Uma equipa de astrónomos confirmou três remanescentes de
supernova e descobriram 16 novos candidatos a remanescentes na Grande
Nuvem de Magalhães, uma pequena galáxia satélite da Via Láctea.
Miranda Yew, investigadora na Universidade de Sidney, na Austrália, explicou que estes remanescentes de supernova já foram estrelas jovens e brilhantes, mas os “seus contemporâneos da parte central e densa da galáxia desapareceram há muito tempo, quando se fundiram no vasto meio interestelar”.
Segundo a cientista, “estes objetos celestes teimosos conseguiram sobreviver – isto porque as condições nos arredores da galáxia são muito mais favoráveis para uma vida mais longa”.
Yew e a sua equipa utilizaram dados do telescópio Curtis Schmidt e descobriram que os novos candidatos a remanescentes de supernova tinham mais de 230 anos-luz de diâmetro.
O ambiente rarefeito permite que os remanescentes se expandam livremente. Esta descoberta sugere, assim, que a Grande Nuvem de Magalhães, localizada a aproximadamente 160.000 anos-luz, esteja a passar por um período recente de formação estelar.
O próximo passo da equipa é explorar os remanescentes através de raios-X com o eROSITA, um projeto conjunto com o Instituto Max Planck de Física Extraterrestre. O artigo científico com os resultados foi publicado na Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.
https://zap.aeiou.pt/astronomos-descobrem-vestigios-de-antigas-supernovas-na-grande-nuvem-de-magalhaes-364784
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