quarta-feira, 14 de julho de 2021

Islândia testou semana de trabalho mais curta- Resultados foram um sucesso !

Durante quatro anos, uma pequena parte da população ativa da Islândia pôde experimentar uma semana de trabalho mais curta, com menos quatro ou cinco horas, sem ver mexidas nos salários.


Entre 2015 e 2019, cerca de 2500 islandeses estiveram envolvidos em duas grandes experiências para perceber como uma semana de trabalho mais curta afeta a produtividade. Agora, conta o site Science Alert, os resultados estão aí (e são um sucesso).

Reduzir uma semana de trabalho de 40 horas para 35 ou 36 não levou a nenhuma queda na produtividade ou na prestação de serviços, enquanto o bem-estar dos trabalhadores melhorou substancialmente numa série de métricas, como stress e burnout.

Os envolvidos relataram menos stress no trabalho e um melhor equilíbrio entre a sua vida pessoal e profissional. Nas entrevistas de acompanhamento, os participantes mencionaram vários benefícios, como ter mais tempo para fazer tarefas domésticas ou para si próprios.

“Nos dois testes, muitos trabalhadores afirmaram que, depois de começarem a trabalhar menos horas, se sentiram melhor, com mais energia e menos stressados, tendo também mais energia para outras atividades, como exercício físico, estar com os amigos e outros hobbies. Isto teve um efeito positivo no seu trabalho”, lê-se no relatório.

Segundo o mesmo site, uma ampla variedade de locais de trabalho esteve envolvida nesta pesquisa, desde hospitais a escritórios, e mais de 1% de toda a população ativa do país participou. E, apesar de as horas de trabalho terem sido reduzidas, não houve qualquer alteração nos salários.

Reuniões mais curtas, mudanças de turno e a eliminação de tarefas desnecessárias foram várias das estratégias adotadas para ajudar os trabalhadores a manter este novo regime. Mas a mudança também partiu dos próprios funcionários, que alteraram a sua rotina diária.

“Em vez de fazer as coisas como antes, as pessoas reavaliaram a situação e, agora, já estão a fazer as suas tarefas de forma muito diferente, tendo também cooperado para que isto acontecesse”, disse um dos participantes.

“Ficou cada vez mais claro que são poucos os que desejam voltar às condições de trabalho pré-pandemia: o desejo de uma semana de trabalho reduzida vai definir ‘o novo normal'”, concluiu o relatório.

Desde que estes testes foram realizados, cerca de 86% de toda a mão-de-obra da Islândia mudou para uma semana de trabalho mais curta e os investigadores por detrás deste estudo têm esperança que esta visão possa começar a ser aplicada noutros países.

https://zap.aeiou.pt/islandia-semana-trabalho-mais-curta-415477

 

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