Uma equipa de astrónomos conseguiu detetar ritmo nas
“pulsações” de dezenas de estrelas. Este é o ponto de partida para
futuras investigações sobre estes astros.
Uma equipa de investigadores da Universidade de Sidney conseguiu detetar um ritmo na “pulsação” em dezenas de estrelas Delta Scuti, que apresentam dimensões duas vezes maiores que a do Sol.
O “batimento cardíaco” das estrelas é causado pela movimentação de
ondas sonoras, criadas por correntes de convecção dentro do astro e pelo
seu campo magnético, e permite aos cientistas determinar
características como a sua idade, composição e temperatura.
Os astrónomos usaram o Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS)
para detetar alterações no brilho das estrelas e, graças a esta
ferramenta e a um algoritmo específico, conseguiram analisar as
oscilações no brilho de uma amostra de 92 mil estrelas. A análise revelou um padrão semelhante em mil estrelas.
De acordo com o comunicado
da universidade, o número acabou por ser reduzido para uma lista de 57
estrelas com ritmos que conseguiram ser padronizados, as quais estão a
uma distância da Terra entre os 60 e os 1,400 anos-luz.
“Anteriormente encontrámos notas demasiado desorganizadas para
compreender estas estrelas pulsantes. Era uma confusão, como ouvir um
gato a andar num piano. Estamos agora numa posição para começar a
analisar estas estrelas e usá-las como pontos de partida para nos ajudar
a interpretar grandes números de outras estrelas no grupo que
apresentam um espectro de pulsações mais complicados”, explicou Tim
Bedding.
Há estrelas que emitem “acordes” simples, mas as Delta Scuti são muito complexas e parecem “um amontoado de notas“, acrescentou o astrónomo.
Esta nova descoberta já está a produzir resultados práticos, uma vez que permitiu identificar a idade da estrela HD 31901, na corrente estelar Pisces-Eridanus. Com o novo método, a equipa chegou a uma estimativa de 150 milhões de anos.
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