Uma nova investigação internacional concluiu que a região
vulcânica de Yellowstone, nos Estados Unidos, parece estar em declínio.
Uma análise levada a cabo com depósitos vulcânicos espalhados por
dezenas de milhares de quilómetros em torno da região do super-vulcão de
Yellowstone parece indicar que a sua área de atividade vulcânica,
localizada abaixo da Caldeira de Yellowstone, nos estados
norte-americanos de Wyoming, Montana e Idaho, está a diminuir.
“Descobrimos que depósitos anteriormente considerados como resultado de múltiplas erupções menores eram, na verdade, colossais lençóis vulcânicos
de duas super-erupções anteriormente desconhecidas, [que terão
ocorrido] há cerca de 9,0 e 8,5 milhões de anos”, começou por explicar
Thomas Knott, vulcanologista da Universidade de Leicester, no Reino
Unido, citado pelo portal New Atlas.
“O mais novo dos dois, a super-erupção de Grey’s Landing, é agora o
maior evento já registado em toda a província vulcânica de
Snake-River-Yellowstone. É uma das cinco maiores erupções de todos os
tempos”, continuou.
Estas duas erupções ocorreram durante o Mioceno,
um era geológica que data entre 23 a 5,3 milhões de anos. Esta
descoberta eleva o total de super-erupções durante este período na
região para seis, sugerindo que este território norte-americano sofreu
estes fenómenos geológicos num média de um a cada 500.000 anos.
Em sentido inverso, nos últimos três milhões de anos, Yellowstone
sofreu apenas duas super-erupções, situação que pode indicar que a
frequências destes eventos está a diminuir de forma significativa,
acreditam que os cientistas que publicaram os resultados da nova
investigação na revista científica especializada Geology.
“Demonstramos que a taxa de recorrências das super-erupções de Yellowstone parece ser agora de uma vez a cada 1,5 milhões de anos
(…) A última erupção aconteceu há 630.000 anos, sugerindo que podemos
ter ainda cerca de 900.000 anos até que outra erupção desta escala
ocorra”, sintetizou Thomas Knott.
Ainda assim, frisou o especialista, estes números são apenas
estimativas e continua a ser crucial monitorizar a atividade deste
super-vulcão de perto.
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