Embora a amamentação materna seja defendida pelos pediatras, este pode ser um processo bastante delicado para muitas mulheres. Agora, uma equipa conseguiu, pela primeira vez, produzir leite materno em laboratóri

Estes métodos passam quase sempre por fórmulas infantis feitas à base de leite bovino. Este tipo de “leite” não contém os anticorpos encontrados no leite materno e, a nível ambiental, também causa um grande aumento na produção de emissões de gases.
Porém, o problema pode estar prestes a ser resolvido.
A Empresa BIOMILQ anunciou este mês que produziu o primeiro leite humano com cultura de células fora da mama, uma alternativa mais saudável e ecologicamente correta à fórmula infantil à base de bovinos.
Jennifer Smilowitz, investigadora e consultora técnica da BIOMILQ, refere que “o leite humano é tremendamente complexo tanto na composição quanto na estrutura, o que tornou quase impossível fazer a sua réplica”.
Ainda assim, a empresa conseguiu recriar este tipo leite em apenas 11 meses. A BIOMILQ teve o apoio do bilionário Bill Gates, que investiu 3,5 milhões de dólares em fundos da Série A da Breakthrough Energy Ventures, a firma de investimentos do CEO com foco nas mudanças climáticas.
Agora, a cofundadora e CEO da BIOMILQ, Michelle Egger, espera que o novo leite materno ajude a reduzir a pesada pegada de carbono do mercado global dos leites infantis.
A empresa garante que o seu produto tem perfis de macro-nutrientes que correspondem aos tipos e proporções esperados de proteínas, carbohidratos complexos, ácidos graxos e outros lipídios bioativos que são conhecidos por estarem abundantemente presentes no leite materno.
Como resultado, o novo produto da BIOMILQ possui um amplo conjunto de proteínas do leite humano que não apenas nutrem, mas também protegem os bebés.
A empresa enfatiza que o novo composto não é exatamente igual ao leite materno, mas irá estar livre de toxinas ambientais, alergénios alimentares e medicamentos que são frequentemente detetados no leite materno.
“Não temos a intenção de substituir a amamentação no peito, por isso, estamos confortáveis com as diferenças entre o nosso produto e o leite materno. Pretendemos oferecer aos pais outra opção de alimentação suplementar para nutrir bebés mais saudáveis”, remata Egger.
https://zap.aeiou.pt/cientistas-leite-materno-laboratorio-413220
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