Na costa sul de Itália, o maior vulcão ativo da Europa está escondido debaixo das ondas do mar. Os cientistas estão a investigar o que aconteceria se explodisse.
O Etna, na Sicília, e o Vesúvio, que destruiu Pompeia, não são a maior ameaça para as populações locais. O Marsili roubou-lhes o rótulo de inimigo vulcânico e pode devastar a península do sul da Itália e as suas ilhas.
Localizado a cerca de 175 quilómetros ao sul de Nápoles, Marsili tem 3.000 metros de altura, uma base de 70 quilómetros de comprimento e 30 quilómetros de largura. Segundo a BBC, é o maior vulcão ativo de toda a Europa e um dos muitos vulcões num arco localizado na costa sul da Sicília.
Apesar de ser gigantesco, é impossível observá-lo, uma vez que o cume fica a 500 metros de profundidade, no meio do mar Tirreno.
Esta verdadeira bomba-relógio só foi descoberta há cerca de 100 anos. “Só no início do século XX é que começamos a mapear as bacias marítimas”, contou Ventura.
O uso crescente de submarinos pelos militares e dos novos sistemas de comunicação internacional exigiram a instalação de cabos telegráficos no fundo do mar. Como resultado, os cartógrafos identificaram o monte submarino na década de 1920.
Os primeiros estudos sobre a sua atividade só arrancaram na década de 2000. Segundo as descobertas, a última erupção do vulcão ocorreu há alguns milhares de anos. Atualmente, a sua atividade limita-se a alguns “estrondos”, acompanhados de emissões de gases e tremores de baixa energia.
Se explodisse novamente, a lava e as cinzas produzidas pela explosão seriam absorvidas pelos 500 metros de água que cobrem o monte submarino, pelo que haveria pouco risco de uma erupção atingir a terra ou ferir os habitantes das ilhas próximas.
Isso não significa, no entanto, que não existe razão para alarme.
“O perigo não é a erupção, mas os possíveis deslizamentos submarinos“, especificou o investigador. Se os movimentos sísmicos causassem o colapso de um dos lados, o fenómeno deslocaria um volume tão grande de água que provocaria um tsunami.
Além disso, é impossível evitar um desastre iminente, razão que leva os cientistas a pedir novas tecnologias para monitorizar os movimentos do Mediterrâneo.
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