O nosso Sistema Solar tem apenas uma estrela e uma série de
planetas relativamente pequenos. No entanto, Júpiter esteve muito perto
de se tornar o irmão mais pequeno do Sol.
Júpiter é, de longe, o maior planeta do Sistema Solar. Este corpo
celeste é tão grande que esteve muito perto de se tornar uma estrela.
Segundo escreve o astrónomo Paul Sutter, num artigo assinado no Universe Today,
se Júpiter fosse 20 vezes maior do que é, seria suficientemente pesado
para que a pressão e a temperatura do núcleo fossem suficientemente
altas para inflamar a fusão nuclear e dar início a um Júpiter “a caminho do estrelato”.
“O material que formou o nosso Sistema Solar uniu-se para formar os
planetas, e a maior parte acabou em Júpiter, que sofreu um crescimento
exponencial descontrolado.” O cientista explica ainda que, apesar de 20
vezes parecer muito, a verdade é que, no mundo da astronomia, “isso
equivale a um amendoim”.
Se nosso Sistema Solar fosse um pouco diferente, Júpiter, o planeta
gigante composto principalmente por hidrogénio, “teria acabado a
ascender e a iluminar como e fosse um segundo Sol”.
Apesar de esse cenário não descartar, necessariamente, a formação de planetas, tornaria a vida na Terra muito mais improvável,
uma vez que os planetas que orbitam em sistemas binários quase nunca
atingem o ponto ideal de temperatura necessário para impedir a água de
evaporar ou, pelo contrário, de congelar.
Por cá, na Terra, “agradecemos a Júpiter por ser tal como é”, remata Sutter.
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