O
maior acelerador de partículas do mundo usou, pela primeira vez, quase o
dobro da energia para colidir protões, durante um teste de segurança,
informou hoje a Organização Europeia de Pesquisa Nuclear/CERN.
As
colisões ocorreram na noite de quarta-feira e serviram para testar os
sistemas que protegem a máquina e os detetores das partículas que se
desviam dos feixes, referiu em comunicado o CERN, organização da qual
Portugal faz parte.
Os testes voltaram a ser feitos hoje, prevendo
o CERN retomar a operacionalidade do Large Hadron Collider (LHC) -
habitualmente traduzido como Grande Colisionador de Hadrões - com o
dobro da energia, no início de junho.
O acelerador teve uma
paragem técnica de mais de dois anos, para ser preparado para a segunda
fase de exploração, de 2016 a 2018. Um curto-circuito, em março, atrasou
em duas semanas a retoma dos trabalhos.
O LHC confirmou, em 2012,
a existência do Bosão de Higgs, também conhecido como "partícula de
Deus", que, para os físicos, é considerada a chave mestra da estrutura
fundamental da matéria.
Os cientistas do
CERN esperam descobrir novas partículas, que poderão alterar a
compreensão do Universo, e irão sondar a supersimetria, um conceito
teórico batizado como "Suzy" que procura explicar a matéria escura,
matéria invisível que compõe cerca de um quarto de toda a matéria e
energia do Universo e que manifesta a sua presença através dos efeitos
gravitacionais que exerce sobre a matéria visível, como as galáxias e as
estrelas.
O maior acelerador de partículas do mundo é um túnel
circular, no subsolo, com 27 quilómetros, localizado na fronteira
franco-suíça.
Fonte: http://www.dn.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=4581376&page=-1
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