domingo, 4 de julho de 2021

Novo detalhe explica a evolução dos humanos modernos em relação aos neandertais !

Um equipa descobriu que o genoma humano moderno sofre uma mutação que torna a enzima adenilosuccinato liase menos estável, levando a uma diminuição na síntese de purinas. Contrariamente, esta mutação não ocorreu em neandertais.


Os cientistas acreditam que esta mutação afetou o metabolismo nos tecidos cerebrais e, portanto, contribuiu fortemente para que os humanos modernos evoluíssem para uma espécie separada.

Tal como recorda o SciTechDaily, os predecessores dos humanos modernos separaram-se dos seus parentes evolutivos mais próximos há cerca de 600.000 anos, enquanto a divergência evolutiva entre os nossos ancestrais e os chimpanzés modernos data de há 65 milhões de anos.

Os biólogos evolucionistas têm procurado as características genéticas particulares que distinguem os humanos modernos dos seus ancestrais e agora podem dar uma pista sobre a razão que leva a que os humanos de hoje em dia sejam tão diferentes.

Para perceber esse fenómeno, a equipa de investigadores estudou as diferenças metabólicas no cérebro, rins e músculos de humanos, chimpanzés e macacos.

A equipa analisou uma mutação humana que leva à substituição do aminoácido na adenilossuccinato liase, uma enzima envolvida na síntese de purina dentro do ADN.

Esta substituição reduz a atividade e estabilidade da enzima, o que resulta numa menor concentração de purinas no cérebro humano.

Os cientistas perceberam que a nova mutação é típica apenas entre humanos e não está presente em outros primatas ou nos neandertais.

Os investigadores provaram que essa mutação é a razão para as peculiaridades metabólicas em humanos ao introduzi-la no genoma de ratos.

Os animais submetidos à mutação produziram menos purinas, enquanto um gene ancestral, quando introduzido nas células humanas, levou a alterações metabólicas aparentes.

“Estou muito satisfeito por termos tido sucesso em prever as características metabólicas dos humanos modernos e validar as nossas hipóteses em modelos de ratos e células, embora não tivéssemos neandertais vivos para estudar”, conclui Vita Stepanova, principal autora do estudo.

https://zap.aeiou.pt/evolucao-humanos-modernos-neandertais-411168

 

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