Trata-se do primeiro estudo do género, com recurso a grandes bases de dados, a relacionar o impacto das questões ambientais e sociais no género dos bebés.
A proporção de rapazes e raparigas que têm vindo a nascer ao longo dos últimos anos pode ter sido influenciada por uma série de poluentes e indicadores de pobreza. A constatação resulta de um estudo que contou com a análise de metade da população norte-americana e a totalidade da população sueca e que considerou a influência de elementos como o mercúrio, o alumínio, o crómio — que terão resultado no nascimento de mais rapazes —, mas também o alumínio, que terá provocado o nascimento de mais raparigas.
Outro fator que terá tido influência no rácio de género, sugere o estudo, é a proximidade da população a quintas e campos de cultivo, onde a exposição a químicos é maior. Inversamente, não foi possível estabelecer relações com fatores como a época de nascimento, as temperaturas atmosféricas, os índices de criminalidade ou as taxas de desemprego. Os autores, ressalvam, por isso, que na pesquisa não foram pesquisadas as causas e os efeitos destas relações, algo que deve ser visto em pesquisas futuras, assim como mais relações possíveis.
“Esta é uma lista de suspeitos a investigar, e todos os suspeitos têm evidência credível, mas estamos muito longe de termos certezas”, avançou Andrey Rzhetsky, da Universidade de Chicago, que liderou a pesquisa.
Tal como lembra o The Guardian, o sexo dos bebés é determinado no momento da sua conceção, quando metade dos embriões deveriam ser femininos e a outra metade masculinos. No entanto, os fatores hormonais podem determinar um desequilíbrio durante a gravidez, o que tornará um género mais comum que outro e resultará em rácios mais desequilibrados.
“A questão é porquê, e há muitos fatores sugeridos, como o stress ou outra coisa no ambiente”, explica Rzhetsky. “Há muitos mitos relacionados com o género e o nascimento, mas quando se aprofunda a questão, percebemos que tudo o que foi testado foi feito com amostras relativamente pequenas, o que propicia conclusões erradas. Como tal, esta investigação, publicada no journal Plos Computational Biology, é a primeira que se debruça sobre a relação dos químicos poluentes e outros fatores ambientais, tendo como ponto de análise os bases de dados de dois continentes.
De acordo com as informações divulgadas, foram usados dados de 150 milhões de cidadãos ao longo dos últimos oito anos e de nove milhões de cidadãos suecos ao longo de 30 anos.
Os fatores inerentes a estas mudanças significativas, tais como a poluição por mercúrio e a proximidade de instalações industriais, tiveram uma influência estimada na alteração do sexo 3%. Numa população de 1 milhão, isso significaria mais 60.000 raparigas do que rapazes, ou vice-versa. Anteriormente, as investigações sobre o impacto na proporção entre os sexos dos poluentes tóxicos foram inconclusivas, mas esta nova análise um aumento significativo para o número de rapazes.
https://zap.aeiou.pt/poluicao-pobreza-influenciar-sexo-bebes-448411
A proporção de rapazes e raparigas que têm vindo a nascer ao longo dos últimos anos pode ter sido influenciada por uma série de poluentes e indicadores de pobreza. A constatação resulta de um estudo que contou com a análise de metade da população norte-americana e a totalidade da população sueca e que considerou a influência de elementos como o mercúrio, o alumínio, o crómio — que terão resultado no nascimento de mais rapazes —, mas também o alumínio, que terá provocado o nascimento de mais raparigas.
Outro fator que terá tido influência no rácio de género, sugere o estudo, é a proximidade da população a quintas e campos de cultivo, onde a exposição a químicos é maior. Inversamente, não foi possível estabelecer relações com fatores como a época de nascimento, as temperaturas atmosféricas, os índices de criminalidade ou as taxas de desemprego. Os autores, ressalvam, por isso, que na pesquisa não foram pesquisadas as causas e os efeitos destas relações, algo que deve ser visto em pesquisas futuras, assim como mais relações possíveis.
“Esta é uma lista de suspeitos a investigar, e todos os suspeitos têm evidência credível, mas estamos muito longe de termos certezas”, avançou Andrey Rzhetsky, da Universidade de Chicago, que liderou a pesquisa.
Tal como lembra o The Guardian, o sexo dos bebés é determinado no momento da sua conceção, quando metade dos embriões deveriam ser femininos e a outra metade masculinos. No entanto, os fatores hormonais podem determinar um desequilíbrio durante a gravidez, o que tornará um género mais comum que outro e resultará em rácios mais desequilibrados.
“A questão é porquê, e há muitos fatores sugeridos, como o stress ou outra coisa no ambiente”, explica Rzhetsky. “Há muitos mitos relacionados com o género e o nascimento, mas quando se aprofunda a questão, percebemos que tudo o que foi testado foi feito com amostras relativamente pequenas, o que propicia conclusões erradas. Como tal, esta investigação, publicada no journal Plos Computational Biology, é a primeira que se debruça sobre a relação dos químicos poluentes e outros fatores ambientais, tendo como ponto de análise os bases de dados de dois continentes.
De acordo com as informações divulgadas, foram usados dados de 150 milhões de cidadãos ao longo dos últimos oito anos e de nove milhões de cidadãos suecos ao longo de 30 anos.
Os fatores inerentes a estas mudanças significativas, tais como a poluição por mercúrio e a proximidade de instalações industriais, tiveram uma influência estimada na alteração do sexo 3%. Numa população de 1 milhão, isso significaria mais 60.000 raparigas do que rapazes, ou vice-versa. Anteriormente, as investigações sobre o impacto na proporção entre os sexos dos poluentes tóxicos foram inconclusivas, mas esta nova análise um aumento significativo para o número de rapazes.
https://zap.aeiou.pt/poluicao-pobreza-influenciar-sexo-bebes-448411
Sem comentários:
Enviar um comentário