Cientistas da agência espacial norte-americana (NASA) estão a
rastrear a estranha “amolgadela” no campo magnético da Terra, que se
move lentamente para oeste sobre a América do Sul e o sul do Oceano
Atlântico.
Esta depressão, batizada de Anomalia do Atlântico Sul (SAA, na sua
sigla em inglês), é já conhecida dos cientistas, tal como frisa o portal
Futurism.
Trata-se de uma área caracterizada por uma redução significativa na força do campo magnético da Terra em comparação com áreas em latitudes geográficas semelhantes.
Neste local, a proteção contra radiação nociva do Espaço, que é
garantida pelo campo magnético do nosso planeta, é bastante menor.
Agora, a agência espacial norte-americana está a investigar o movimento
desta depressão, que se move para oeste, numa divisão uniforme em dois
lobos, tal como descreve a NASA em comunicado de imprensa esta semana
divulgado.
Os cientistas acreditam que a “amolgadela” é causada por violentas
tempestades solares que deformam os “cinturões de Van Allen”, duas zonas
em forma de donut que envolvem a Terra e capturam as partículas carregadas e nocivas do Espaço.
“Um campo localizado com polaridade invertida cresce fortemente na
região SAA, tonando a intensidade do campo muito fraca, mais fraca do
que a das regiões vizinhas”, explicou em comunicado Weijia Kuang, geofísica e matemática do Goddard Space Flight Center.
O enfraquecimento do campo nesta região pode levar, na pior das
hipóteses, à destruição de satélites e é por estes mesmo motivo que a
NASA acompanha de perto a depressão.
“Embora [o movimento do SAA] seja lento, este está a passar por
algumas mudanças na sua morfologia e por isso é importante que o
continuaremos a observar através de missões contínuas”, completou Terry
Sabaka, geofísico do Goddard Space Flight Center.
“E isso ajuda-nos a fazer modelos e previsões“, rematou.
https://zap.aeiou.pt/nasa-esta-rastrear-estranha-amolgadela-no-campo-magnetico-da-terra-341324
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