Uma equipe liderada por cientistas da Universidade de Buffalo, nos
Estados Unidos, desenvolveu um método que possibilita a produção de
milhões de células-tronco humanas em embriões de ratos de laboratório.
O feito, publicado na revista Science Advances,
abre caminho para futuros tratamentos com células-tronco capazes de um
dia combater doenças crônicas por meio da possível substituição de
células danificadas por células ou tecidos humanos saudáveis.
"O
desenvolvimento adicional de nossa tecnologia pode permitir a geração de
quantidades ainda maiores de tipos específicos de células humanas
maduras, permitindo-nos criar modelos de camundongos mais eficazes para
estudar doenças que afetam gravemente os seres humanos, como a malária
ou a covid-19", afirma o autor do estudo, Jian Feng, PhD e professor de
fisiologia e biofísica, em um comunicado.
Produção de células-tronco
Durante décadas, o potencial de cura das células-tronco humanas foi minado pela incapacidade de produzir quantidades suficientes de células humanas maduras em um organismo vivo.
Tentativas
anteriores de produzir células humanas in vivo — ou dentro de um
embrião de camundongo — mostraram-se difíceis devido às diferentes
propriedades e velocidades de desenvolvimento entre células-tronco
embrionárias e humanas.
Além disso, as células-tronco humanas
cultivadas em uma placa de Petri não se comportam da mesma maneira que
as de um corpo, o que atrapalha o desenvolvimento em sua capacidade
potencial de combater doenças.
Conversão de células-tronco
(Fonte: Science Advances/Reprodução)
Os pesquisadores da Universidade de Buffalo tiveram que manipular células-tronco pluripotentes humanas para colocá-las em um estado anterior e menos desenvolvido no que é conhecido como "estado ingênuo".
Essa conversão permite que as células-tronco humanas
se diferenciem em vários tipos de células no corpo, de modo que uma
forma seja compatível com a massa celular interna do blastocisto do
camundongo. Isso permite desencadear uma série de eventos que “religam a
expressão gênica e o metabolismo celular”.
Entre 10 e 12
células-tronco humanas ingênuas foram injetadas em um embrião de
camundongo com 3,5 dias de idade. Essa compatibilidade manipulada
permitiu que as células-tronco humanas se desenvolvessem com rapidez
suficiente para acompanhar o ritmo de desenvolvimento das células do
rato.
Milhões de células-tronco
Em apenas 17 dias, milhões
de células humanas maduras foram produzidas dentro do embrião de
camundongo, representando cerca de 4% do número total de células
contadas nos embriões de camundongo.
https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114556-cientistas-produzem-milhoes-de-celulas-tronco-humanas-em-ratos.htm
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