Uma nova e económica tecnologia permite
detetar todas as infeções virais, passadas e presentes, de uma pessoa,
através de uma única gota de sangue, segundo a agência noticiosa France
Presse.
Esta técnica,
denominada VirScan e desenvolvida pelo Instituto de Medicina americano
Howard Hughes (HHMI), é uma alternativa eficaz aos atuais testes de
rastreio, que apenas detetam um vírus específico por análise.
A novidade foi anunciada na quinta-feira pela revista científica americana, Science.
Esta
abordagem poderá revelar fatores desconhecidos que afetam a saúde de
uma pessoa e possibilitar de análise e comparação de infeções virais em
grandes grupos populacionais.
Este teste pode ser efetuado por apenas 25 dólares (22,17 euros) e requer uma única amostra de sangue.
"Desenvolvemos
uma metodologia para despistagem que remonta ao tempo em se avaliava
minuciosamente o sangue das pessoas, para se descortinar quais os tipos
de vírus que as tinham infetado", explicou o responsável da equipa
investigadora do HHMI que desenvolveu o VirScan, Stephen Elledge.
Os
investigadores já analisaram o sangue de 569 pessoas com a tecnologia
VirScan nos Estados Unidos da América, África do Sul, Tailândia e Perú.
O teste consiste em procurar no sangue os anticorpos conhecidos das 206 espécies de vírus que já infetaram os seres humanos.
Para
garantir este método, os investigadores testaram-no analisando amostras
de sangue contaminado com o vírus da Sida (HIV) e com o vírus da
Hepatite C.
"Os testes correram verdadeiramente bem... com uma
sensibilidade de identificação, de cada uma das infeções, entre 95 e
100% por cada amostra de sangue, e sem nenhum falso-positivo", avaliou
Stephen Elledge, mostrando-se confiante de que o teste poderá detetar
outros vírus.
Os resultados mostram que em média, cada indivíduo
possui anticorpos que revelam a presença, passada ou presente, de dez
estirpes virais diferentes.
Segundo a equipa científica, esta
abordagem pode ainda ser usada para encontrar anticorpos que atacam os
próprios tecidos do organismo, como no caso de certas doenças autoimunes
relacionadas com o cancro.
Fonte: http://www.jn.pt/PaginaInicial/Nacional/Saude/Interior.aspx?content_id=4608960&page=2
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