Cientistas ofereceram uma visão abrangente de todas as
proteínas expressas no nosso cérebro. Isto permite oferecer diagnósticos
mais eficazes para doenças psiquiátricas e neurológicas.
Com milhões de neurónios, o cérebro humano é altamente complexo e
embora fosse de esperar que a ciência já tivesse desvendado todos os
seus segredos, há ainda muito por compreender. Todavia, os cientistas começam agora a entender melhor os mistérios cruciais da neurociência.
Uma equipa de investigadores decidiu empenhar-se para conseguir uma visão abrangente de todas as proteínas expressas no nosso cérebro.
Isto permite compreender melhor a neurobiologia e desenvolver novas
terapias e diagnósticos mais eficazes para doenças psiquiátricas e
neurológicas. Para além de analisarem quase 1.900 cérebros humanos, os
cientistas contaram ainda com informação relativa aos cérebros de porcos
e ratos.
“Como esperado, a planta do cérebro é compartilhada entre os
mamíferos, mas o novo mapa também revela diferenças interessantes entre
os cérebro de humanos, porcos e ratos”, explicou Mathias Uhlén, coautor
do estudo, citado pelo Tech Explorist.
O estudo revelou que o cerebelo é a região mais distintiva e intrigante
do nosso cérebro. As proteínas desta região, especialmente aquelas com
os maiores níveis, estão associadas a distúrbios psiquiátricos, o que
reforça a ideia de que o cerebelo está associado ao processamento de
emoções.
“Outra descoberta interessante é que os diferentes tipos de células
do cérebro compartilham proteínas especializadas com órgãos periféricos.
Por exemplo, astrócitos, as células que ‘filtram’ o ambiente
extracelular no cérebro, compartilham muitos transportadores e enzimas
metabólicas com células no fígado que filtram o sangue”, realçou ainda
Evelina Sjöstedt, coautora do estudo publicado na semana passada na revista científica Science.
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