Com a falta de tratamentos e vacinas concretas para amenizar os
sintomas do coronavírus, diversas clínicas, hospitais e institutos vêm
desenvolvendo métodos para encontrar uma cura da covid-19,
surto que ainda não evidenciou padrões de contágio e que vem
dificultando a vida de pesquisadores quanto às tratativas em potencial.
Dessa forma, estudos à base de infusão de plasma sanguíneo de
pacientes já curados do novo vírus vem ganhando cada vez mais espaço
entre contaminados em estado grave, na tentativa de transplantar os
anticorpos já desenvolvidos nos organismos curados e fortalecer o
sistema imunológico das vítimas em situação de risco, com suas
aplicações sendo observadas pelo Ministério da Saúde, a fim de obter
respostas concretas sobre o possível sucesso da metodologia em questão.
O Hospital Albert Einstein, em São Paulo, já iniciou o tratamento com plasma sanguíneo
há mais de duas semanas, em 17 pacientes com quadros graves de
infecção, agravada ou não por outros problemas de saúde. Apesar dos
resultados, até o momento, terem sido relativamente satisfatórios para a
equipe médica local, muito há a ser concluído sobre a relevância da
transfusão de anticorpos, já que é aplicada em consonância com diversos
outros medicamentos, ou seja, não há certeza sobre qual deles possa
estar suavizando os sintomas dos pacientes.
(Fonte: Agência Brasil/Reprodução)
“O objetivo do estudo é saber se há efeitos desfavoráveis com essa
prática, se o uso do plasma é seguro em um convalescente de risco grave
da covid”, disse José Mauro Kutner, médico coordenador da pesquisa no
Albert Einstein.
Recentemente, outros centros clínicos também passaram a experimentar tratamento de infusão sanguínea
em outros pacientes internados, como foi o caso do Instituto Estadual
do Cérebro que, em parceria com o IEC, o Laboratório de Virologia
Molecular da UFRJ e o Instituto Estadual de Hematologia Arthur de
Siqueira Cavalcanti, o Hemorio, iniciou os testes em três contaminados
pelo novo coronavírus e vem observando os resultados nos últimos 10
dias.
Atualmente, já conta com mais de 620 cadastrados como doadores de
plasma que estão curados da covid-19 e entre a faixa etária de 18 a 60
anos, indicando que a expansão do experimento para outros hospitais e
outras redes de atendimento poderão iniciar nas próximas semanas, quando
os primeiros resultados começam a ser mais concretos.
https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114316-tratamento-de-covid-19-com-plasma-sanguineo-avanca-no-brasil.htm
Sem comentários:
Enviar um comentário