Novas evidências sugerem que todo o Universo primitivo esteve
a girar como um planeta ou uma galáxia, deixando um rasto que ainda é
visível nos céus.
De acordo com o New Scientist, a nova teoria baseia-se na observação de que há mais galáxias a girar no sentido contrário aos ponteiros do relógio do que no sentido dos ponteiros do relógio, enquanto modelos anteriores esperavam um equilíbrio entre as duas direções.
Estas descobertas entram em conflito com entendimentos anteriores
sobre estrutura do universo em maior escala. Durante décadas, os
cientistas acreditaram que o Universo se está a expandir sem nenhuma
direção específica e com as galáxias dentro dele distribuídas sem
nenhuma estrutura específica.
As últimas descobertas, analisando 200 mil galáxias espirais em todo o Universo, sugerem que o cosmos poderia realmente ter uma estrutura definida.
Apesar de as galáxias espirais serem distribuídas pelo espaço e pelo
tempo, parecem estar conectadas através do modo como giram. O padrão só
apareceu quando os investigadores conseguiram entender essas galáxias
numa escala muito maior.
Usando dados de três observatórios poderosos, incluindo o Telescópio
Espacial Hubble, Shamir e a sua equipa encontraram evidências de que um
Universo em rotação influenciava a rotação das galáxias.
“A diferença não é enorme, pouco mais de 2%, mas com um número tão
alto de galáxias, a probabilidade de ter essa divisão por acaso é menor
do que um num milhão”, disse Shamir.
A assimetria também é diferente dependendo de onde se olha para o céu.
Olhando para cima dos pólos da Terra, mais galáxias pareciam girar no
sentido contrário aos ponteiros do relógio do que no sentido horário,
enquanto o oposto era verdadeiro mas observações próximas ao Equador.
Isto não significa que o próprio Universo esteja a girar em torno de
um único ponto como uma galáxia espiral gigante. Em vez disso, há
evidências de que girou em vários eixos complexos e variáveis ao mesmo tempo.
“Se o universo tem um eixo, não é um eixo simples como um carrossel”,
disse Shamir. “É um alinhamento complexo de múltiplos eixos que também
tem uma certa deriva”.
A diferença na rotação parecia mudar em todo o Universo. Quanto mais
distante estiver uma galáxia, maior a probabilidade de tal
incompatibilidade, sugerindo que o universo era mais consistente e menos caótico nos seus primeiros dias do que é hoje.
“Não há erro ou contaminação que possa exibir-se através de padrões únicos, complexos e consistentes”, disse Lior Shamir, astrónomo do Estado do Kansas, Lior Shamir, em comunicado citado pelo Phys.
“Temos duas investigações do céu que mostram exatamente os mesmos
padrões, mesmo quando as galáxias são completamente diferentes.”
https://zap.aeiou.pt/todo-o-universo-primitivo-pode-ter-estado-a-girar-e-deixou-um-rasto-nos-ceus-327990
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