Uma equipa de investigadores da NASA treinou um algoritmo para identificar novas crateras na superfície de Marte. É oito vezes mais rápido do que os cientistas.
A dado ponto da sua vida já abriu um jornal ou uma revista e viu um daqueles jogos de encontrar diferenças entre duas imagens. Ora, a NASA decidiu fazer o mesmo e competiu com Inteligência Artificial para analisar uma imagem e identificar crateras recém-formadas em Marte.
Os cientistas precisavam de cerca de 40 minutos para analisar uma fotografia do solo marciano e procurar uma mancha escura que não estivesse nas fotos anteriores do mesmo local. Se os cientistas encontrarem indícios de uma cratera, depois é preciso confirmar a descoberta usando uma fotografia com maior resolução, captada pela High Resolution Imaging Science Experiment (HiRISE).
Comparando as duas fotografias, e procurando por crateras que anteriormente não estavam lá, os cientistas conseguem estimar a sua idade. Esta informação pode melhorar a sua compreensão da história de Marte e ajudar no planeamento de novas missões ao Planeta Vermelho, salienta o portal Big Think.
Delegar para a Inteligência Artificial (IA) tarefas entediantes tornou-se um costume com a evolução da tecnologia. Foi precisamente isso que os cientistas fizeram ao treinarem um algoritmo para fazer este trabalho por eles.
Ao contrário dos humanos, a Inteligência Artificial precisa apenas de cinco segundos para analisar uma fotografia. É oito vezes menos tempo do que um cientista da NASA.
Para acelerar o processo de aprendizagem do algoritmo, os investigadores executaram a IA num cluster de supercomputadores no Jet Propulsion Laboratory (JPL) da NASA.
“Não seria possível processar mais de 112.000 imagens num período de tempo razoável sem distribuir o trabalho por muitos computadores”, disse o cientista de computação do JPL Gary Doran. “A estratégia é dividir o problema em partes menores que podem ser resolvidas em paralelo”.
Em outubro, a NASA confirmou que a IA tinha descoberto as suas primeiras crateras em Marte e, até ao momento, ajudou os cientistas a localizar dezenas de novos impactos.
“Os dados estiveram lá este tempo todo”, disse o cientista do JPL Kiri Wagstaff à Wired. “Nós é que ainda não os tínhamos visto”.
https://zap.aeiou.pt/ia-novas-crateras-marte-cinco-segundos-428075
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