Ao longos dos tempos, os especialistas têm proposto a existência de ciclos de grandes acontecimentos, tendo em conta a atividade vulcânica e extinções em massa na terra e no mar. Agora, uma análise de grandes eventos geológicos encontrou aglomerados recorrentes com 27,5 milhões de anos de diferença.
Quando se começou a tentar perceber a frequência destes ciclos, o trabalho inicial sobre as correlações no registo geológico foi prejudicado pelos limites na datação por idade dos eventos geológicos, o que impediu os cientistas de conduzirem exames quantitativos.
Entretanto, os investigadores fizeram melhorias significativas nas técnicas de datação radioisotópica e analisaram mudanças na atividade da escala de tempo geológica, levando à descoberta de novos dados sobre o tempo de eventos passados.
Durante uma pesquisa, que deu origem a um novo estudo, publicado na revista Science Direct, uma equipa compilou registos atualizados dos principais eventos geológicos dos últimos 260 milhões de anos e conduziu novas análises.
Assim, os cientistas analisaram as datas de 89 eventos geológicos importantes dos 260 milhões de anos anteriores.
A análise desses eventos incluiu extinções marinhas e terrestres, grandes derrames vulcânicos de lava, momentos em que os oceanos foram esgotados de oxigénio, flutuações do nível do mar e mudanças ou reorganização nas placas tectónicas da Terra.
Os especialistas perceberam que os grandes eventos geológicos mundiais geralmente são agrupados em dez pontos de tempo diversos ao longo de 260 milhões de anos, reunidos em picos ou pulsos de, normalmente, 27,5 milhões de anos de intervalo.
O mais recente agrupamento de eventos geológicos foi há cerca de 7 milhões de anos. Isto significa que o próximo pulso de atividade geológica significativa será daqui a mais de 20 milhões de anos.
Esses pulsos podem ser uma função de ciclos de atividade no interior da Terra – processos geofísicos relacionados com a atividade tectónica de placas e dinâmica climática.No entanto, ciclos semelhantes na órbita da Terra podem também estar a acompanhar esses eventos, escreve o Tech Explorist.
Michael Rampino, geólogo e professor do Departamento de Biologia da Universidade de Nova Iorque, frisou que, “quaisquer que sejam as origens desses episódios cíclicos, as descobertas apoiam o caso de um registo geológico amplamente periódico, coordenado e intermitentemente catastrófico, que é um desvio das opiniões de muitos geólogos”.
https://zap.aeiou.pt/atividade-geologica-ciclos-411120
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