Uma equipa de cientistas identificou, recentemente, um esqueleto
quase completo de um ancestral de golfinho com 4,8 metros de comprimento
que viveu na atual Carolina do Sul durante a época do Oligoceno, há
cerca de 25 milhões de anos.
Além de ser muito comprido, o animal tinha dentes grandes e parecidos com presas e parece ter sido capaz de caçar a alta velocidade como uma orca. O artigo científico foi publicado no dia 9 de julho na Current Biology.
De acordo com o Science Alert, o esqueleto foi encontrado na década de 1990, mas foi classificado incorretamente: trata-se do primeiro esqueleto de Ankylorhiza tiedemani (quase completo) a ser analisado. Até agora, esta criatura só foi estudada a partir de um fóssil parcial do focinho.
Os cientistas acreditam que o animal era um predador violento e que
reunia em si uma mistura das características da baleia-assassina e do
golfinho, o que proporciona uma maior compreensão sobre a evolução paralela
destas duas espécies de animais marinhos. As características terão
evoluído paralelamente, em vez de terem sido herdadas do mesmo
ancestral.
Robert Boessenecker, investigador do College of Charleston, explicou que a evolução paralela terá acontecido devido aos ambientes aquáticos semelhantes
que os dois animais ocupavam. Apesar de parecer óbvio que os animais do
mesmo ambiente desenvolvem características semelhantes, não se trata
necessariamente de um padrão.
Os golfinhos gigantes extinguiram-se há cerca de 23 milhões de anos.
Desde então, outras baleias e golfinhos surgiram na Terra, ainda que,
atualmente, a única baleia predadora (e temível) seja a orca.
“As baleias e os golfinhos têm uma história evolutiva longa e
complicada e podemos não ter noção disso mesmo, com base nas espécies
modernas. O registo fóssil abriu esse longo e sinuoso caminho evolutivo.
Fsseis como Ankylorhiza ajudam a esclarecer toda a história” rematou Boessenecker.
Sem comentários:
Enviar um comentário