrelas do aglomerado. No entanto, eles mesmos raramente o abandonam, aumentando simultaneamente a quantidade e conduzindo à formação de “correntes estelares”.
https://zap.aeiou.pt/descobertos-100-buracos-negros-415461
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