O que era uma questão de vida ou de morte passou a ser uma realidade para milhões de pessoas. E nem tudo é mau na solidão.
Recuemos a épocas pré-históricas. Estar sozinha era uma boa opção para uma pessoa? Em muitos casos, sim: era melhor estar sozinha do que estar a ser engolida por um animal predador.
Milhões de anos depois, a estrutura social é diferente – e a evolução do ser humano aconteceu, naturalmente.
Uma evolução que conduziu o ser humano para a solidão. O ser humano evoluiu para estar sozinho, lê-se na revista Discover.
E o caminho foi passar a sentir solidão: “A dor da solidão levou-nos a renovar a estrutura social para que pudéssemos sobreviver e promover características-chave como confiança, cooperação e acção colectiva”, explicou Stephanie Cacioppo, professor de psiquiatria e neurociência comportamental na Escola de Medicina Pritzker da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos da América.
A ciência também evoluiu neste assunto. Os especialistas nunca viam a solidão como algo com “características redentoras”.
Agora a perspectiva geral é outra: a solidão é como se fosse um sinal biológico de fome, que nos faz lembrar que chegou o momento de nos voltarmos a ligar com as pessoas à nossa volta, para promovermos a nossa sobrevivência a curto prazo.
Ou seja, nem tudo é mau na solidão.
As nossas estruturas sociais evoluíram de mãos dadas com mecanismos neurais, hormonais e genéticos para apoiar essas estruturas sociais [casais, tribos e comunidades] que nos ajudam a sobreviver e a reproduzir”, continuou Stephanie.
Os sintomas são vários: sensação pesada no peito, garganta entalada, sentimento de isolamento. Porque a solidão dói. Mas faz parte.
No entanto, no momento de re-conectar, há um “sinal paradoxal” no nosso cérebro: por um lado chega o sinal de que é o momento de nos ligarmos, mas por outro lado chega o sinal de perigo – as pessoas com quem estamos a falar são amigas ou inimigas?
“É um mecanismo de autoprotecção” que é activado em momentos de socialização.
Traduzindo: mesmo estando com outras pessoas, a sensação de solidão mantém-se. É o subconsciente a indicar que aqueles seres humanos podem não ser boa companhia para a pessoa que se sentia (e sente) sozinha.
https://zap.aeiou.pt/ser-humano-solidao-471041
Recuemos a épocas pré-históricas. Estar sozinha era uma boa opção para uma pessoa? Em muitos casos, sim: era melhor estar sozinha do que estar a ser engolida por um animal predador.
Milhões de anos depois, a estrutura social é diferente – e a evolução do ser humano aconteceu, naturalmente.
Uma evolução que conduziu o ser humano para a solidão. O ser humano evoluiu para estar sozinho, lê-se na revista Discover.
E o caminho foi passar a sentir solidão: “A dor da solidão levou-nos a renovar a estrutura social para que pudéssemos sobreviver e promover características-chave como confiança, cooperação e acção colectiva”, explicou Stephanie Cacioppo, professor de psiquiatria e neurociência comportamental na Escola de Medicina Pritzker da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos da América.
A ciência também evoluiu neste assunto. Os especialistas nunca viam a solidão como algo com “características redentoras”.
Agora a perspectiva geral é outra: a solidão é como se fosse um sinal biológico de fome, que nos faz lembrar que chegou o momento de nos voltarmos a ligar com as pessoas à nossa volta, para promovermos a nossa sobrevivência a curto prazo.
Ou seja, nem tudo é mau na solidão.
As nossas estruturas sociais evoluíram de mãos dadas com mecanismos neurais, hormonais e genéticos para apoiar essas estruturas sociais [casais, tribos e comunidades] que nos ajudam a sobreviver e a reproduzir”, continuou Stephanie.
Os sintomas são vários: sensação pesada no peito, garganta entalada, sentimento de isolamento. Porque a solidão dói. Mas faz parte.
No entanto, no momento de re-conectar, há um “sinal paradoxal” no nosso cérebro: por um lado chega o sinal de que é o momento de nos ligarmos, mas por outro lado chega o sinal de perigo – as pessoas com quem estamos a falar são amigas ou inimigas?
“É um mecanismo de autoprotecção” que é activado em momentos de socialização.
Traduzindo: mesmo estando com outras pessoas, a sensação de solidão mantém-se. É o subconsciente a indicar que aqueles seres humanos podem não ser boa companhia para a pessoa que se sentia (e sente) sozinha.
https://zap.aeiou.pt/ser-humano-solidao-471041
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