Pela primeira vez, imagens da New Horizons da NASA estão a revelar regiões claras e escuras à superfície do distante Plutão - o alvo principal do voo rasante da sonda, que terá lugar em meados de julho.
As imagens foram capturadas em meados de abril a partir de 112 milhões de quilómetros (distância esta que veio a diminuir durante os dias em que foram capturadas as várias imagens) , usando a câmara telescópica LORRI (Long-Range Reconnaissance Imager) a bordo da New Horizons.
As imagens foram capturadas em meados de abril a partir de 112 milhões de quilómetros (distância esta que veio a diminuir durante os dias em que foram capturadas as várias imagens) , usando a câmara telescópica LORRI (Long-Range Reconnaissance Imager) a bordo da New Horizons.
Uma técnica chamada deconvolução de imagem aviva as imagens não processadas enviadas para a Terra. Os cientistas da New Horizons interpretaram os dados para revelar que o planeta anão tem marcas grandes à superfície - algumas claras, outras escuras - incluindo uma área brilhante num polo que poderá ser uma calote polar.
Esta imagem de Plutão e a da sua maior lua, Caronte, foi obtida pela câmara LORRI (Long Range Reconnaissance Imager) a bordo da sonda New Horizons da NASA no dia 15 de abril. A imagem faz parte de um conjunto obtido entre os dias 12-18, à medida que a distância até Plutão diminuía dos 112 milhões de quilómetros para 102 milhões de quilómetros.
Crédito: NASA/JHU-APL/SwRI
Crédito: NASA/JHU-APL/SwRI
"À medida que nos aproximamos do sistema plutoniano começamos a ver características interessantes como uma região brilhante perto do polo visível de Plutão, dando início à grande aventura científica para entender este objeto celeste enigmático," afirma John Grunsfeld, administrador associado do Diretorado de Missões Científicas da NASA em Washington. "À medida que nos aproximamos, cresce o entusiasmo da busca para desvendar os mistérios de Plutão usando dados da New Horizons."
Animação que junta as imagens obtidas entre 12 e 18 de abril.
Crédito: NASA/JHU-APL/SwRI
Crédito: NASA/JHU-APL/SwRI
Caronte também foi capturada nas imagens de Plutão, girando ao longo da sua órbita de 6,4 dias. Os tempos de exposição usados para criar este conjunto de imagens - um décimo de segundo - são demasiado curtos para detetar as outras quatro luas de Plutão, bastante mais pequenas e ténues.
Desde a sua descoberta, em 1930, que Plutão permanece um enigma. Orbita o Sol a mais de 5 mil milhões de quilómetros da Terra, e os cientistas têm-se esforçado para discernir quaisquer detalhes à superfície. Estas últimas imagens da New Horizons permitem com que a equipa científica da missão detete diferenças claras no brilho em toda a superfície de Plutão à medida que gira.
"Depois de viajar mais de nove anos através do espaço, é impressionante ver Plutão, literalmente um ponto de luz a partir da Terra, a tornar-se num lugar real diante dos nossos olhos," afirma Alan Stern, investigador principal da New Horizons e do Instituto de Pesquisa do Sudoeste em Boulder, no estado americano do Colorado. "Estas imagens incríveis são as primeiras em que conseguimos ver detalhes, e estão já a mostrar que Plutão tem uma superfície complexa."
As imagens que a sonda enviar vão melhorar drasticamente à medida que se aproxima do seu encontro com Plutão durante o mês de julho.
"Nós só podemos imaginar que surpresas serão reveladas quando a New Horizons passar, este verão, a aproximadamente 12.500 km da superfície de Plutão," comenta Hal Weaver, cientista do projeto da missão e do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins em Laurel, Maryland, EUA
Fonte: http://www.ccvalg.pt/astronomia/noticias/2015/05/1_plutao_new_horizons.htm
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