As poeiras do ar são um fenómeno natural
que tem na sua génese massas de ar que são formadas sobre grandes
regiões secas e áridas, e que transportadas pela circulação atmosférica,
podendo alcançar regiões distantesSergio Dionísio/Getty Images
Este 13 de maio pode ficar na história como o mais quente dos últimos 85
anos. E também como um dos que revelou maior concentração de partículas
poluentes agravadas pela circulação de poeiras vindas do Norte de
África.
Esta quarta-feira, Portugal acordou quente mas nublado, com uma tonalidade amarela esbranquiçada no céu devido à massa de ar quente e às poeiras vindas do Sara e do Sahel, que projetaram uma luz estranha logo pela manhã.
Na véspera, o cenário foi idêntico. Este não é um fenómeno raro e arrasta-se desde domingo. Acontece sempre que surgem tempestades de areia nos desertos do norte de África e os ventos estão de feição para transportá-las para a Península Ibériac, o que é mais frequente acontecer na primavera e no verão.
Com estas poeiras em suspensão, surge uma maior concentração de partículas poluentes no ar. Por isso não é de estranhar, como lembra Joana Monjardino, investigadora do Centro de Pesquisa para o Ambiente e Sustentabilidade da Universidade Nova de Lisboa, que esta terça-feira "os níveis de partículas tenham sido ultrapassados na Av. da Liberdade", em Lisboa, onde se encontra uma das estações de monitorização da qualidade do ar.
O fenómeno natural "tem na sua génese massas de ar que são formadas sobre grandes regiões secas e áridas, como os desertos do Sara e do Sahel, e que transportadas pela circulação atmosférica, podem alcançar regiões distantes", explica a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) no seu sítio online. Estas poeiras, vindas de sueste, "têm impacto na qualidade do ar que respiramos", mas esse "impacto depende da intensidade do fenómeno e da quantidade de material particulado que atinge os níveis de superfície", esclarece a APA.
Ainda esta manhã, muitas estações de monitorização em meios urbanos e rurais revelavam fraca qualidade do ar. "Mas esta massa está a dissipar-se e a qualidade do ar a melhorar", garante Filomena Boavida, da APA. A contribuir para esta limpeza está a rotação dos ventos, de sueste para noroeste.
O anticiclone que se situou sobre a Península Ibérica desde domingo, trazendo ar quente de sul, nomeadamente do norte de África, vai agora reposicionar-se mais para norte. "A partir da noite desta quarta-feira, aproxima-se um sistema frontal que trará chuva ao Minho e ao Douro Litoral e vento de noroeste para o resto do continente", explica Cristina Simões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
As previsões indicam que neste 13 de maio os termómetros podem chegar aos 40 graus Celsius, em Beja, o que representará a máxima temperatura registada no local, num dia de maio, nos últimos 85 anos.
Entre esta quinta e sexta-feira, o vento de noroeste fará as temperaturas máximas descerem cerca de 10 graus. Mas será por pouco tempo. A partir de sábado, os termómetros voltam a subir, com Lisboa a poder chegar a 34 graus e o Porto aos 27. Beja ficar-se-á por 34 graus Celsius. São as instabilidades primaveris.
Esta quarta-feira, Portugal acordou quente mas nublado, com uma tonalidade amarela esbranquiçada no céu devido à massa de ar quente e às poeiras vindas do Sara e do Sahel, que projetaram uma luz estranha logo pela manhã.
Na véspera, o cenário foi idêntico. Este não é um fenómeno raro e arrasta-se desde domingo. Acontece sempre que surgem tempestades de areia nos desertos do norte de África e os ventos estão de feição para transportá-las para a Península Ibériac, o que é mais frequente acontecer na primavera e no verão.
Com estas poeiras em suspensão, surge uma maior concentração de partículas poluentes no ar. Por isso não é de estranhar, como lembra Joana Monjardino, investigadora do Centro de Pesquisa para o Ambiente e Sustentabilidade da Universidade Nova de Lisboa, que esta terça-feira "os níveis de partículas tenham sido ultrapassados na Av. da Liberdade", em Lisboa, onde se encontra uma das estações de monitorização da qualidade do ar.
O fenómeno natural "tem na sua génese massas de ar que são formadas sobre grandes regiões secas e áridas, como os desertos do Sara e do Sahel, e que transportadas pela circulação atmosférica, podem alcançar regiões distantes", explica a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) no seu sítio online. Estas poeiras, vindas de sueste, "têm impacto na qualidade do ar que respiramos", mas esse "impacto depende da intensidade do fenómeno e da quantidade de material particulado que atinge os níveis de superfície", esclarece a APA.
Ainda esta manhã, muitas estações de monitorização em meios urbanos e rurais revelavam fraca qualidade do ar. "Mas esta massa está a dissipar-se e a qualidade do ar a melhorar", garante Filomena Boavida, da APA. A contribuir para esta limpeza está a rotação dos ventos, de sueste para noroeste.
O anticiclone que se situou sobre a Península Ibérica desde domingo, trazendo ar quente de sul, nomeadamente do norte de África, vai agora reposicionar-se mais para norte. "A partir da noite desta quarta-feira, aproxima-se um sistema frontal que trará chuva ao Minho e ao Douro Litoral e vento de noroeste para o resto do continente", explica Cristina Simões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
As previsões indicam que neste 13 de maio os termómetros podem chegar aos 40 graus Celsius, em Beja, o que representará a máxima temperatura registada no local, num dia de maio, nos últimos 85 anos.
Entre esta quinta e sexta-feira, o vento de noroeste fará as temperaturas máximas descerem cerca de 10 graus. Mas será por pouco tempo. A partir de sábado, os termómetros voltam a subir, com Lisboa a poder chegar a 34 graus e o Porto aos 27. Beja ficar-se-á por 34 graus Celsius. São as instabilidades primaveris.
Fonte: http://expresso.sapo.pt/sociedade/2015-05-13-Calor-e-poeiras-do-Sara-agravam-qualidade-do-ar.-Mas-tudo-o-vento-levara-esta-quinta
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