O medicamento para a doença de Parkinson da Bial, o Ongentys,
foi aprovado pelo regulador do mercado farmacêutico norte-americano
Food and Drug Administration (FDA) e deverá começar a ser comercializado
no país até ao final do ano.
Em comunicado, a Bial avança esta segunda-feira que esta era a “aprovação essencial” para iniciar a comercialização do medicamento Ongentys (cujo princípio activo é a opicapona) nos Estados Unidos.
Em Fevereiro de 2017, a Bial e a farmacêutica Neurocrine Biosciences
assinaram um contrato de licenciamento exclusivo para o desenvolvimento e
a comercialização na América do Norte da opicapona, prevendo-se agora
que o seu lançamento seja feito até ao final deste ano.
Este fármaco, que é o segundo medicamento de investigação da Bial,
neste caso para a doença de Parkinson, já tinha sido aprovado pela
autoridade regulamentar europeia em 2016, estando, desde então,
disponível no Reino Unido, Alemanha, Espanha, Itália e em Portugal.
Em declarações à agência Lusa, António Portela, director-executivo da Bial, afirmou que este é “um marco importante” para a farmacêutica.
“Ao termos o segundo medicamento português nos EUA, esperamos que possa
ter um impacto muito grande em termos de facturação para a empresa e
que isso nos permita continuar a investir nos nossos projectos de
investigação e desenvolvimento”, realçou.
Segundo António Portela, a parceira farmacêutica norte-americana
previa lançar o Ongentys para o mercado entre Maio e Junho, no entanto,
“as circunstâncias da covid-19 não vão permitir”. “Eles querem lançar até ao final do ano, mas vai tudo depender da evolução da situação”, frisou.
Além dos EUA, António Portela adiantou à agência Lusa que a
farmacêutica prevê lançar o medicamento na Suíça, Áustria e países
nórdicos, mas que tudo dependerá da evolução da covid-19. Paralelamente,
a Bial prevê também que, no final do ano, o medicamento seja lançado na
Coreia do Sul e no Japão, onde aguarda ainda a aprovação das
autoridades para que o fármaco possa estar disponível no mercado.
A farmacêutica portuguesa, que aloca, em média, “mais de 20% da sua
facturação anual à inovação e desenvolvimento”, tem actualmente filiais
em nove países e vende os seus medicamentos para mais de 50, sobretudo
na Europa, África e América.
https://zap.aeiou.pt/medicamento-da-bial-doenca-parkinson-aprovado-nos-eua-321447
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