Dados registrados pelo satélite Swarm, da Agência Espacial Europeia
(ESA), mostraram que o campo magnético da Terra está se enfraquecendo
gradualmente na região conhecida como Anomalia do Atlântico Sul, que
fica entre a África e a América do Sul.
O enfraquecimento intensificado tem sido detectado principalmente na
região sudoeste da África, onde surgiu um segundo centro de intensidade
mínima, levando os cientistas a acreditar que a Anomalia do Atlântico
Sul possa estar se dividindo em dois núcleos distintos.
Este fenômeno, investigado pela rede de satélites europeus desde o
seu lançamento, em 2013, pode ter ligação com a queda na força do campo
magnético global, cuja redução chegou a 9% nos últimos 200 anos.
Satélites e a Estação Espacial podem sofrer com distúrbios ao passar pela região.
Conforme o pesquisador do Centro Alemão de Pesquisa em Geociência
Jürgen Matzka, o novo mínimo oriental da Anomalia do Atlântico Sul,
surgido na última década, está se desenvolvendo vigorosamente, deixando
os pesquisadores intrigados: “O desafio, agora, é entender os processos
no núcleo da Terra que impulsionam estas mudanças”, disse ele.
Há motivo para alarde?
Segundo a ESA, não há motivo para se preocupar com a alteração, pois o
enfraquecimento do campo magnético pode estar relacionado à inversão de
polo para a qual a Terra caminha. Esta inversão é um evento ocorrido
várias vezes desde a formação do planeta, acontecendo a cada 250 mil
anos, em média, de acordo com a agência.
Porém, se a queda de intensidade magnética na região não traz grandes
riscos para a humanidade, ela pode afetar os satélites que passam sobre
o local, assim como a Estação Espacial Internacional. Conforme a ESA,
os equipamentos experimentam “perturbações” ao sobrevoar a Anomalia do
Atlântico do Sul.
Entre os problemas mencionados, há falhas na comunicação e também nos
computadores, além de flashes repentinos visualizados pelos astronautas
da Estação, ao sobrevoar o local, causados pelas explosões de radiação.
https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114666-campo-magnetico-esta-se-enfraquecendo-na-regiao-do-atlantico-sul.htm
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