Uma equipa de engenheiros da Universidade de Washington, nos
Estados Unidos, desenvolveu um novo processo para uma célula de
combustível que funciona com o dobro da tensão das células a combustível
tradicionais de hidrogénio.
O novo processo desenvolvido pelos engenheiros permite a criação de células de combustível com o dobro da tensão das opções tradicionais.
A equipa conseguiu alcançar a máxima eficiência ao adotar como
reagente o hidreto de boro e ao identificar a faixa ideal das taxas de
fluxo, assim como as arquiteturas no campo de fluxo e tempo de
permanência nas células.
Um dos maiores desafios neste projeto é a dificuldade de atrair
fabricantes, que manifestam relutância em investir esforço e capital. No
entanto, a equipa não precisou de adicionar nem alterar nenhum
componente do projeto original, pelo que esta foi uma das grandes
mais-valias da investigação.
Reduzir ou eliminar reações colaterais é a chave
para melhorar qualquer tecnologia de células combustíveis, mas isso
requer, normalmente, a inserção de novos catalisadores. A equipa da
universidade norte-americana conseguiu duplicar a tensão da célula,
alcançando uma tensão operacional de célula única de 1,4V ou superior.
Este valor equivale ao dobro do obtido em células de combustível a hidrogénio, com potências de pico próximas de 1 watt/cm2, uma característica que a torna uma solução alternativa mais leve e eficiente.
“Seguindo as nossas diretrizes, as células de combustível líquidas já implantadas comercialmente hoje podem obter ganhos de desempenho“, sintetizou Vijay Ramani, em comunicado.
Esta duplicação da tensão vai permitir agora criar células de combustível mais pequenas, mais leves e mais eficientes,
o que se traduz em vantagens gravimétricas e volumétricas
significativas ao montar várias células numa pilha para uso comercial.
Em fevereiro, a equipa de Vijay Ramani tinha já anunciado
ter usado um interface microscópico bipolar (PMBI) com um gradiente de
pH para criar células combustíveis de hidreto de boro capazes de dar
energoa a drones e aparelhos submersíveis.
https://zap.aeiou.pt/celula-combustivel-eficiente-333014
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