Afinal, Ryugu pode não ser um asteróide, mas sim o que resta de um cometa extinto. É a proposta de um novo estudo levado a cabo por cientistas da Nagoya City University, no Japão.
Ryugu pode não ser um asteróide, mas o remanescente de um cometa antigo. Com o seu diâmetro de 800 metros, o corpo espacial poderia ser o núcleo rochoso de um cometa “morto” que, depois de perder o seu gelo, foi “esmagado” pela sua própria gravidade.
A sua estranha forma, semelhante a um pião, poderia dever-se ao facto de Ryugu não ser constituído por uma única “peça”, mas ser composto por muitas pequenas pedras que foram distribuídas para adquirir a sua forma precisamente devido à sua rápida rotação.
Outra peculiaridade que aponta para a sua origem cometária é que Ryugu contém uma quantidade invulgarmente grande de matéria orgânica, algo que contraria a teoria dominante de que o objeto nasceu da colisão de dois asteróides, noticia o Science Alert.
Os cometas formam-se nas regiões exteriores mais frescas do Sistema Solar, onde nuvens de matéria orgânica se misturam com rochas e gelo para criar “bolas de neve sujas” (ou cometas). Depois, o calor do Sol derrete lentamente os cometas que se aproximam e isso faz com que o gelo se sublime, escapando do cometa e formando uma cauda.
De acordo com o artigo científico, publicado recentemente na The Astrophysical Journal Letters, foi precisamente esse processo que fez de Ryugu um remanescente de rochas compactadas pela sua própria gravidade, misturadas com a matéria orgânica deixada para trás após a evaporação do gelo.
A fusão do gelo pode ter causado “a perda de massa e a contração do núcleo do cometa, o que aumentou a sua velocidade de rotação“, explicou o investigador Hitoshi Miura. Por sua vez, a rápida rotação poderia ter dado ao núcleo do cometa morto “a velocidade de rotação necessária para a formação de uma forma de pião”.
Um modelo informático, criado pelos investigadores, mostrou que o Ryugu terá passado algumas dezenas de milhar de anos como cometa antes de entrar na cintura interna de asteróides, onde derreteu e se tornou um asteróide feito de detritos.
https://zap.aeiou.pt/misterio-da-origem-do-ryugu-desvendado-470012
Ryugu pode não ser um asteróide, mas o remanescente de um cometa antigo. Com o seu diâmetro de 800 metros, o corpo espacial poderia ser o núcleo rochoso de um cometa “morto” que, depois de perder o seu gelo, foi “esmagado” pela sua própria gravidade.
A sua estranha forma, semelhante a um pião, poderia dever-se ao facto de Ryugu não ser constituído por uma única “peça”, mas ser composto por muitas pequenas pedras que foram distribuídas para adquirir a sua forma precisamente devido à sua rápida rotação.
Outra peculiaridade que aponta para a sua origem cometária é que Ryugu contém uma quantidade invulgarmente grande de matéria orgânica, algo que contraria a teoria dominante de que o objeto nasceu da colisão de dois asteróides, noticia o Science Alert.
Os cometas formam-se nas regiões exteriores mais frescas do Sistema Solar, onde nuvens de matéria orgânica se misturam com rochas e gelo para criar “bolas de neve sujas” (ou cometas). Depois, o calor do Sol derrete lentamente os cometas que se aproximam e isso faz com que o gelo se sublime, escapando do cometa e formando uma cauda.
De acordo com o artigo científico, publicado recentemente na The Astrophysical Journal Letters, foi precisamente esse processo que fez de Ryugu um remanescente de rochas compactadas pela sua própria gravidade, misturadas com a matéria orgânica deixada para trás após a evaporação do gelo.
A fusão do gelo pode ter causado “a perda de massa e a contração do núcleo do cometa, o que aumentou a sua velocidade de rotação“, explicou o investigador Hitoshi Miura. Por sua vez, a rápida rotação poderia ter dado ao núcleo do cometa morto “a velocidade de rotação necessária para a formação de uma forma de pião”.
Um modelo informático, criado pelos investigadores, mostrou que o Ryugu terá passado algumas dezenas de milhar de anos como cometa antes de entrar na cintura interna de asteróides, onde derreteu e se tornou um asteróide feito de detritos.
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