Uma equipa internacional de cientistas descobriu que várias
populações de bactérias que produzem a infeção sexualmente transmissível
clamídia prosperam em sedimentos profundos do Oceano Ártico.
De acordo com os especialistas, que publicaram os resultados da nova investigação na revista Current Biology,
estes núcleos de Chlamydia trachomatis vivem em condições desprovidas
de oxigénio, a alta pressão e, aparentemente, sem um organismo
hospedeiro.
A descoberta pode ajudar a perceber como é que a clamídia se tornou num patogénico humano e animal, tal como frisa a agência noticiosa espanhola Europa Press.
A clamídia e outras bactérias relacionadas, coletivamente referias como Chlamydiae,
e todos os membros estudados neste grupo depende de interações com
outros organismos para sobreviverem. As bactérias da clamídia interagem
especificamente com organismos como animais, plantas e fungos e incluem
organismos microscópicos como amebas e algas.
Estas bactérias passam grande parte das suas vidas no interior das células dos seus hospedeiros humanos, mas também em ursos e coalas.
Grande parte daquilo que se sabe sobre das Chlamydiae é
baseada em estudos de linhagens patogénicas em laboratório, podendo
agora o novo estudo ajudar a perceber se estas também existem noutros
ambientes – alguns dos quais inesperados.
Nas profundezas do Ártico, estas bactérias proliferam em sedimentos profundos, na ausência de organismos hospedeiros considerados óbvios.
“Encontrar clamídia neste ambiente foi completamente inesperado e,
como é obvio, levantou a questão: o que é que fazem aqui?”, disse Jennah
Dharamshi, da Universidade de Uppsala, na Suécia, autora principal do
estudo, citada em comunicado.
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