Novas evidências sugerem que a diversidade de dinossauros não-aviários podia já estar em declínio há 10 milhões de anos, ainda antes do impacto do asteroide que atingiu a Terra e extinguiu todos os dinossauros há 66 milhões de anos.
Antes deste estudo, alguns paleontólogos defendiam que, antes do asteroide, havia uma grande diversidade de espécies de dinossauros.
“O cenário alternativo é que a diversidade dos dinossauros não era tão alta e, em vez disso, era menor antes do impacto do asteroide do que milhões de anos antes”, diz o autor principal, Fabien Condamine, citado pelo New Scientist. “Aqui, o meteorito é visto como um golpe de misericórdia para os dinossauros, que estariam em declínio”.
A equipa de investigadores usou dados relativos a fósseis de 1.600 dinossauros para criar um modelo da sua diversidade. Desta forma, os autores encontraram um padrão de declínio na diversidade de espécies não-aviárias perto do fim do período Cretáceo.
Os cientistas também sugerem que o arrefecimento global no final do Cretáceo e um declínio dos dinossauros herbívoros terão eventualmente levado a um efeito cascata, desencadeando extinções, mesmo se o asteroide não tivesse atingido a Terra.
Alfio Alessandro Chiarenza, cientista da Universidade de Vigo, em Espanha, tem uma visão diferente dos factos, argumentando que sem o asteroide, os dinossauros não teriam ficado extintos.
“Este tipo de informação não pode realmente ser mostrado com este tipo de método porque, em última análise, são os dados subjacentes que realmente importam. E o registo fóssil está de facto incompleto”, diz Chiarenza.
O especialista argumenta que as rochas do final do Cretáceo não estão preservadas em muitos lugares. Isto faz com que não saibamos aquilo que estava a acontecer em África, em grande parte da Europa e na Ásia.
Os resultados do estudo foram publicados, esta terça-feira, na revista científica Nature Communications.
https://zap.aeiou.pt/dinossauros-podiam-estar-a-desaparecer-413255
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