A
grande expectativa da Nasa, nos próximos 75 dias, é a chegada da
espaçonave New Horizons (Novos Horizontes) a Plutão no dia 14 de julho
de 2015, que possibilitará, pela primeira vez, imagens e observações
científicas muito mais precisas feitas nas proximidades desse gélido
planeta-anão.
Aliás,
nesse aspecto, 2015 tem tudo para ser um ano muito especial para a
astronomia, pois, entre muitos outros eventos positivos, a humanidade
conseguirá explorar com sucesso os dois pontos extremos do Sistema
Solar. De um lado, Mercúrio, com o trabalho da sonda Messenger. De outro
lado, Plutão, planeta-anão, o mais distante do Sol, cujos mistérios os
astrônomos poderão desvendar, a partir de julho.
O encontro
da nave New Horizons com Plutão marcará um momento histórico, numa data
histórica, 14 de julho, consagrado à Revolução Francesa. A espaçonave
se aproximará de Plutão e poderá mostrar, então, muito mais detalhes
sobre esse planeta-anão e seus satélites.
Depois de
nove anos de viagem à velocidade de 52.800 mil km/hora, rumo aos confins
do Sistema Solar, a espaçonave fará sua aproximação histórica de Plutão
no dia 14 de julho, o que deverá ser considerado um dos grandes feitos
astronômicos do século 21, segundo a avaliação de cientistas de diversos
países.
“A
literatura científica está repleta de artigos sobre as características
de Plutão e suas luas, baseadas em observações feitas daqui da Terra” –
diz o astronauta e administrador associado da Diretoria de Missões
Científicas da Nasa, John Grunsfeld. “Agora poderemos ter muito certeza
sobre a realidade de Plutão: vamos estudá-lo de um jeito
bem diferente: cara a cara e de perto. A partir do um voo de aproximação
sem precedente da espaçonave New Horizons, previsto para o dia 14 de
julho, poderemos ampliar de forma exponencial nosso conhecimento sobre
Plutão. E não tenho dúvida de que haverá descobertas fascinantes.”
Plutão foi
descoberto em 1930 pelo astrônomo norte-americano Clyde Tombaugh
(1906-1997). Esse planeta-anão é esférico e orbita o Sol, como os oito
principais planetas. Mas, diferentemente de um planeta, Plutão não tem
suficiente gravidade para atrair toda a poeira espacial e objetos
minúsculos que encontra em sua rota. Além de ser muito menor do que um
planeta, o planeta-anão não chega a ser uma lua ou satélite.
É bom
lembrar que Plutão é o segundo planeta-anão em tamanho. O maior é Éris,
um objeto transnetuniano (TNO, sigla de Trans-Neptunian Object)
descoberto em 2005 pela equipe liderada por Mike Brown, astrônomo do
Observatório de Monte Palomar, na Califórnia. Éris tem uma massa 27%
superior à de Plutão.
Plutão
está a uma distância de 39,5 unidades astronômicas (UA) do Sol. Uma UA
equivale à distância que separa a Terra do Sol (149,5 milhões de km).
Por ser sua órbita excessivamente elíptica, seu ponto mais próximo do
Sol (periélio) fica a 29,7 UA (4,437 bilhões de km) – nesse ponto,
Plutão está mais próximo do Sol do que Netuno. No outro extremo de sua
órbita, o ponto mais distante do Sol (afélio), o planeta-anão está a
49,7 UA ou 7,311 bilhões de km (numa região chamada de Kuiper Belt (ou
KY-per), uma grande faixa de milhares de pequenos objetos de gelo que
orbitam o Sol, além de Netuno.
Plutão é
muito, muito frio. Sua menor temperatura pode chegar a menos 230 graus
Celsius. A gravidade nesse planeta-anão equivale a 1/15 da gravidade
terrestre, o que significa que um ser humano que pesa 100 kg na Terra
pesará apenas 6,66 kg em Plutão.
Fonte: http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/ethevaldo-siqueira/2015/04/30/ESPACONAVE-CHEGA-A-PLUTAO-DIA-14-DE-JULHO-NOS-CONFINS-DO-SISTEMA-SOLAR.htm
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