O aglomerado de estrelas Hyades, conhecido por estar a “apenas” 150 anos-luz da terra, pode estar a chegar ao final da sua vida.
O aglomerado estelar Hyades está na sua reta final. Uma equipa de
cientistas da Universidade de Cambridge, no Reino unido, fez várias
observações com o satélite Gaia sobre a velocidade das estrelas deste
aglomerado e fora dele, para descobrir que, de facto, está a “morrer”.
A astrónoma Semyeong Oh explicou, citada pelo Science News, que a equipa descobriu que restam apenas 30 milhões de anos
para que o aglomerado perca completamente a sua massa. Se compararmos
este período com a idade de Hyades, percebemos que o tempo que lhe resta
é muito curto, já que o aglomerado se formou há 680 milhões de anos.
O artigo científico, que ainda carece de revisão por pares, está disponível no arXiv.
Em 2018, equipas de astrónomos da Alemanha e da Áustria observaram
que se estava a passar algo de muito estranho no aglomerado Hyades:
várias estrelas saíram da formação e geraram duas longas caudas em lados
opostos. De acordo com os cientistas, este fenómeno vem a acontecer já
há algum tempo.
Semyeong Oh chegou à conclusão que, aquando do seu nascimento, Hyades contava com quase 1.200 massas solares, mas, hoje, restam apenas 300. Quanto mais estrelas saem, menos gravidade sobra para manter unidas as estrelas que ficaram.
A imagem, concedida pela equipa, ilustra bem este problema: a vermelho encontramos o aglomerado, enquanto que o amarelo mostra a representação das caudas das estrelas que estão a sair. Algumas estrelas que já saíram surgem representadas a verde, enquanto as azuis seguem o movimento do aglomerado.
Quando o aglomerado de estrelas Hyades se desintegrar, é muito
provável que as estrelas que o formam continuem a vaguear pelo Espaço
nas mesmas posições e velocidades.
https://zap.aeiou.pt/aglomerado-estrelas-plena-agonia-337464
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