A imunoterapia, que utiliza o sistema imunológico do corpo para atacar as células cancerígenas, poderá anunciar uma nova era para o tratamento do cancro. Os investigadores mostram que a cura é possível contra uma infinidade de diversos tipos de cancro. Os resultados foram agora anunciados.
Os resultados dos novos ensaios com
medicamentos contra o cancro têm sido aclamados como “espetaculares”,
disse um especialista ao canal de televisão Sky News, alegando que o potencial para a cura da doença está "definitivamente ali".
Descobertas "espetaculares"
A imunoterapia, que usa o sistema imunológico do corpo para atacar as células cancerígenas, mostrou-se eficaz. De acordo com um estudo, mais de metade dos doentes com melanoma avançado viu a doença reduzida significativamente.
Imunoterapia pode substituir quimioterapia
O professor Roy Herbst, chefe da oncologia médica no Centro do Cancro de
Yale, descreveu algumas das descobertas como "espetaculares", e disse
que a imunoterapia pode substituir a quimioterapia no tratamento do
cancro, nos próximos cinco anos, de acordo com relatórios.
"Acho que estamos numa mudança de paradigma, na forma como a oncologia
está a ser tratada. O potencial para a sobrevivência a longo prazo, está
definitivamente ali”, disse Herbst à televisão Sky News e ao jornal The Telegraph.
"A evidência sugere que estamos no início de uma nova era para
tratamento do cancro”, disse Peter Johnson, diretor do Centro de
Investigação para o Cancro do Reino Unido.
"Cura é possível"
Nos últimos dias, os resultados dos ensaios de uma série de tratamentos,
capazes de aproveitar o sistema imunológico do corpo, foram anunciados
na conferência anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, em
Chicago.
Os investigadores mostram que a cura é possível contra uma infinidade de diversos tipos de cancro.
Um estudo internacional envolvendo 945 pacientes com melanoma avançado
viu tratada a doença com dois medicamentos, o ipilimumab e o nivolumab,
avança a Sky News e o jornal The Telegraph.
Num estudo, realizado na Grã-Bretanha, 58 por cento dos pacientes com
cancro de pele avançado, viram os seus tumores reduzidos,
significativamente, quando foi dada uma nova combinação de medicamentos.
Os investigadores descobriram que o avanço do cancro estagnou, durante
um ano, em 58 por cento dos casos, de acordo com a pesquisa publicada no
New England Journal of Medicine.
Alan Worsley, do Centro de Investigação para o Cancro do Reino Unido,
disse que os resultados sugerem a combinação de tratamentos de
imunoterapia.
"Juntas, essas drogas podem libertar o sistema imunológico, bloqueando a capacidade do cancro de se esconder a partir dele.""Re-educar o sistema imunológico"
Ao jornal The Telegraph, Peter Johnson, professor de Oncologia
disse que as terapias que trabalham para "re-educar" o sistema
imunológico são um dos maiores avanços no tratamento do cancro, nas
últimas quatro décadas.
Os especialistas dizem que os novos tratamentos, que utilizam o sistema
imunológico do corpo para parar a propagação da doença, podem em breve
tornar-se o tratamento convencional para uma vasta gama de cancros.
"Os cancros desenvolvem-se porque eles conseguem esconder-se do sistema
imunológico e disfarçar o perigo que representam”, concluem.
Fonte: http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=833300&tm=7&layout=121&visual=49
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